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19.12.22

Associação pede que se deixe o troco na farmácia para ajudar carenciados

Maria Dinis, in JN

A associação Dignitude, promotora do programa abem, convida os portugueses a doarem o troco das suas compras realizadas na farmácia ao Fundo Solidário abem, que usará o montante angariado para a aquisição de medicamentos prescritos para pessoas carenciadas apoiadas pelo programa abem: Rede Solidária do Medicamento. A campanha solidária "Dê Troco a Quem Precisa" arranca esta segunda-feira, dia 12 de dezembro, nas farmácias portuguesas aderentes, até do 21 de dezembro.

O Programa abem: Rede Solidária do Medicamento permite o acesso aos medicamentos prescritos a quem não tem capacidade financeira para os adquirir, tendo já ajudado 30 490 pessoas. Os beneficiários são referenciados por entidades parceiras locais, como câmaras municipais, juntas de freguesia, instituições particulares de solidariedade social, Cáritas e misericórdias.

"Sabemos que os tempos atuais são difíceis. Vivemos dois anos de pandemia, em que muitos portugueses viram a sua situação económica deteriorar-se, com perdas significativas de rendimentos. Entretanto, teve início uma guerra na Europa, com forte impacto ao nível do aumento do custo de vida e da inflação. Nos dois anos de pandemia, registámos um elevado acréscimo do número de famílias que ajudamos e a tendência mantém-se", explica Maria João Toscano, diretora executiva da associação Dignitude, apelando ao contributo de todos para que seja possível ajudar mais pessoas a acederem aos medicamentos de que necessitam.

É também possível contribuir para a campanha "Dê Troco a Quem Precisa" através de transferência bancária ou MB WAY, estando os dados disponíveis no site da associação.

8.6.22

Covid-19: beneficiários do programa que ajuda a comprar medicamentos dispara com a pandemia

in SIC

Programa abem: utiliza os donativos para ajudar na comparticipação de medicamentos dos mais pobres.
Os dois anos de pandemia da covid-19 fizeram disparar o número de beneficiários do Programa abem:, que garante a compra de medicamentos prescritos a quem não tem possibilidades financeiras. Neste momento são já mais de 28.000.

Maria João Toscano, diretora executiva da Associação Dignitude, promotora do Programa abem: Rede Solidária do Medicamento, disse à agência Lusa que houve “um acréscimo desmesurado de novas famílias” e, nos anos de 2020 e 2021, entraram mais de 7.000 novos beneficiários.

“Tivemos nas primeiras fases de pandemia um despedimento grande, muitas empresas a fecharem, muitas situações de pessoas com trabalhos em que a empresa é apenas a própria pessoa e que tiveram de fechar, ficando sem qualquer tipo de recurso para fazer face às suas despesas, nomeadamente em medicamentos”, contou.

A responsável destaca este aumento de beneficiários e reconhece que, para uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) como a Dignitude, apesar da dispersão em termos nacionais, significa “alocar um número muito grande de pessoas para apoiar”.

“Esta é uma situação que ainda não terminou e é previsível que este crescimento se mantenha”, admite, alertando:

“Vamos ter agora o término das moratórias e muitas outras responsabilidades que as pessoas puderam obviar – com os lay-off -, levam agora a uma reorganização de todo o tecido empresarial, com impacto que resulta muitas vezes em despedimentos”.

A responsável sublinha que há o risco de mais famílias ficarem “sem rede” para fazer face a uma situação essencial como o acesso ao medicamento para controlo da doença.



PROGRAMA ABEM: UTILIZA OS DONATIVOS PARA AJUDAR NA COCOMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTOS DOS MAIS POBRES


Maria João Toscano explicou à Lusa que o Programa abem: constituiu um fundo solidário autónomo que recebe donativos da sociedade civil, de parceiros da associação e de empresas e “só utiliza estes donativos para cocomparticipacão de medicamentos”.

Sendo beneficiário do programa, na compra de medicamentos, a parte que cabe ao utente pagar é garantida por este fundo, que a responsável reconhece que tem sempre de estar a ser alimentado.

