Joana Capucho, in "Diário de Notícias"
Os países da CPLP estudam um plano de erradicação da fome e da subnutrição. Solução passa por apoiar mais o cultivo local de alimentos
Apesar da tendência positiva registada nos últimos anos, a subnutrição permanece como um problema grave nos países lusófonos e que implica que sejam tomadas medidas urgentes. Os números são alarmantes: cerca de 22 milhões de pessoas ainda passam fome na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Para os participantes na primeira reunião extraordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do espaço lusófono (CONSAN-CPLP), que decorreu na semana passada em Díli, Timor-Leste, a estratégia para combater a fome e a insegurança alimentar deve passar pelo fortalecimento da agricultura familiar, já que a grande maioria dos alimentos consumidos nestes países provêm dos pequenos agricultores. Acesso a assistência técnica, tecnologia adequada e compras públicas são algumas das propostas.
O encontro reuniu responsáveis governamentais, organizações da sociedade civil, representantes do setor privado e investigadores dos Estados membros da CPLP, que se sentaram à mesa para discutir formas de combater o flagelo da fome e da subnutrição no espaço lusófono. Resultou na aprovação de um documento, que deverá ser transmitido aos chefes de Estado e de governo dos países de língua portuguesa. Segundo Manuel Lapão, diretor de cooperação da CPLP, a reunião configurou "o concentrar no tema da segurança alimentar e nutricional, tal como os chefes de Estado aprovaram em Díli, em julho de 2014". Foram validados "mecanismos e diretrizes de todos os que intervêm no CONSAN que não Estados, nomeadamente, do setor privado", foi "reformatada a intervenção das universidades e das equipas de investigação" e sedimentada "a cooperação com a sociedade civil". Um passo de extrema relevância, já que a erradicação da fome e da subnutrição implica o envolvimento de todos.
Entre as várias medidas aprovadas e que constam na "Declaração de Díli", o CONSAN decidiu "promover políticas públicas de fomento à produção biológica sustentável e agroecológica" com o envolvimento dos agricultores familiares, bem como "desenvolver programas de inclusão da agroecologia, nutrição e redução das desigualdades de género" nos ensinos primário, secundário e superior.
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11.12.15
7.8.14
CPLP deu «passos significativos» na redução da fome
Por: tvi24
Dados constam de um relatório da ONU que vai ser apresentado em outubro
Um novo relatório da ONU a ser lançado em outubro refere que os Estados-membros da CPLP com graves crises alimentares deram «passos significativos» na redução da fome no último ano, disse à Lusa o representante da FAO em Portugal.
De acordo com o representante da agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Lisboa e junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Muteia, o documento que vai ser brevemente publicado assinala «evolução em quase todos os países da CPLP que tinham grandes crises alimentares».
«O que nós notamos é que há um grande esforço dos países na redução de número de pessoas que passam fome e todos os países da CPLP conseguiram dar passos significativos», assegurou terça-feira o responsável, em declarações à Lusa, à margem de um encontro entre o candidato da Frelimo às eleições e a comunidade moçambicana em Lisboa.
Dados da FAO indicam que cerca de 28 milhões de cidadãos residentes no espaço da CPLP na CPLP passam fome, pelo que, segundo o responsável, a agência da ONU pretende «acelerar mais o passo» no sentido de inverter o cenário.
«O número com que nos devemos comprometer é zero. Nós queremos e temos iniciativas no sentido de acelerar este processo. Naturalmente que há responsabilidade para cada família, comunidade, país e também compromissos internacionais no sentido de melhorar a cooperação e iniciativas de colaboração sul-sul para que possamos dar passos mais largos e mais significativos», afirmou à Lusa Hélder Muteia.
Na recente Cimeira de Díli, os chefes de Estado e de Governo da CPLP aprovaram uma resolução sobre a continuidade, até 2025, do tema segurança alimentar e nutricional na Agenda da CPLP, na qual reafirmam o seu compromisso com o reforço do direito humano à alimentação adequada nas políticas nacionais e comunitária.
Para reverter o quadro da fome no espaço lusófono, a FAO está a levar a cabo várias iniciativas, nomeadamente o incentivo à prática da agricultura urbana, tendo em conta que «o grande ritmo de urbanização de pessoas que não têm outras formas de subsistência», disse Hélder Muteia.
«A agricultura urbana é uma alternativa para estas pessoas que vivem nas cidades e que ao longo da sua vida só fizeram a agricultura, pelo que a poderão praticar no meio urbano sem prejudicar o ambiente e a sustentabilidade social e a convivência entre as pessoas», afirmou.
Dados constam de um relatório da ONU que vai ser apresentado em outubro
Um novo relatório da ONU a ser lançado em outubro refere que os Estados-membros da CPLP com graves crises alimentares deram «passos significativos» na redução da fome no último ano, disse à Lusa o representante da FAO em Portugal.
De acordo com o representante da agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Lisboa e junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Muteia, o documento que vai ser brevemente publicado assinala «evolução em quase todos os países da CPLP que tinham grandes crises alimentares».
«O que nós notamos é que há um grande esforço dos países na redução de número de pessoas que passam fome e todos os países da CPLP conseguiram dar passos significativos», assegurou terça-feira o responsável, em declarações à Lusa, à margem de um encontro entre o candidato da Frelimo às eleições e a comunidade moçambicana em Lisboa.
