28.7.09

Governo distribuiu em dois anos um milhão de portáteis

in Jornal de Notícias

Sócrates diz que Executivo fez com que computadores entrassem dez anos mais cedo em muitas casas


O Governo distribuiu um milhão de computadores, em dois anos, no âmbito do programa e-escola. Segundo José Sócrates, isso fez de Portugal o primeiro país do mundo onde todas as crianças do Ensino Básico têm acesso a um computador.

"Isto é obra!". Foi assim que o primeiro-ministro sintetizou o que acredita ser um êxito pleno do programa de distribuição de computadores que, em dois anos, abrangeu um milhão de pessoas.

"Ao contrário de outros programas, este teve sucesso porque o Estado envolveu-se nesta ambição com os operadores. Houve uma concertação estratégica", considerou José Sócrates, ontem, numa sessão que assinalou a entrega do computador número um milhão a um formando do programa "Novas Oportunidades".

Ao lado do ministro das Obras Públicas, Mário Lino, e dos secretários de Estado Idália Moniz, Paulo Campos e Valter Lemos, o primeiro-ministro sublinhou ainda: "Este programa (de distribuição de computadores por formandos, professores e alunos) significou que, em muitas casas, o computador entrou dez anos antes do que entraria se o Estado não se tivesse envolvido".

Depois, respondeu, assim, às críticas de algumas forças da Oposição ao programa e-escolas. "Um milhão de computadores distribuídos, isto é obra! E que incompreensões tivemos de enfrentar e que obstáculos e que críticas. Dois anos depois, temos o orgulho de dizer que este país é o primeiro do mundo onde todas as crianças que frequentam o primeiro ciclo do Ensino Básico têm acesso ao computador".

Sócrates defendeu ainda que o programa de distribuição de computadores "foi um factor de igualdade de oportunidades". "Se todos tiverem acesso às tecnologias de informação, significa que estamos a modernizar o país sem deixar ninguém para trás", advogou o primeiro-ministro.

Na sua intervenção, José Sócrates referiu-se também aos resultados do programa "Novas Oportunidades". "Um dos sinais de esperança para este país resulta de ter 900 mil inscritos num programa de valorização das suas qualificações pessoais. Podíamos nada ter feito e esperar por uma próxima geração mais qualificada. Mas isso seria um erro, porque Portugal precisa desta geração qualificada", declarou Sócrates.

Numa cerimónia, que contou também com os representantes das principais empresas nacionais de telecomunicações, o presidente-executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, considerou que o programa e-escola contribuiu para o facto de, nos últimos dez anos, ter aumentado dez vezes o tráfego de dados na Internet.

"Este programa, associado ao investimento na fibra óptica, vai permitir-nos olhar para o futuro com muito mais confiança e sermos uma referência, não só na Europa, mas a nível mundial", acrescentou Zeinal Bava, à margem da cerimónia, garantindo que esse programa "vai revolucionar o país nos próximos cinco a dez anos".