Mostrar mensagens com a etiqueta Comissão Europeia - Ajuda humanitária. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Comissão Europeia - Ajuda humanitária. Mostrar todas as mensagens

24.4.23

Bruxelas dá 106 milhões de euros a Portugal e outros sete países para criar apoio médico em desastres

Agência Lusa, in Observador



Com o objetivo de apoiar os serviços médicos em caso de situações críticas, como desastres naturais, Bruxelas vai disponibilizar mais de 106 milhões de euros para Portugal e mais sete países.

A Comissão Europeia vai disponibilizar mais de 106 milhões de euros para Portugal e outros sete países desenvolverem e melhorarem o apoio médico às populações na eventualidade de desastres naturais ou de origem humana, foi esta segunda-feira anunciado.

O propósito da Comissão é a criação de equipas médicas de emergência que auxiliem os serviços médicos já existentes em Portugal, Alemanha, França, Bélgica, Luxemburgo, Roménia, Itália e Turquia se houver situações críticas que pressionem até ao limite as capacidades de cada um destes países.

Estas equipas incluirão serviços de diagnóstico e cirurgia.

“Adicionalmente, 17 equipas especializadas providenciarão cuidados intensivos, tratamentos de queimaduras, transporte de pacientes, diagnósticos avançados, apoio a mães e crianças, reabilitação, apoio à saúde mental, tratamentos ortopédicos, laboratórios, abastecimento de oxigénio e apoio às telecomunicações”, acrescenta a informação divulgada por Bruxelas.


O “rescEU” — como foi denominado pela Comissão Europeia — vai ficar gradualmente operacional a partir de 2024 e tem como finalidade uma resposta abrangente e mais eficaz a uma data de cenários que sejam demasiado para os sistemas de saúde destes oito países.

As equipas terão autonomia para funcionar, mas também terão uma funcionalidade de apoio aos serviços de saúde nacionais e suas estruturas.

No dia 6 de fevereiro, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter — e as sucessivas réplicas de magnitude 7,6 – devastou o sul da Turquia e o norte da Síria e provocou milhares de vítimas nos dois países, entre as quais mais de 50.000 mortos.

Também na Alemanha a chuva cada vez mais intensa em alguns períodos dos últimos anos levou a enormes enxurradas que devastaram algumas localidades.

15.6.22

UE envia para a Ucrânia mais 205 milhões de euros em ajuda humanitária

in SIC

Este apoio eleva para 700 milhões de euros a ajuda humanitária do bloco comunitário à Ucrânia devido à invasão russa.

A União Europeia vai distribuir mais 205 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia. O anúncio foi feito pelo comissário responsável pela Gestão de Crises, Janez Lenarcic, em visita a Kiev. O montante servirá para garantir alojamento, auxílio médico e alimentos aos afetados pela guerra.

Este apoio eleva para 700 milhões de euros o financiamento total da ajuda humanitária da UE à Ucrânia em resposta à invasão pela Rússia, dos quais 13 milhões de euros dedicados a projetos na vizinha Moldávia.

O executivo comunitário anunciou também hoje um acordo de contribuição no valor de sete milhões de euros com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho para fornecer saúde mental e apoio psicossocial a pessoas em fuga da Ucrânia.

Relativamente à nova ajuda humanitária de 205 milhões de euros, a Comissão justifica-a com o facto de “as necessidades humanitárias na Ucrânia subirem para níveis sem precedentes” desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, apontando que, “de acordo com as Nações Unidas, até 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária”.

“Durante mais de 100 dias, temos testemunhado sofrimento desnecessário e inúmeras violações do direito humanitário internacional. Neste momento de crise, o nosso dever é estar ao lado dos mais vulneráveis. Respondemos rapidamente, aumentando consideravelmente a nossa presença na Ucrânia. Com este financiamento os nossos parceiros humanitários estão a fornecer alimentos, água, cuidados de saúde, abrigo, proteção e assistência monetária”, disse o comissário europeu da Gestão de Crises.

Janez Lenarcic, que visita hoje a Ucrânia para se encontrar com organizações humanitárias e funcionários governamentais ucranianos para ajudar a coordenar a resposta da UE à crise no terreno, sublinhou a importância de “trabalhar em estreita colaboração com as autoridades ucranianas para assegurar que a assistência prestada pelos Estados-membros da UE esteja alinhada com as necessidades em constante evolução”.

Adiantou que através do Mecanismo de Proteção Civil da UE o bloco tem ajudado a salvar vidas de ucranianos e que os 27 estão “empenhados em apoiar a Ucrânia o tempo que for necessário”.

Segundo o executivo comunitário, a guerra na Ucrânia já obrigou mais de 14 milhões de pessoas a abandonar as suas casas, das quais quase sete milhões atravessaram a fronteira para os países vizinhos, estimando-se que mais de oito milhões de pessoas estejam deslocadas internamente.