Dados da FAO indicam que cerca de 28 milhões de cidadãos residentes no espaço da CPLP na CPLP passam fome, pelo que, segundo o responsável, a agência da ONU pretende «acelerar mais o passo» no sentido de inverter o cenário.
«O número com que nos devemos comprometer é zero. Nós queremos e temos iniciativas no sentido de acelerar este processo. Naturalmente que há responsabilidade para cada família, comunidade, país e também compromissos internacionais no sentido de melhorar a cooperação e iniciativas de colaboração sul-sul para que possamos dar passos mais largos e mais significativos», afirmou à Lusa Hélder Muteia.
Na recente Cimeira de Díli, os chefes de Estado e de Governo da CPLP aprovaram uma resolução sobre a continuidade, até 2025, do tema segurança alimentar e nutricional na Agenda da CPLP, na qual reafirmam o seu compromisso com o reforço do direito humano à alimentação adequada nas políticas nacionais e comunitária.
Para reverter o quadro da fome no espaço lusófono, a FAO está a levar a cabo várias iniciativas, nomeadamente o incentivo à prática da agricultura urbana, tendo em conta que «o grande ritmo de urbanização de pessoas que não têm outras formas de subsistência», disse Hélder Muteia.
«A agricultura urbana é uma alternativa para estas pessoas que vivem nas cidades e que ao longo da sua vida só fizeram a agricultura, pelo que a poderão praticar no meio urbano sem prejudicar o ambiente e a sustentabilidade social e a convivência entre as pessoas», afirmou.
1.8.12
FAO abre escritório em Lisboa com foco no combate à fome nos países africanos lusófonos
in África Digital
A nova estrutura foi criada para ajudar a combater a fome e a pobreza nos países lusófonos e contou com a presença do director-geral da FAO, José Graziano da Silva.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Agricultura, FAO, inaugurou, segunda-feira (30), o seu primeiro escritório em Lisboa com o objectivo de auxiliar no combate à pobreza e à fome nos Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP, noticiou a rádio ONU.
O director-geral da FAO, José Graziano da Silva, presidiu à inauguração das novas instalações onde disse que, apesar de haver iniciativas de cada país da CPLP de combate à fome, o escritório "vai trazer uma articulação ao nível dos vários países."
"Acredito que este escritório e o memorando de entendimento que eu espero possamos estar assinando rapidamente, ajudem a dar este sentimento de pertença aos países de língua portuguesa como uma comunidade efetiva", disse Graziano.
Na ocasião, o secretário-executivo da comunidade, Domingos Simões Pereira, realçou a importância que terá para a comunidade, uma vez que "a CPLP foi capaz de levar uma proposta à conferência de chefes de Estado e governo em Maputo assumindo a segurança alimentar como um enfoque nos próximos tempos."
"A Cplp foi capaz de levar uma proposta a conferência de chefes de Estado e de governo assumindo a segurança alimentar e nutricional como um enfoque da organização nos próximos tempos. E parece ser realmente uma articulação muito positiva que a CPLP faz. Não só mantendo consistência e coerência nas políticas que desenvolve, mas assumindo um desafio que também toca em áreas económicas que são hoje tidas como essenciais".
A FAO desenvolve projetos nos países do bloco avaliados em US$ 200 milhões de dólares, equivalentes a cerca de € 163 milhões.
Cerca de 28 milhões de pessoas dos países lusófonos são afectadas pela fome e pela pobreza.
A nova estrutura foi criada para ajudar a combater a fome e a pobreza nos países lusófonos e contou com a presença do director-geral da FAO, José Graziano da Silva.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Agricultura, FAO, inaugurou, segunda-feira (30), o seu primeiro escritório em Lisboa com o objectivo de auxiliar no combate à pobreza e à fome nos Estados da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP, noticiou a rádio ONU.
O director-geral da FAO, José Graziano da Silva, presidiu à inauguração das novas instalações onde disse que, apesar de haver iniciativas de cada país da CPLP de combate à fome, o escritório "vai trazer uma articulação ao nível dos vários países."
"Acredito que este escritório e o memorando de entendimento que eu espero possamos estar assinando rapidamente, ajudem a dar este sentimento de pertença aos países de língua portuguesa como uma comunidade efetiva", disse Graziano.
Na ocasião, o secretário-executivo da comunidade, Domingos Simões Pereira, realçou a importância que terá para a comunidade, uma vez que "a CPLP foi capaz de levar uma proposta à conferência de chefes de Estado e governo em Maputo assumindo a segurança alimentar como um enfoque nos próximos tempos."
"A Cplp foi capaz de levar uma proposta a conferência de chefes de Estado e de governo assumindo a segurança alimentar e nutricional como um enfoque da organização nos próximos tempos. E parece ser realmente uma articulação muito positiva que a CPLP faz. Não só mantendo consistência e coerência nas políticas que desenvolve, mas assumindo um desafio que também toca em áreas económicas que são hoje tidas como essenciais".
A FAO desenvolve projetos nos países do bloco avaliados em US$ 200 milhões de dólares, equivalentes a cerca de € 163 milhões.
Cerca de 28 milhões de pessoas dos países lusófonos são afectadas pela fome e pela pobreza.
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