23.10.18

Sociedade: «Paz sim, fome não»

in Agência Ecclesia

Lisboa assinalou Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza

Lisboa, 18 out 2018 (Ecclesia) – A Câmara Municipal de Lisboa e a Associação «Impossible – Passionate Happenings» juntaram-se no Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza 2018 para consciencializar as pessoas e desafiar a sociedade a novas formas de viver e solidariedade.

“O grande desafio que lançamos foi desembaraçar dos excessos”, realçou o fundador da Associação ‘Impossible – Passionate Happenings’, esta quarta-feira, depois de uma caminhada pelas ruas de Lisboa onde se pediu um ‘pontapé à pobreza’.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Henrique Pinto explica que convidaram as pessoas, ao voltar a casa e “em conjunto com família”, a olhar para o que têm e dizer “isto não é fundamental, não é necessário”.
Tudo o que for para pôr de lado vai ser levado para um armazém, para que esses bens cheguem “àqueles que podem fazer bom uso” deles.

O programa conjunto da «Impossible – Passionate Happenings» e da Câmara Municipal de Lisboa começou com uma sessão de estudos, partilha de ideias, experiências e visões sobre a temática da pobreza, no salão de exposições dos Paços do Concelho.

No fim da conferência, adiantou Henrique Pinto, as pessoas foram desafiadas a ser “alicerce de um novo ou dois postos de trabalho”, com ajudas a partir de cinco euros.
“Ser salário na vida de uma pessoa que precisa muito de trabalhar”, explica.

Na véspera do Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza, o Eurostat divulgou que Portugal mantém os 18,3% de Taxa de Risco de Pobreza, após transferências sociais, segundo dados relativos a 2017; a Rede Europeia Anti-Pobreza denunciou a elevada taxa de “trabalhadores pobres” em Portugal, mais de 1,1 milhões.

O vereador dos Direitos Sociais na Câmara Municipal de Lisboa salientou que há um conjunto de direitos sociais que “são de todas as pessoas e não são dados a alguém”, e um é o direito “à vida com dignidade”.
“O trabalho pela erradicação da pobreza, dizia-me há pouco uma pessoa, é caminhar no sentido de tornar possível o que muitos consideram impossível”, referiu Manuel Grilo.