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29.9.14

Tudo Menos Economia

Por António Bagão Félix, in Público on-line

Famílias desempregadas


Há muitos prismas sobre os quais se pode fazer uma análise social e humana mais impressiva das estatísticas de desemprego. Por exemplo, o desemprego de longa duração, o desemprego juvenil, o desemprego acima dos 50 anos de idade e o que atinge duplamente as famílias.

Refiro, aqui e agora, apenas os dados do IEFP sobre este último aspecto. Em Agosto, havia 11.939 casais em que ambos os cônjuges estavam desempregados. Uma subida de 3,9% em relação a Julho, ainda que face ao mês homólogo de 2013 se registe uma diminuição de 4,4%.

O desemprego é não só uma doença económica e social, mas também familiar. O trabalho constitui um dos pilares fundamentais sobre o qual a vida familiar se constrói e se consolida. A estabilidade das famílias depende directa e fundamentalmente da capacidade de, através do trabalho, serem angariados os recursos indispensáveis à sua estabilidade e desenvolvimento.

Por outras palavras: sem tempo para o trabalho estará seriamente comprometido o tempo para a família.

O Governo criou uma majoração do subsídio de desemprego em 10% quando ambos os cônjuges ou pessoas a viver em união de facto estejam a receber subsídio de desemprego e tenham filhos. Foi uma medida positiva do ponto de vista social, mas obviamente insuficiente e que não é sensível ao número de descendentes ou ascendentes a cargo.

Acontece, ainda, que não chegando a metade o número de pessoas desempregadas que recebem subsídio de desemprego, as situações em que, pelo menos, um dos membros do casal não recebe aquela prestação social se tornam ainda mais desprotegidas. Bom seria ponderar estes casos ainda mais gravosos do ponto de vista humano e familiar.

8.10.12

Família de Bragança com quatro filhas e sem trabalho

in TSF

Em Bragança, um casal, com quatro filhas, está sem trabalho. A mãe tem subsídio de desemprego e as crianças recebem abono, mas o dinheiro não chega para quase nada.

São seis em casa e à medida que o subsídio de desemprego se aproxima do fim, Sandra Salvador está a ficar desesperada. A mãe conta que a família vive com muitas dificuldades não só para conseguir dar estudos às quatro filhas, mas também no que respeita à alimentação.

Sandra Salvador diz que já pediu ajuda à Segurança Social de Bragança, mas o auxílio foi rejeitado. A TSF pediu a esta entidade esclarecimentos sobre a recusa de dar a esta família acesso às refeiçoes no centro social mais próximo.

O diretor justificou que esta decisão decorre do fato da família já estar abrangida por outro programa de ajuda, o Plano Comunitário de Apoio Alimentar, que consta na atribuição, duas vezes por ano, de um cabaz de comida.

O responsável pela Segurança Social sustenta também que esta família já está a ser apoiada na plenitude, uma vez que o subsidio de desemprego da mãe rondará os 400 euros e os abonos de família das quatro filhas chegarão aos 300 euros.