Por Clara Viana, in Público on-line
Algo como 15% do tempo lectivo do 3º ciclo tem sido ocupado por áreas curriculares não disciplinares, o que, "em muitos casos, é pura perda de tempo", indicou hoje o ministro da Educação que está a ser ouvido no Parlamento.
No 2º ciclo, as áreas não disciplinares ocupam 18% do tempo lectivo. Em comparação com outros países, Portugal "é o campeão da dispersão curricular", frisou Nuno Crato.
As áreas não curriculares vão desaparecer das escolas a partir do próximo ano lectivo na sequência da nova estrutura curricular propostas pelo Ministério. O objectivo, repetiu Crato, é o de centrar aprendizagens nos conteúdos essenciais.
O ministro, que foi chamado ao Parlamento para explicar a nova reforma, adiantou que o Ministério da Educação e Ciência já recebeu 262 propostas, das quais estão a ser analisadas 244. A proposta está em discussão pública até ao final do mês.
A disciplina de área de projecto já desapareceu este ano lectivo. No próximo ano, deixarão também de existir o Estudo Acompanhado e a Formação Cívica.
Segundo Nuno Crato, o próximo passo será a definição de metas curriculares que "permitam destacar dos currículos os conhecimentos e capacidades essenciais que os alunos devem ter". Português e Matemática serão as primeiras disciplinas a ter estas metas, acrescentou.


