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Mais de 120 mil idosos saíram de uma situação de pobreza entre 2005 e 2008, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, a que a agência Lusa teve hoje acesso.
Segundo os dados, em 2005 havia 517.953 idosos em situação de pobreza, o que compara com um total de 393.919 em 2008, ou seja, menos 124.034.
Em 2004, o número de idosos nesta condição era de 543.521.
No ano passado, 75 mil idosos foram retirados da pobreza, segundo o ministério tutelado por Vieira da Silva, que refere que esta redução «mostra relevância de políticas como o Complemento Solidário para Idosos».
A taxa de pobreza nos idosos, ou seja, indíviduos com mais de 65 anos, era de 29 por cento em 2004, caíndo 7 pontos percentuais até 2008, para 22 por cento.
Em 2008, a redução foi de 4 pontos percentuais face ao ano anterior.
A taxa de pobreza, que em 2008 foi de 18 por cento, «mantém-se no nível mais baixo registado desde 1995», quando estava nos 23 por cento.
Desde 2005, o rendimento que «delimita a situação de pobreza cresceu 13,1 por cento», passando de 4.312 euros para 4.878, sendo que no ano passado «o aumento do limiar de pobreza foi de 7,3 por cento». Para o Ministério, isto significa que «pessoas que estão classificadas como pobres estão melhor».
Segundo o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, registou-se uma redução das desigualdades sociais nos últimos quatro anos, que atingiram "o valor mais baixo do indicador share ratio [rendimento dos 20% mais ricos sobre o rendimento dos 20% mais pobres] desde 1995", para 6,1 por cento.
Para o Executivo, esta melhoria nos indicadores durante a legislatura é atribuível a «medidas como o Complemento Solidário para Idosos, Rendimento Social de Inserção e aumentos no salário mínimo», que tiveram impacto na «recuperação daqueles que ganham menos».
Diário Digital / Lusa