11.1.12

Ministro diz que a principal "preocupação" é "a educação dos jovens"

in RR

Sindicato refere que a proposta do Governo de revisão curricular é uma "imposição" da "troika" e vai permitir encaixar 159 milhões de euros.

O ministro da Educação, Nuno Crato, reconheceu hoje que os recursos de Portugal "não são ilimitados", mas garantiu que a "preocupação" da proposta do Governo de revisão curricular dos ensinos básico e secundário é "a educação dos jovens".

Na proposta de revisão curricular dos ensinos básico e secundário, "o que está em causa é a educação dos nossos jovens", insistiu, referindo que o Governo está "a trabalhar para que essa educação seja a melhor possível com os recursos que temos".

Nuno Crato falava aos jornalistas em Beja, após ter reunido com directores de escolas do Alentejo, naquela que foi a primeira de uma ronda de reuniões pelo país para discutir a proposta governamental de revisão curricular dos ensinos básico e secundário.

O ministro, questionado pelos jornalistas, reagia à posição do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) que, através de sindicalistas, distribuiu hoje, à porta da escola onde decorreu a reunião, panfletos a contestar a proposta do Governo de revisão curricular.

Nos panfletos, o SPZS refere que a proposta do Governo de revisão curricular é uma "imposição" da "troika" e vai permitir encaixar 159 milhões de euros.

A revisão da estrutura curricular "é um processo que está em aberto", disse Nuno Crato, explicando que o Governo está "a apresentar aos agentes educativos" a sua proposta. Segundo o ministro, "trata-se apenas de uma revisão da estrutura curricular, não é a grande reforma do ensino", porque o Governo "entende" que deve "actuar gradualmente" e, por isso, tem "um plano de actuação gradual", porque "toda a escola precisa de ser melhorada".

"Mas, neste momento, estamos concentrados na revisão da estrutura curricular", disse, referindo que saiu da reunião de hoje "muito contente", porque foi "excelente" e "excedeu em muito" as suas expectativas