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5.1.15

Barco abandonado com 700 imigrantes a bordo tinha motor bloqueado rumo a Itália

in Diário de Notícias

Evitou-se uma tragédia. Autoridades italianas conseguiram controlar navio mercante com centenas de imigrantes ilegais que tinham sido deixados à sua sorte pela tripulação.

O barco com centenas de imigrantes a bordo que lançou um pedido de ajuda na terça-feira perto da ilha de Corfu e que chegou hoje de madrugada a Gallipoli, tinha o motor bloqueado e o rumo traçado para Itália.

Evitou-se uma "tragédia", declarou à televisão Skytg 24 o capitão de serviço na Guarda Costeira Filippo Marini, que confirmou que a embarcação tinha a rota fixada até às costas italianas e que o motor tinha sido bloqueado.

"Foi uma operação realmente difícil e delicada. Deixaram-no totalmente abandonado, com o motor bloqueado e o rumo estava fixado até às costas italianas", disse.

"Foi uma luta contra o relógio e só se conseguiu pela intervenção de seis militares da Guarda Costeira, que subiram ao mercante, apesar do vento e da ondulação provocada pelos helicópteros, um da Marinha e outro da Aeronáutica Militar", acrescentou.

O navio, "Blue Sky", com pavilhão da Moldávia, chegou ao porto de Gallipoli, na província meridional de Lecce, às 03:15 locais (02:15) TMG e após atracar começaram a desembarcar as pessoas que viajavam a bordo, informaram os media locais.

O alcaide de Gallipoli, Francesco Errico, comunicou que poderia haver mortos no barco, apesar de não haver dados oficiais sobre vítimas.

Os guardas italianos estimam em 700 as pessoas a bordo do "Blue Sky", sem precisar a proveniência.

À chagada ao porto, várias pessoas foram transportadas para o hospital civil de Gallipoli, com os media locais a divulgarem que não parece haver qualquer caso grave.

O barco havia sido localizado a três milhas náuticas a sul da ilhota de Ozoni, a norte da ilha grega de Corfu, no meio de condições meteorológicas adversas.

15.12.14

Mediterrâneo é a rota mais mortífera do mundo

AFP, in Público on-line

Pelo menos 3419 pessoas morreram este ano a tentar chegar à Europa atravessando o mar, diz ONU.

Em 2014, o Mediterrâneo tornou-se “a rota mais mortífera do mundo”, com pelo menos 3419 mortes de migrantes que tentavam chegar à Europa, um número recorde, anunciou a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR).

Desde o início do ano, mais de 207 mil migrantes tentaram esta rota para fugir para a Europa, um número três vezes mais alto do que o anterior recorde de 2011, ano das chamadas primaveras árabes, em que 70 mil pessoas fugiram dos seus países.

“Estes números são uma nova etapa”, disse Adrian Edwards, porta-voz do ACNUR. “Enfrentamos um arco de conflitos e a Europa é directamente confrontada.” Há guerras a sul, na Líbia; a sudeste, na Síria; e a leste, na Ucrânia.

Quase 80% das partidas são feitas através da Líbia, tendo como destino Itália ou Malta, indica ainda o ACNUR. Quanto ao país de partida, a maioria dos migrantes que chegaram a Itália são sírios, fugindo de uma cada vez mais brutal guerra civil; e eritreus, tentando escapar a uma repressão brutal do poder, serviço militar durante toda a vida ou trabalho forçado.

O ACNUR criticou a gestão que vários países europeus fazem da imigração, lamentando que o foco de muitos seja manter os estrangeiros longe das suas fronteiras. “É um erro, e é precisamente uma má reacção num período em que um número recorde de pessoas fogem da guerra”, disse o alto-comissário António Guterres. “Todos os países têm preocupações de segurança e gestão da imigração, mas as políticas devem ser concebidas para que não levem a que vidas humanas sejam danos colaterais”, avisou.

Em Novembro, depois do final da operação italiana Mare Nostrum, foram socorridos 8000 migrantes. A Itália anunciou o final da operação, que levou a cabo após a tragédia de Lampedusa, dizendo que esta tinha carácter de urgência e não podia ser mantida para sempre, especialmente face à pouca contribuição dos seus parceiros europeus. Uma nova operação, chamada Tritão, gerida pelo Frontex, agência europeia de vigilância das fronteiras da União Europeia, substituiu a Mare Nostrum, mas tem um âmbito mais limitado e organizações de defesa dos direitos humanos temiam que o número de vítimas no mar aumentasse.

O ACNUR aponta ainda que para além do Mediterrâneo, pelo menos 348 mil migrantes em todo o mundo tentaram atravessar um mar, outro número recorde. No Golfo de Neguela, no Sudeste asiático, houve pelo menos 540 vítimas entre as 54 mil pessoas que tentaram atravessar, a maioria vindas do Bangladesh ou Birmânia para a Tailândia ou Malásia. No Mar Vermelho e Golfo de Áden, morreram pelo menos 242 pessoas, e nas Caraíbas 71.

18.11.14

Marinha portuguesa salva mais 120 imigrantes no Mediterrâneo

in RR

É a segunda operação de grande envergadura, em poucos dias, do navio “NRP Viana do Castelo”.

O navio-patrulha “NRP Viana do Castelo” realizou, esta segunda-feira, uma nova operação de salvamento de uma embarcação com 122 imigrantes ilegais, no Mar Mediterrâneo.

O resgate aconteceu pelas 15h00, a 65 milhas a norte de Trípoli, capital da Líbia, avança a Marinha portuguesa, em comunicado.

A tripulação do “NRP Viana do Castelo” recebeu os imigrantes, todos do sexo masculino, prestou cuidados médicos primários e distribuiu alimentos, água e cobertores.

Após a triagem efectuada a bordo, o navio-patrulha da Marinha portuguesa encaminhará os imigrantes até às autoridades italianas competentes.

O navio da Marinha portuguesa “NRP Viana do Castelo” está no Mediterrâneo a participar na missão “Triton”, da Agência para o Controlo das Fronteiras Externas da União Europeia (Frontex).

Na sexta-feira, o “NRP Viana do Castelo” resgatou 201 imigrantes ilegais, também ao largo de Trípoli.