6.7.09

Proteger os pobres e o planeta é prioridade moral

R.O., Jornal de Notícias

Os países do G8, os mais ricos do Mundo, vão reunir-se nos próximos dias 8 a 10, em L'Aquila, Itália.


Tendo em conta a crise financeira e económica global, os episcopados dos oitos países (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos) escreveram-lhes uma carta. Pedem aos "grandes" que honrem os compromissos estabelecidos para "aumentar a ajuda ao desenvolvimento, reduzir a pobreza global e alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, especialmente nos países africanos". Sugerem também "medidas destinadas a proteger os mais pobres e assistir os países em desenvolvimento". Sublinham que os pobres são os que "menos contribuíram para a crise económica", mas, apesar disso, são os que mais a sofrem. A carta recorda, ainda, que os países mais ricos têm a "responsabilidade de promover o diálogo com as outras potências económicas", prevenindo mais crises. Os bispos indicam ser necessário aprofundar a parceria com os países pobres, para que estes sejam "responsáveis pelo seu crescimento, participem nas reformas políticas, governamentais, económicas e sociais, ao serviço do bem comum". Referem, igualmente, a questão climática: "Os países pobres correm maiores riscos com as graves consequências das alterações climáticas". Proteger os pobres e o planeta azul é hoje uma inadiável prioridade moral.