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18.7.22

Crise climática. Sem ação imediata, humanidade enfrenta “suicídio coletivo”, diz Guterres

Bárbara Barbosa, in Jornal Económico

O português alertou que “metade da humanidade está na zona de perigo, de inundações, secas, tempestades extremas e incêndios florestais” e que nem isso é suficiente para tornar o mundo mais independente dos combustíveis fósseis.


Os incêndios florestais e ondas de calor que o sul da Europa e na América do Norte estão a registar demonstram que não há escolha possível relativamente à emergência climática. “Ação coletiva ou suicídio coletivo. Está nas nossas mãos”, afirmou o secretário geral da ONU, António Guterres, a 40 ministros reunidos no Diálogo Climático de Petersberg, em Berlim.

Segundo o “The Guardian”, o português alertou que “metade da humanidade está na zona de perigo, de inundações, secas, tempestades extremas e incêndios florestais. Nenhuma nação está imune. No entanto, continuamos a alimentar o nosso vício em combustíveis fósseis.”

Também na América do Sul o Machu Picchu foi ameaçado pelo fogo e, nos últimos meses, quebraram-se recordes de calor em todo o globo, nomeadamente nos polos, Índia e sul da Ásia, e as secas devastaram partes da África.

Guterres criticou ainda os “bancos multilaterais de desenvolvimento”, como o Banco Mundial — que são financiados pelos contribuintes dos países desenvolvidos para prestar assistência aos países mais pobres —, por considerá-los inadequados para fornecer o financiamento necessário para a crise climática. Assim, pediu a sua reforma.

“Como acionistas de bancos multilaterais de desenvolvimento, os países desenvolvidos devem exigir a entrega imediata dos investimentos e assistência necessários para expandir as energias renováveis ​​e construir a resiliência climática nos países em desenvolvimento. Exijam que esses bancos se tornem adequados. Exijam que eles alterem as suas estruturas e políticas cansadas para assumir mais riscos… Vamos mostrar aos países em desenvolvimento que eles podem confiar nos seus parceiros”, declarou.

12.4.16

Humanidade, precisa-se

Ana Catarina Mendes, in "Jornal de Notícias"

"Les uns e les autres", o filme de Claude Lelouch, é a minha primeira memória do horror das deportações, da guerra, de vidas destruídas, de projetos interrompidos. A imagem de uma mãe que, ao ser deportada, deixa o seu filho bebé na linha de comboio na esperança de que, assim, se salve... A guerra termina e todos os dias esta mãe vai à mesma linha do comboio na esperança de reencontrar o seu filho e poder retomar a vida onde a deixou. Foi a isto que se agarrou para sobreviver aos horrores do campo de concentração.

As imagens que hoje todos os dias nos chegam são de novo de horror, de barcos sobrelotados, de corpos no mar, de vidas perdidas ou destruídas em fuga da guerra e da fome e em busca de uma outra vida. O tempo já provou que a escolha não é entre os refugiados virem ou não para a Europa - vieram, vêm e virão. A escolha que se impõe, a nós, europeus, é entre sermos humanos ou não.

A Europa pode construir todos os muros. O instinto de sobrevivência e a esperança serão sempre mais fortes do que a mais impressionante das muralhas.

A Europa não pode ficar insensível aos alertas lançados por organizações de prestígio como a ACNUR, os Médicos sem Fronteiras e a Amnistia Internacional, mesmo depois do acordo assinado entre a UE e a Turquia, que se tem revelado insuficiente e desumano.

Os refugiados são homens, mulheres e crianças que deixam para trás toda a sua vida e fogem à guerra, à miséria, quando não à morte certa. Procuram uma oportunidade numa Europa, a nossa Europa, que foi orgulhosamente fundada sob os valores da liberdade e da solidariedade.

Um refugiado aguenta todas as adversidades em busca de viver em paz, como é direito de qualquer ser humano. Estará a pedir-nos demais? Julgo que não.

Entendamo-nos: a crise não é dos refugiados. A crise é de uma Europa que se construiu como um projeto para que os horrores da guerra não se repetissem.

Diz-se que a história da civilização começou nas costas do Mediterrâneo, as mesmas que hoje são palco de uma tragédia que questiona a nossa civilização, que nos questiona a todos e cada um de nós. Humanidade, precisa-se.

10.2.16

33 imagens deslumbrantes da beleza da espécie humana

in o Observador

Os olhos vibrantes no Médio Oriente, as famílias atacadas pelo Estado Islâmico, as pinturas que a cultura exige. Estas são 33 imagens da diversidade e da beleza da espécie humana.

Os olhos desta menina yazidi, numa foto captada na fronteira entre o Iraque e a Síria, parecem mostrar o céu interior por debaixo do cabelo loiro. Mas ela é uma das imagens da perseguição que esta tribo sofre por parte do Estado Islâmico. Esta é apenas uma das imagens que mostra o esplendor da espécie humana, em toda a sua diversidade de cores de pele e cultura, crenças e lutas que se travam pelo mundo fora.

Desde a mãe e o bebé queimados com ácido, até à beleza das mulheres palestinianas, passando pelas rugas de quem trabalha no campo e pelo mundo de quem nada vê: estas 33 imagens mostram a diversidade da espécie humana.