Teresa Amaro Ribeiro, in Expresso
O fotógrafo caiu na calçada de Paris, ficou inanimado e passou 9 horas ao frio sem que niguém parasse para o ajudar
René Robert, fotógrafo suíço de 85 anos, morreu na semana passada de hipotermia nas ruas de Paris. Segundo o jornal El País, o fotógrafo foi passear perto da central “Place de la République” na noite de 18 para 19 de janeiro, pelas 21h30 horas, e caiu na calçada.
Inanimado, esteve 9 horas no chão sem que ninguém parasse para o ajudar. Acabou por morrer de hipotermia. Os bombeiros foram alertados por um sem-abrigo e chegaram ao local por volta das 6h30. No hospital de Cochin os médicos já não conseguiram reanimar René Robert .
O jornalista Michel Mompontet, seu amigo, disse à televisão France Info: “Se esta morte pode ser usada para alguma coisa, é isto: quando uma pessoa está deitada na calçada, mesmo que estejamos com pressa, vamos verificar qual o seu estado. Vamos parar um bocado“.
Para Mompontet, o seu amigo foi “morto pela indiferença”.
“Paris, a cidade da luz, bares, restaurantes. A humanidade, tão desumana, e esta pergunta: como conseguimos chegar a este ponto?”, acrescentou, para sublinhar que “esta morte trágica revela algo horrível sobre a nossa falta de solidariedade uns com os outros”.
René Robert nasceu em 1936 em Friburgo, Suíça. O gosto pela fotografia surgiu na adolescência e desenvolveu-se na área de publicidade e moda. Com mais de 30 anos descobriu o flamenco e começou a fotografar figuras deste meio artístico, como Paco de Lucía, Vicente Amigo, Tomatito, Pastora Galván ou Sara Baras, entre outros.
Parte do seu reportório fotográfico está compilado em livros como “A Raiva e a Graça”.
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28.1.22
21.7.15
"A Grécia ensinou-nos que não há união, não há solidariedade"
Por Notícias ao Minuto
No seu espaço de comentário habitual na SIC, Miguel Sousa Tavares, falou sobre a proposta apresentada pelo presidente francês, François Hollande, na criação de um governo com seis países fundadores na Zona Euro.
"Isto é um regresso às origens. Não vejo bem como pode resolver o problema da Europa. Retira a soberania monetária aos países. Os países ficam desprovidos", disse em comentário à proposta do presidente francês, François Hollande.
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No entanto, Sousa Tavares admite que não "há regras comuns que garantam a segurança bancária por igual em todos os países de toda a união. Não temos sequer parcialmente uma mutualização da dívida, ou seja, que a partir de 60% da dívida em relação ao PIB, a dívida passava a ser europeia".
"Temos uma moeda única mas com condições que estabelecem uma desigualdade competitiva que só tem feito agravar as desigualdades dentro da Zona Euro", admite e acrescenta que atualmente a Europa é comandada pela Alemanha. "O que Hollande quer fazer é diluir o mando único da Alemanha. Mas não me parece que seja a solução para os problemas".
Para o comentador, "a Grécia ensinou-nos que não há união, não há solidariedade nem unidade". "O tratamento punitivo e humilhante causado à Grécia deixa marcas profundas", refere.
No seu espaço de comentário habitual na SIC, Miguel Sousa Tavares, falou sobre a proposta apresentada pelo presidente francês, François Hollande, na criação de um governo com seis países fundadores na Zona Euro.
"Isto é um regresso às origens. Não vejo bem como pode resolver o problema da Europa. Retira a soberania monetária aos países. Os países ficam desprovidos", disse em comentário à proposta do presidente francês, François Hollande.
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No entanto, Sousa Tavares admite que não "há regras comuns que garantam a segurança bancária por igual em todos os países de toda a união. Não temos sequer parcialmente uma mutualização da dívida, ou seja, que a partir de 60% da dívida em relação ao PIB, a dívida passava a ser europeia".
"Temos uma moeda única mas com condições que estabelecem uma desigualdade competitiva que só tem feito agravar as desigualdades dentro da Zona Euro", admite e acrescenta que atualmente a Europa é comandada pela Alemanha. "O que Hollande quer fazer é diluir o mando único da Alemanha. Mas não me parece que seja a solução para os problemas".
Para o comentador, "a Grécia ensinou-nos que não há união, não há solidariedade nem unidade". "O tratamento punitivo e humilhante causado à Grécia deixa marcas profundas", refere.
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