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17.6.13

Fundação O Século oferece turismo social entre os 21 e os 45 euros por dia

in iOnline

São poucos os que atravessam o parque de dez hectares (Parque dos Poetas) às 11 horas da manhã. Foi pensado por Isaltino e inaugurado por Teresa Zambujo, que “se andou por aí, ninguém deu por ela”

O objectivo é possibilitar condições de alojamento acessíveis a todos e, simultaneamente criar meios alternativos de autofinanciamento

A Fundação O Século disponibiliza, a partir de hoje, 27 quartos para turismo social, a preços que variam entre os 21 e os 45 euros por dia, disse à agência Lusa o presidente daquela instituição.

Divididos em 12 suites com vista de mar e 15 quartos duplos os alojamentos situam-se no edifício da instituição, que aproveitou a sua localização, favorecida com acesso direto à praia, no Estoril, para avançar com este projeto.

O objetivo é possibilitar condições de alojamento acessíveis a todos e, simultaneamente criar meios alternativos de autofinanciamento.

Os quartos foram remodelados e decorados por profissionais que trabalharam gratuitamente para estarem asseguradas todas as condições de conforto.

Várias empresas e instituições também colaboraram neste novo projeto doando algumas peças de mobiliário e decoração.

Em declarações à Lusa, o presidente da Fundação O Século disse que os quartos são preferencialmente destinados a Turismo Social, mas também podem ser usufruídos por pessoas que não cumpram os requisitos necessários.

“Os beneficiários dos preços sociais têm de vir indicados por instituições. No caso de pessoas individuais que se dirijam à Fundação, têm de fazer prova disso através do IRS”, disse Emanuel Martins.

Por isso mesmo, a Fundação tem duas tabelas de preços: os sociais e os “normais”.

Os quartos de casal custam 21 euros por noite na época baixa e 25 euros na época alta, a preços sociais, enquanto as suites (equipadas com casa de banho, televisão e ar condicionado) custam 45 euros por noite.

Uma pessoa sozinha paga 15 euros por noite num quarto.

Os hóspedes podem ainda fazer as refeições na Fundação “a um preço muito baixo”, segundo o presidente, bem como usufruir de todos os serviços existentes n’O Século (lavandaria, engomadoria, pequenos consertos de roupa, entre outros).

Apesar de só ser lançado hoje, o balanço do Turismo Social já está a ser positivo, estando a lotação esgotada para o mês de julho e existindo reservas para agosto e setembro.

3.8.12

Falta de verbas impede Fundação "O Século" de levar crianças à praia

in Jornal de Notícias

A tradicional colónia de férias para crianças carenciadas promovida pela Fundação "O Século" não se vai realizar este ano devido a dificuldades financeiras.

Com exceção do período do 25 de Abril de 1974, quando a atividade esteve parada por motivos políticos, esta é a primeira vez que a Fundação não realiza a colónia de férias.

"Este ano não temos colónia de férias. É uma atividade que temos vindo a reduzir por questões de natureza estratégica e de oferta do serviço social que prestamos, mas também pela necessidade que temos de nos reestruturar em função das condições económicas que todas as instituições passam e nós também. Temos de gastar de acordo com as nossas possibilidades", explicou o presidente da instituição, Emanuel Martins.

A Fundação entendeu que "era tempo de repensar as colónias de férias, verificar a sua utilidade e da oferta que devia constituir enquanto tal e, por isso, tem de ser repensada noutro modelo, noutro modelo económico e com outras condições", explicou.

No entanto, o responsável admitiu que na base daquela decisão estão, acima de tudo, as atuais condições económicas. "Não precisaríamos de repensar o modelo se não houvesse outros condicionalismos do ponto de vista económico. Podíamos manter e ir mudando gradualmente", admitiu.

O presidente da Fundação "O Século" explicou que o maior investimento que está a fazer noutras áreas sociais, nomeadamente o acolhimento permanente de crianças em risco, também está a condicionar o modelo tradicional das colónias de férias porque reduziu o espaço físico da fundação.

A fundação chegou a acolher mil crianças entre os seis e os 12 anos de todo o país para a colónia de férias, mas o número foi sendo reduzido e, no ano passado, já só levaram à praia cerca de 200.

"Nos dois últimos anos já mudámos o modelo, já não foi com esta universalidade, as crianças começaram a ser mais de perto e, à noite, não pernoitavam. Eram poucas as que pernoitavam para conseguirmos dar mais resposta", explicou Emanuel Martins.

"São estas as questões que têm de ser equacionadas: Qual é a virtualidade de fazer colónias de férias apenas para virem cá durante o dia ou fazermos menos com outro tipo de resposta? E é aí que o fator económico pesa de forma substantiva. Se em outros tempos não tínhamos esta pressão do fator económico, agora temos e temos que repensar como fazê-lo", acrescentou.

Apesar das dificuldades, o responsável não esconde que vai enfrentar "o desafio" de tentar retomar a colónia de férias em 2013.

Criada em 1927 pelo jornal "O Século", a Colónia Balnear Infantil, como era inicialmente chamada, proporcionou férias de verão a milhares de crianças portuguesas, muitas das quais nunca tinham sequer ido à praia.

Em 1943 a Colónia já tinha proporcionado férias a 31.123 crianças e o financiamento estava a tornar-se difícil, pelo que o seu administrador decidiu criar um financiador empresarial para a obra e pediu autorização para instalar em Lisboa uma feira internacional de amostras: nascia assim a Feira Popular, que passou a financiar as férias das crianças carenciadas.

A Fundação "O Século" foi criada em 1998 para prosseguir e desenvolver a obra social da Colónia Balnear Infantil.

Além da colónia de férias e do acolhimento de crianças em risco, a Fundação tem outras valências como uma creche, um pré-escolar, um ATL e assistência domiciliária a idosos.