“Estamos agora com uma campanha, que se chama ‘um euro abem’, junto da população, através das farmácias aderentes dispersas pelo país, porque temos de estar de forma sistemática a renovar aquilo que nos dão para fazer face a este crescimento desmesurado de beneficiários”, explicou.

Nesta campanha, os portugueses são convidados a doar um euro ao Fundo Solidário abem: nas idas à farmácia. Todos os donativos recolhidos serão exclusivamente utilizados para garantir o acesso aos medicamentos prescritos e comparticipados a quem mais precisa.

“Não nos podemos esquecer que estamos a falar de franjas da população que são os mais pobres dos pobres. São aquelas pessoas que têm de escolher entre comprar o alimento de que necessitam ou o medicamento. E nós sabemos qual é a opção que vão tomar”, afirmou.

Maria João Toscano refere que este programa da associação Dignitude acaba por aliviar despesas do Serviço Nacional de Saúde (SNS): “Se as pessoas tiverem a saúde controlada, não agravamos o orçamento do SNS e estamos a aliviá-lo noutra rubrica, que é a dos nos internamentos e nas urgências”.

A responsável recorda que em grande parte da sociedade portuguesa os orçamentos familiares são muito baixos e muitas famílias não conseguem fazer face a todas as despesas, incluindo a compra de medicamentos prescritos pelo médico.

Quanto aos beneficiários do Programa abem:, cerca de 32% são pessoas com 65 anos ou mais, 12% são crianças, mas mais de metade (56%) são pessoas em idade ativa, entre os 18 e os 64.

“Temos muita gente que está empregada, mas um dos elementos deixou de trabalhar e não conseguem fazer face a esta necessidade. O facto de trabalharmos diariamente e quando chegamos ao fim do dia não conseguimos fazer face àquilo que são despesas essenciais e exigentes, mas que não são grandes, para contribuir para a melhoria da nossa saúde, é algo muito constrangedor”, frisou.

23.10.17

Associação Dignitude distribui medicamentos pelas pessoas afetadas pelos fogos

in RTP

A Associação Dignitude, com sede em Coimbra, vai ativar de emergência o programa Abem nos concelhos afetados pelos incêndios de domingo, de forma a distribuir medicamentos pelos cidadãos que se encontrem em maior necessidade momentânea.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a instituição adianta que "o programa será protocolado com as autarquias mais afetadas pelos últimos incêndios", à semelhança do que foi feito com o município de Figueiró dos Vinhos para apoio às famílias vítimas dos incêndios de junho.

O programa Abem procura combater a exclusão no acesso ao medicamento, tendo distribuído 36.616 fármacos a 3.019 beneficiários entre maio de 2016 e setembro de 2017.

O projeto conta atualmente com a adesão de 280 farmácias, de 21 concelhos.

Os beneficiários do programa Abem têm acesso a medicamentos sem qualquer discriminação "em relação à generalidade dos cidadãos, na mesma rede de farmácias, com a mesma qualidade, segurança e confidencialidade".

Esta rede solidária do medicamento é o primeiro programa dinamizado pela Associação Dignitude e pretende dar resposta aos problemas de acesso ao medicamento motivados pelo atual contexto socioeconómico.

Esta associação e o programa Abem ambicionam atingir 25 mil beneficiários até ao final do próximo ano e 50 mil até ao final de 2019.
A criação da Associação Dignitude, em novembro de 2015, foi promovida pela Associação Nacional de Farmácias, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Cáritas e Plataforma Saúde em Diálogo e resulta de várias parcerias instituídas com entidades a nível local, autarquias, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras instituições da área social.

Além de Ramalho Eanes, António Arnaut e Maria de Belém Roseira, são embaixadores da associação os farmacêuticos Odette Ferreira, Francisco Carvalho Guerra, João Gonçalves da Silveira e João Cordeiro.

A Associação Dignitude vai também receber a totalidade das vendas do livro "A lucidez da ousadia - A propósito da lei da transplantação 12/93", que será apresentado no sábado na Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, em Coimbra, às 16:00.
Este livro foi coordenado pelo antigo secretário de Estado da Saúde José Martins Nunes, que é também presidente do comité de "fundraising" do programa Abem, da Associação Dignitude.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 43 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.