in Diário de Notícias
Comunidade brasileira domina, seguindo--se a ucraniana (menos de metade), a cabo-verdiana, a romena e a angolana, diz SEF.
A comunidade brasileira legalizada em Portugal ultrapassou os cem mil em 2008 (106 294), o que significa que um em cada quatro imigrantes é brasileiro. E há uma inversão das nacionalidades nos fluxos mais representativos: os cabo-verdianos foram ultrapassados pelos ucranianos e os angolanos pelos romenos.
Os dados constam do relatório de actividades de 2008 do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que regista um aumento de 1% do número de imigrantes em 2008 (440 277) em relação a 2007 (435 736). A subida não é muito significativa, o que é significativo é o aumento exponencial de brasileiros.
E, pela primeira vez, a Ucrânia ocupa o segundo lugar (53 494 imigrantes) na lista dos países mais representativos. Seguem-se Cabo Verde (51 353), Roménia (27 769), Angola (27 619), Guiné-Bissau (24 391) e Moldávia (14 053).
Os autores do relatório sublinham que, "ao decréscimo do peso dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) , comunidades tradicionais em Portugal", assiste-se "à emergência dos novos fluxos migratórios do Leste europeu e à consolidação da Roménia como o Estado membro da UE com maior peso em Portugal, em detrimento do Reino Unido".
Uma percentagem dos imigrantes dos PALOP obtiveram a nacionalidade portuguesa e já não estão nas listas do SEF. Mas também há muitos brasileiros e moldavos a quererem ser portugueses. Entre os 45 466 pedidos de parecer ao SEF para a aquisição da nacionalidade portuguesa, estão em primeiro os cabo-verdianos (9926), seguidos dos brasileiros (8391), britânicos (4589), angolanos (4463) e moldavos (4449).
Em 2008, entrou em vigor vária legislação, o que levou a uma redefinição dos procedimentos. E o SEF destaca que este relatório é o primeiro elaborado com os dados do Sistema Integrado de Informação, considerando 2008 o "ano zero" do tratamento estatístico.


