3.2.15

Mandato de António Guterres no ACNUR prolongado até final de 2015

in Diário de Notícias

A decisão tomada pela Assembleia-Geral da ONU de prolongamento do mandato até ao final de 2015 foi recomendada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

A Assembleia-Geral das Nações Unidas prolongou hoje até ao final deste ano o mandato do antigo primeiro-ministro português António Guterres como Alto-comissário da ONU para os Refugiados.

António Guterres foi eleito para o cargo de Alto-comissário da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) em junho de 2005 e foi reeleito cinco anos depois para um segundo mandato, que termina em junho deste ano.

A decisão tomada pela Assembleia-Geral da ONU de prolongamento do mandato até ao final de 2015 foi recomendada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Portugal, Turquia e Coreia do Sul foram alguns dos países que aplaudiram a decisão, sublinhando os problemas dos refugiados que se vive hoje em dia no mundo e a necessidade de que o ACNUR funcione sem interrupções.

Conflitos como a Síria, Iraque, Ucrânia, Líbia, Nigéria e Sudão do Sul fizeram disparar o número de pessoas refugiadas nos últimos meses.

No início do ano, o jornal Sol noticiava que um eventual prolongamento do mandato de Guterres no ACNUR até ao final do ano o colocaria fora da corrida a Belém, notícia que foi desmentida pelo próprio em declarações ao Expresso. António Guterres sublinhou que, independentemente da decisão da ONU, seria "sempre livre de decidir" a sua vida.

Na prática, o antigo governante deixou implícito que, mesmo que a ONU decidisse não prescindir dele no cargo até ao final de 2015, nada o impediria de se candidatar às presidenciais de 2016, se assim o quisesse.