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7.8.17

No mapa europeu do desemprego Portugal já está abaixo da média

Rita Faria, in Negócios on-line

Pela primeira vez em 11 anos a taxa de desemprego em Portugal é inferior à média da Zona Euro. Confira os dados de todos os países no mapa.

A taxa de desemprego na Zona Euro fixou-se em 9,1% em Junho, o valor mais baixo desde Fevereiro de 2009. Este valor, divulgado esta segunda-feira, 31 de Julho, pelo Eurostat, compara com a taxa de desemprego de 9,2%, em Maio, e de 10,1% no mesmo mês do ano passado.

Em Portugal - e tal como o INE revelou na semana passada - a taxa de desemprego terá caído de 9,2%, em Maio, para 9% em Junho, o que significa que o país ficou abaixo da média dos parceiros do euro pela primeira vez em mais de 11 anos. É preciso recuar até Fevereiro de 2006 para encontrar um mês em que a taxa de desemprego em Portugal tenha sido inferior à média da região da moeda única (8,8% na Zona Euro e 8,6% em Portugal).

Na União Europeia, a taxa de desemprego manteve-se em 7,7% em Junho, o mesmo valor registado em Maio, que é o mais baixo desde Dezembro de 2008.

O gabinete estatístico da União Europeia estima que, em Junho, havia 18,725 milhões de pessoas sem trabalho na região, das quais 14,718 milhões na Zona Euro.

Comparando com o mês anterior, o número de pessoas desempregadas desceu em 183 mil na União Europeia e em 148 mil na região da moeda única.

Como ler os mapas: Ao passar o cursor pelos vários países, vê a taxa de desemprego relativa ao período mais recente (neste caso Junho de 2017). Ao seleccionar um país, vê o gráfico da evolução da taxa nos meses mais recentes. Pode ainda alterar a legenda, para ver apenas os países que apresentam valores para o intervalo definido. Para isso tem que arrastar o cursor, que se situa a vermelho na parte inferior da legenda.

3.12.15

Desemprego cai aos 10,7% na zona do euro e se mantém na UE

In "Exame"

Bruxelas - O desemprego caiu um décimo em outubro na zona do euro, para 10,7 %, e se manteve em 9,3% em toda a União Europeia em comparação com setembro, as taxas mais baixas desde janeiro de 2012 e setembro de 2009, respectivamente, informou nesta terça-feira a agência comunitária de estatística Eurostat.

A taxa de desemprego da zona do euro e da UE em outubro de 2014 tinha sido de 11,5% e de 10,1%, respectivamente.

A Espanha continuou a ser, somente atrás da Grécia, o país com mais desemprego da UE, com uma taxa de 21,6% em outubro, a mesma de setembro, embora menor do que a de um ano atrás, quando era de 23,9%.

A Eurostat calcula que havia 22,5 milhões de desempregados na UE em outubro, 17,2 deles nos 19 países que usam a moeda única.

Em comparação com setembro, o número de desempregados caiu em 13 mil pessoas na zona do euro e em 36 na UE.

Em comparação com um ano atrás, o número de desempregados diminuiu em 1,3 milhão de pessoas na zona do euro e em 1,9 milhão na UE.

Entre os Estados-membros, as taxas mais baixas de desemprego em outubro foram registradas na Alemanha (4,5%), na República Tcheca (4,7%), em Malta (5,1%), e as mais elevadas na Grécia (24,6%, em agosto) e na Espanha (21,6 %).

Em comparação com um ano antes, o desemprego diminuiu em 24 Estados-membros e aumentou em quatro.

As maiores quedas foram na Espanha, Eslováquia (de 12,7% para 10,7%), Irlanda (de 10,7 para 8,9%) e Croácia (de 17,6 a 15,8%).

Os quatro aumentos foram registrados na Finlândia (de 9% para 9,5%), na França (10,5% para 10,8%), na Bélgica (de 8,6% para 8,7%) e na Romênia (de 6,7% para 6,8%).

2.11.15

Desemprego no valor mais baixo desde janeiro de 2012

In Diário de Notícias

Em Portugal, a taxa de desemprego terá igualmente recuado

A taxa de desemprego na zona euro atingiu em setembro o valor mais baixo desde janeiro de 2012, ao fixar-se nos 10,8%, contra 10,9% no mês anterior e 11,5% em setembro de 2014, revelou o Eurostat.

Os dados do gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE) revelam ainda que a taxa de desemprego no conjunto da União a 28 recuou igualmente 0,1 pontos percentuais face ao mês anterior, ao cair de 9,4% em agosto para 9,3% em setembro, que é por seu turno o valor mais baixo desde setembro de 2009 (em setembro de 2014 era de 10,1%).

