in Público on-line
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, exigiu hoje, em Estrasburgo, que os sacrifícios resultantes da crise sejam repartidos equitativamente, aliviando a carga dos desfavorecidos e da classe média, e garantindo a justiça social.
José Manuel Durão Barroso disse que “é preciso exigir que os sacrifícios impostos pela crise sejam repartidos de um modo mais equitativo: que não sejam sempre os mais pobres e a classe média a pagar a maior parte da factura da crise”.
“A justiça social é também um elemento essencial para o sucesso da nossa resposta”, acrescentou, num discurso proferido após a eleição do socialista alemão Martin Schulz (grupo PSE) para a presidência do Parlamento Europeu (PE).
O chefe do executivo comunitário reiterou ainda que as “grandes prioridades para os próximos meses” são a aplicação das medidas propostas para a “estabilidade financeira e crescimento económico”.
Apelo ao reforço da democracia europeia
Barroso apelou também ao reforço da democracia europeia, considerando que aqueles que resistem a essa ideia “estão a dar a verdadeira soberania a operadores anónimos nos mercados que não são sujeitos a qualquer controlo democrático”.
Durão Barroso saudou ainda Schulz por uma “eleição bem sucedida”, sublinhando que, desde 1994, quando foi eleito pela primeira vez para o PE, “esta casa tem beneficiado muitas vezes com a sua personalidade forte, a sua grande habilidade política e o seu empenho incansável para a Europa”.
O presidente da Comissão deixou ainda palavras de apreço para o presidente cessante do PE, o polaco Jerzy Buzek (grupo PPE).
Martin Schulz foi hoje eleito presidente do PE, com maioria absoluta de 387 votos, sucedendo no cargo ao democrata-cristão Buzek. A presidência do PE é exercida rotativamente pelos principais grupos políticos, por mandados de dois anos e meio, ao abrigo de um acordo.


