in Montepio
Sérgio Aires, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN), lamentou hoje a falta de respostas do Estado relativamente à proteção social, criticando a transferência dessa responsabilidade para os privados. Falando na conferência que celebra os 20 anos da Fundação Montepio, o responsável alertou que “os buracos da proteção social são tão grandes que não chegam 100 Fundações Montepio para os cobrir”.
“A responsabilidade do Estado antes de mais nada”, defendeu Sérgio Aires, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) desde 2002, na conferência comemorativa dos 20 anos da Fundação Montepio que decorre hoje, no auditório do Montepio, alertando que os “espaços vazios agigantaram-se muito nos últimos anos e, portanto, os buracos da proteção social são tão grandes que não nos chegam 100 Fundações Montepio para os cobrir”.
Sérgio Aires aproveitou a ocasião para manifestar o seu desejo de que “houvesse mais responsabilidade social do Estado, criticando, ao mesmo tempo, aqueles que pensam que “toda a proteção social pode ser privada, que a água pode ser privada”.
O responsável enalteceu também o papel das fundações, e, em particular, o da Fundação Montepio, no atual contexto de crise económica e financeira e de recuo do investimento na proteção social, em termos europeus e no panorama nacional, em que “alguma parte da intervenção social foi considerada um luxo, porque as prioridades foram outras e a emergência foi muita”.“As fundações têm servido de motor de arranque, em muitos casos, e de lubrificador, noutros, cumprindo um papel crucial num momento complexo, desde as iniciativas mais básicas, até às que estão debaixo do grande guarda-chuva da inovação social que se tornam hoje muito visíveis”, reconheceu.
No entanto, para Sérgio Aires, “era preferível que a nossa proteção social não estivesse ameaçada, que algumas coisas que a Fundação Montepio está a apoiar e a dinamizar não fossem necessariamente assim, porque quereria dizer que estaríamos num modelo de desenvolvimento das nossas sociedades muito mais sustentável”. “No caso português, em particular, tem sido muito importante que haja instituições desta natureza”, destacou.
Na ótica do também diretor do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa, o grande desafio na área da proteção social é fazer com que aquilo que é dinamizado pelas fundações, influencie as políticas públicas e a formatação de novas respostas aos novos problemas. “Aquilo que se faz enquanto experiência, que tentamos aprender em determinados contextos, deve depois ser transferido ou para a responsabilidade do Estado ou então ter continuidade noutras esferas da nossa sociedade. Experimentar, formatar ideias e modelos para depois serem generalizados. Este é um grande desafio”, rematou.
Sobre a temática da pobreza, Sérgio Aires considerou importante demonstrar quais as suas verdadeiras causas. “Temos uma parte substancial dos nossos cidadãos a acreditar que ser pobre é derivado a características individuais: má sorte, ter nascido pobre, castigo divino. Explicações que não têm fundamento nenhum. Isto tem sido parte do problema”, disse.
É precisamente essa ideia de que a pobreza é inata que está na base do menor investimento nesta área de intervenção, quando comparado com outras áreas, como a deficiência e o envelhecimento. Contando uma conversa que teve com alguém sobre o motivo pelo qual a área da deficiência foi sempre acarinhada, o comentário foi: “É que deficiente, particularmente físico, ainda pode acontecer a qualquer um de nós, por um infortúnio. Cigano, já não, já se nasce”.
Sergio Aires
Saiba mais sobre Sérgio Aires
Sérgio Aires é Presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) desde 2012 (reeleito em 2015), é ativista desta associação deste 1994. Simultaneamente, é diretor do Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa. Anteriormente, o sociólogo assumiu ainda funções como Coordenador Técnico da EAPN Portugal e Coordenador Nacional da Rede Europeia SASTIPEN (Saúde e Comunidade Cigana).
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4.12.15
Ainda há heróis
In "Visão"
Há revistas mais especiais do que outras.
A última VISÃO, dedicada ao tema da Solidariedade, foi um destes casos: em parceria com o Montepio, premiámos as personalidades e empresas que se destacaram nesta área, segundo um júri composto por Mercedes Balsemão (SIC Esperança), António Tavares (Santa Casa da Misericórdia do Porto), Dulce Rocha (Instituto de Apoio à Criança), Conceição Zagalo (GRACE), Maria Angélica Aires (Montepio) e Mafalda Anjos (VISÃO).
Os prémios Os Nossos Heróis 2015 foram atribuídos a Helena de Sousa Freitas com o projeto Garrrbage, e à empresa Bel Portugal pela iniciativa #saycheese. As Menções Honrosas foram para a WebAnkor e para o médico Hugo Martins. Conheça as suas histórias nas páginas 90 a 92.
Agora que já descobriu a nova VISÃO, como nunca viu, queremos que nos mostre Portugal como nunca viu. Participe, até dia 16, com as suas fotos e habilite-se a ganhar uma viagem de helicóptero por Lisboa. Mais informação em olhares.sapo.pt.
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4.9.15
Montepio apoia IPSS com minuto solidário
O Montepio lançou a quinta edição do projeto Minuto Solidário, uma iniciativa de responsabilidade social que tem por objetivo apoiar instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e os seus projetos mais relevantes. Desde 2011 que o Minuto Solidário já apoiou um total de 109 instituições sociais.
Foram produzidos, neste âmbito, um total de 15 programas televisivos, de um minuto cada, que dão voz a projetos solidários e às instituições que se destacam na área da solidariedade social no nosso país. Produzido pela Duvideo, o Minuto Solidário será transmitido todos os dias úteis até dia 18 (o primeiro foi para o ar na última segunda-feira, 31 de agosto) na SIC (às 10/1 1h e às 22/23h) e na SIC Notícias (às 19/20h e às 21/22h). Os filmes estão igualmente disponíveis para visualização no site do Montepio, em montepio.pt Insticucional.
Posteriormente, e com base na captação de imagens feita para a criação dos spots televisivos, serão ainda produzidos filmes com a duração de três
minutos para entregar às IPSS. O intuito de as ajudar a promover os seus projetos junto de outros parceiros e da comunidade onde se inserem.
As entidades apoiadas.
Fundação O Século Estoril 1 31 de agosto
APPACDM GAlA Gala 11 de setembro
Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares - Lisboa 1 2 de setembro
Santa Casa da Misericórdia de Espinho 1 3 de setembro
CEPAC Centro Padre Alves Correia - Lisboa 1 4 de setembro
APPACDM Évora 1 7 de setembro
Associação Casapiana de Solidariedade - Lisboa 1 8 de setembro
Centro Social de Brito - Guimarães 1 9 de setembro
Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas - Lisboa 110 de setembro
Associação de Apoio aos Deficientes de Paralisia Cerebral Maria do Carmo Silva Melancia - Santarém Iii de setembro
Liga Portuguesa contra a Epilepsia - Porto 114 de setembro
Palhaços d'Opital - Cantanhede 115 de setembro
Academia dos Champs, Associação - Lisboa 116 de setembro
Montepio Rainha Dona Leonor - Caldas da Rainha 117 de setembro
Auda de Mãe - Lisboa 118 de setembro
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