Em Portugal, tal como anunciou na quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística na sua estimativa provisória, a taxa de desemprego terá igualmente recuado uma décima, em linha com a tendência verificada tanto na zona euro como na UE, ao descer em setembro para 12,2% (contra 13,4% um ano antes, em setembro de 2014).

Taxa de desemprego deverá ter descido para 12,2% em setembro

Ainda assim, Portugal registou em setembro a quinta taxa de desemprego mais elevada da UE, suplantada apenas por Grécia (25%, dados de julho), Espanha (21,6), Croácia (15,4) e Chipre (15,1).

No extremo oposto da lista, os países com taxas de desemprego mais baixas em setembro foram a Alemanha (4,5%), República Checa (4,8%) e Malta (5,1%).

No que respeita ao desemprego jovem, a taxa registada foi de 22,1% na zona euro e de 20,1% na UE, em baixa face aos valores de 23,4% e aos 21,8% registados, respetivamente, um ano antes, em setembro de 2014.

Em Portugal, a taxa de desemprego homóloga entre os trabalhadores com menos de 25 anos baixou em setembro para os 31,2%, face aos 32,8% em setembro de 2014.

12.9.15

Depois dos jovens, Europa quer apagar o fogo lento do desemprego crónico

Luís Reis Ribeiro, in Dinheiro Vivo

Bruxelas, 7 de setembro de 2015. Schuman, a zona do coração político e burocrático da União Europeia, foi palco de uma manifestação violenta de milhares de agricultores. Na esquina da sede do Conselho Europeu com o Berlaymont (a sede da Comissão), os camponeses enfurecidos pegam fogo a pneus e fardos de palha, lançam contra os prédios e os polícias ovos, tinta e tijolos que trouxeram em centenas de tratores gigantes e outras máquinas agrícolas estacionadas nos passeios.

O dispositivo de segurança é enorme. Há militares de metralhadora ao ombro, helicópteros que pairam baixinho. A borracha dos pneus arde devagar, de manhã ao pôr do Sol.

O protesto é contra as quotas do leite e a crise do sector que, dizem, estão a lançar cada vez mais gente no desemprego e na pobreza.

Nos anos de chumbo da crise, o desemprego atacou com especial violência as camadas mais jovens (menos de 25 anos) por toda a Europa, em especial os países do ajustamento, como Portugal, Grécia, Espanha, Irlanda. Mas agora ninguém consegue fingir que não há uma esclerose para resolver. É o desemprego de longa duração, que afeta tendencialmente os mais velhos e os menos qualificados.

Portugal é dos piores casos da União Europeia (UE): 66% dos de-sempregados a nível nacional estão sem trabalho há mais de um ano. Neste universo de 400 mil pessoas, 71% deambulam à procura de emprego há mais de dois anos. Há exemplos tão graves ou piores: Bélgica, Grécia, Itália, Irlanda.

A Comissão Europeia resolveu agir. Na próxima quarta-feira, a comissária com a tutela do Emprego, Marianne Thyssen, avança com uma nova proposta aos ministros do Trabalho europeus. Não há mais dinheiro envolvido, mas um realinhamento de prioridades e incentivos para empregar desempregados de longa duração. Fazê-lo pode dar prémio, como deu no caso dos jovens, por assim dizer.

As empresas podem poupar em salários se aderirem aos novos programas, afiançam fontes da Comissão. Só para se ter uma noção, em 2007, a Europa tinha seis milhões de pessoas sem emprego há mais de um ano; em 2014, já eram 12 milhões.

A ideia é reduzir o número em cinco milhões até 2020, diz um alto responsável. O anúncio era para ter sido feito nesta semana que passou, mas foi adiado devido à “crise migratória”.

Presos na capital da UE

Bruxelas é uma cidade quase plana. É fácil circular, mas nesse dia estava paralisada.

O fumo negro e tóxico dos agricultores via-se da zona da Gare do Norte, que fica num ponto ligeiramente mais alto da capital belga. É aqui que estão acampados mais de dois mil refugiados (sobretudo sírios, iraquianos e afegãos) à espera de visto e indicações para entrar formalmente na União Europeia. Também estes, os adultos, estão sem emprego. A guerra engoliu as suas vidas, projetos, postos de trabalho. E há mais gente a caminho.

“Refugiados e encurralados na capital da Europa e das liberdades”, ironizou um belga que faz lá voluntariado, em conversa com o Dinheiro Vivo.