Por outro lado, cerca de 13 milhões de pessoas estão retidas nas áreas afetadas, quer por não desejarem sair, quer porque não o conseguem fazer devido a ações militares.

Relativamente ao apoio psicológico a cidadãos ucranianos que fogem da guerra, a Comissão indica que o acordo hoje anunciado “visa apoiar os refugiados que tenham sofrido graves problemas de saúde mental e traumas psicológicos, fornecendo primeiros socorros e avaliação psicológica, bem como apoio psicossocial a longo prazo, nas suas próprias línguas”.

O contrato, financiado pelo programa «EU4Health», abrange ações para reforçar as capacidades do pessoal e dos voluntários da Cruz Vermelha, dos socorristas de primeira linha e de outros profissionais em cinco países da UE (Polónia, Eslováquia, Hungria, Roménia, República Checa) e terá uma duração de 24 meses.


0 seconds of 37 secondsVolume 90%
 

4.4.14

Comissão Europeia disponibiliza 28 mil milhões para cooperação com África

in iOnline

Na área do clima, os dois continentes manifestaram a intenção de adotar, em Paris, em 2015, um acordo guiado pelos princípios da Convenção da ONU sobre as Alterações Climáticas


A Comissão Europeia vai apoiar a cooperação em África com 28 mil milhões de euros entre 2014-2020, verba que não inclui as dotações de cada Estado-membro, segundo a declaração final das conclusões da IV Cimeira UE-África, em Bruxelas.

A Lusa noticiou na quarta-feira que este valor representava uma redução de dois terços na ajuda a África, mas fontes comunitárias explicaram depois que esta verba anunciada ainda não inclui o valor que será alocado pelos Estados-membros na cooperação bilateral.

As mesmas fontes explicaram que os 140 mil milhões de euros que a União Europeia destinou ao continente africano durante o período do anterior quadro financeiro plurianual 2007-2013 incluíam as contribuições que cada Estado-membro deu ao longo desses sete anos, sendo que, em Assistência Oficial ao Desenvolvimento, a Comissão avançou com um valor "entre três e quatro mil milhões de euros" por ano.

A nova dotação, de 28 mil milhões, equivale a quatro mil milhões de euros por ano entre 2014 e 2020, o que significa que a Comissão manteve "o mesmo nível de ambição" relativamente ao quadro orçamental anterior, apesar da crise, frisou o presidente do executivo comunitário, Durão Barroso, no seu discurso na IV Cimeira UE-África, na quarta-feira.

Na declaração final da cimeira, que terminou hoje, os líderes europeus e africanos concordaram num plano de ação contra a imigração ilegal e o tráfico de seres humanos para o período 2014-2017 e a investir no combate às causas da imigração ilegal, bem como com o reforço da gestão das fronteiras, da luta contra o contrabando de imigrantes e do repatriamento e readmissão.

O documento destaca ainda a intenção das duas partes em continuar as negociações para estabelecer os Acordos de Parceria Económica (APE), que sejam "compatíveis com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), promovam a integração regional africana e garantam "a expansão do comércio [entre os dois blocos] e o crescimento do comércio intrarregional em África".

Ainda na área económica, os chefes de Estado e de Governo comprometeram-se a promover o reforço do investimento através "da melhoria do ambiente de negócios para atrair mais investimento, interno e estrangeiro" e destacaram o papel das Pequenas e Médias Empresas na criação de emprego, sobretudo de jovens, problema que afeta os dois continentes.

Na área da paz e segurança, os países europeus comprometem-se a apoiar o reforço das capacidades militares das forças africanas para que a União Africana e as organizações regionais possam "responder rapidamente às crises".

Os líderes assumem ainda o compromisso de lutar contra o terrorismo internacional, o crime organizado, incluindo o tráfico de seres humanos, de recursos naturais, e o tráfico de droga, a proliferação de armas de destruição maciça, bem como o combate à pirataria, nomeadamente no Corno de África e no Golfo da Guiné.

Na área do clima, os dois continentes manifestaram a intenção de adotar, em Paris, em 2015, um acordo guiado pelos princípios da Convenção da ONU sobre as Alterações Climáticas.

No plano de ação para o período 2014-2017, que foi aprovado juntamente com a declaração final, as prioridades da parceria estratégica serão a paz e segurança, democracia, boa governação e direitos humanos, desenvolvimento humano, desenvolvimento inclusivo e sustentável, crescimento e integração continental e assuntos globais relevantes.

Cerca de 60 líderes dos dois continentes reuniram-se durante dois dias na IV Cimeira UE-África, depois dos encontros realizados em 2000, no Cairo, em 2007, em Lisboa (sob presidência portuguesa da UE), e em 2010, em Tripoli.

A V cimeira entre os dois blocos realiza-se em África, em 2017, mas não foi divulgado o país anfitrião.