A meio caminho entre a Gare do Norte e o centro de decisão político da UE fica uma “loja” do instituto público de emprego e formação profissional da região de Bruxelas. O Actiris. Há 18 espaços destes espalhados pela cidade. Não têm mãos a medir com os prisioneiros do desemprego.

No terreno

“Aqui em Bruxelas, o desemprego é muito alto, na ordem dos 18%, os nossos desempregados têm baixas qualificações e precisam muito de formação, há muito investimento a fazer nestas pessoas”, diz Mourad Metioui, diretor da divisão de procura de emprego do Actiris, num encontro para jornalistas organizado pelo Centro Europeu de Jornalismo. De facto, a disparidade impressiona: a taxa de desemprego belga (média nacional) é de 8%.

Bruxelas é um sítio desigual. Há muita gente com dinheiro. Há ainda mais gente pobre. Há muitos imigrantes (sempre foi assim), mas a situação agora está a apertar. Alguns dos que chegam ao Actiris nem holandês e francês falam.

A crise dos refugiados preocupa especialmente Jean Spinette, presidente do centro público de ação social da comuna bruxelense de Saint–Gilles, um dos parceiros do Actiris na reciclagem de desempregados. “Se hoje já estamos congestionados, nem quero imaginar daqui para a frente”, desabafa.

As pessoas que frequentam o centro de emprego são visivelmente jovens e ainda vão conseguindo saltar, com relativa facilidade, entre um trabalho e outro, anui uma rapariga de lenço na cabeça à saída do edifício. Aceitar empregos precários ajuda, claro. O Actiris tem salas de trabalho, cursos de línguas e de formação, computadores, internet grátis.

Mas até esta realidade está a mudar. Há um fenómeno que preocupa cada vez mais quem está no terreno: o desemprego de longa duração. A tal prisão. “As pessoas desempregadas há mais de um ano são já metade dos nossos utentes”, diz Celine Couturier, assistente social.

A psicóloga repara que “os nossos utentes estão a passar cada vez mais tempo a procurar emprego”. “É muito perigoso. Reduz a autoestima, a energia, as qualificações ficam obsoletas, forma-se um círculo vicioso.” Mas porquê? As empresas e a Europa não contratam? “Estas pessoas estão na margem. Muitos não sabem sequer procurar trabalho, venderem-se a si próprios. É isso que tentamos ensinar. Como procurar, como fazer nas entrevistas, como montar um currículo”, acrescenta Couturier.

O alarme dispara

A estatística local bate certo. Na zona euro e na Europa, metade dos desempregados está sem trabalho há mais de um ano. Mas apenas 70% estão sinalizados e registados nos centros de emprego. É preciso que mais pessoas se registem para que as medidas atuem, para haver orientação, formação, acesso a apoios financeiros.

Hugh Frazer, consultor da Comissão para as políticas sociais, alerta: “Sentimos um efeito acumulado de impactos negativos” devido a esta realidade. “Há custos para o indivíduo, a sociedade, a economia. Mais pobreza e exclusão social, deterioração do estado de saúde, endividamento, perda de competências e de autoconfiança”, exemplifica.

Depois da bandeira do desemprego jovem, o critério “longa duração” será a nova prioridade nos programas a serem financiados pelos fundos europeus até 2020.

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11.6.13

Portugal mantém a terceira maior taxa de desemprego na OCDE

in Jornal de Notícias

A taxa de desemprego em Portugal subiu para os 17,8% em abril, mantendo a terceira maior dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico para os quais existem dados disponíveis.

No conjunto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a taxa de desemprego manteve-se nos 8%, assim como na União Europeia, onde permaneceu nos 11%. Na zona euro, a taxa de desemprego subiu para os 12,2%.

De acordo com a OCDE, as diferenças face aos níveis pré-crise verificadas nas taxas de desemprego nos 25 dos 34 países da organização para os quais existem dados até abril permanecem "elevadas".

O país com a taxa mais elevada foi Espanha, com 26,8%, seguida da Grécia, com 27% (em fevereiro, o último mês disponível) e Portugal, com 17,8% (taxa que já tinha sido divulgada pelo Eurostat a 31 de maio).

Na Áustria, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e México, o desemprego permaneceu abaixo dos 5,5%.

Nos EUA, a taxa de desemprego em abril baixou nos 7,6% em março para os 7,5% em abril.

Segundo a OCDE, no final de outubro havia 48,5 milhões de desempregados no conjunto dos países que compõem a organização (mais 200 mil do que em março e mais 13,7 milhões do que em julho de 2008, antes da crise).