in RTP
O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN) -- Portugal, Jardim Moreira, afirmou que o Porto é uma "cidade sem lei" face à inexistência de políticas de coesão social e de combate à desertificação do centro histórico.
"Eu sinto que estamos numa cidade sem lei. Hoje salve-se quem puder e quem tiver mais pouca vergonha é quem se governa. É uma falta de seriedade na construção do futuro", criticou o também pároco da Paróquia da Vitória e de São Nicolau, lamentando que "há muito que o centro histórico sempre deu mais importância aos prédios e à visibilidade cultural do que aos seus residentes".
Jardim Moreira, que falava "enquanto padre" no final de uma visita ao Centro Histórico e ao Centro de Dia de Nossa Senhora da Vitória, que preside, assinalou que a "última" autarquia que procurou lidar com o problema da coesão social foi a liderada por Fernando Gomes e que, desde então, "este assunto social tem passado ao lado".
Em causa, disse, estão "opções de ordem politica e económica, em que se pretende apenas o lucro pelo lucro".
O pároco da Vitória e São Nicolau contou ainda que nos últimos 47 anos "já saíram mais de 20 mil habitantes" das duas paróquias, o que "agudizou os problemas" sociais.
"Achei sempre que a Igreja não devia fazer o que compete ao Estado (...) mas como o Estado nunca chegou aqui, quis sempre cuidar dos pobres dos mais pobres", contou.
Porque "o problema da cidade do porto não é propriedade de ninguém", espera que "os políticos do Porto olhem para o povo" e entendam que todos têm "ouvir, falar e tomar decisões coletivas para salvar a alma do Porto" que, frisou, "não são as tripas" mas sim "as pessoas".
"É necessário reafirmar que a cidade do Porto sem pessoas não é uma cidade", disse Jardim Moreira, presidente do Centro de Dia criado há cerca de 30 anos e que diariamente apoia 250 pessoas nas valências de creche, jardim-de-infância, ATL, apoio domiciliário e lar.
O Centro de Dia quer agora aumentar o seu espaço e juntar o prédio vizinho para ali poder "acolher com dignidade as crianças" e "criar condições" para que os novos residentes ali possam deixar os seus filhos.
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5.11.12
Porto é região com mais casos de pobreza
in Jornal de Notícias
A Área Metropolitana do Porto é a região do país com mais casos de pobreza devido ao elevado número de desempregados, segundo o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca.
"A região onde a pobreza é mais dramática e onde há um grande número de desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), é o Grande Porto", afirmou Eugénio Fonseca à Agência Lusa, salientando que os níveis de pobreza também são preocupantes na região de Lisboa, na Península de Setúbal e no Algarve.
"O Algarve tem uma situação grave e que está a agravar-se outra vez, devido ao fim do emprego sazonal", observou.
Para além de milhares de pessoas que já beneficiavam dos apoios da instituição, a Cáritas Portuguesa está agora a ser confrontada com novos pedidos de ajuda de muitos cidadãos que até há pouco tempo faziam parte da classe média e que têm vergonha de assumir a situação de pobreza em que caíram.
"Estamos a falar de milhares de pessoas que tinham uma vida estável, que pertenceram à chamada classe média, que estavam bem integradas na sociedade, e que, de repente, ficaram sem trabalho", disse Eugénio Fonseca, notando que algumas destas pessoas "não têm qualquer apoio, devido às alterações no subsídio de desemprego e noutras medidas de proteção social".
"Estas pessoas quando chegam à Cáritas, quando já caiu esse véu da vergonha, já estão com problemas tão graves que a instituição já não tem capacidade para resolver", reconheceu.
Eugénio Fonseca acredita, no entanto, que esta realidade poderá está a mudar, porque muitas pessoas começam a perceber que não estão sozinhas e que não são as únicas a ser afetadas pela crise económica que se vive em todo o país.
"A sensação que tenho é que as pessoas, porque se tem dado tanta evidência a esses problemas, já entenderam que não estão sozinhas e sentem-se mais encorajadas a colocar os seus problemas", concluiu o presidente da Cáritas.
A Área Metropolitana do Porto é a região do país com mais casos de pobreza devido ao elevado número de desempregados, segundo o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca.
"A região onde a pobreza é mais dramática e onde há um grande número de desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), é o Grande Porto", afirmou Eugénio Fonseca à Agência Lusa, salientando que os níveis de pobreza também são preocupantes na região de Lisboa, na Península de Setúbal e no Algarve.
"O Algarve tem uma situação grave e que está a agravar-se outra vez, devido ao fim do emprego sazonal", observou.
Para além de milhares de pessoas que já beneficiavam dos apoios da instituição, a Cáritas Portuguesa está agora a ser confrontada com novos pedidos de ajuda de muitos cidadãos que até há pouco tempo faziam parte da classe média e que têm vergonha de assumir a situação de pobreza em que caíram.
"Estamos a falar de milhares de pessoas que tinham uma vida estável, que pertenceram à chamada classe média, que estavam bem integradas na sociedade, e que, de repente, ficaram sem trabalho", disse Eugénio Fonseca, notando que algumas destas pessoas "não têm qualquer apoio, devido às alterações no subsídio de desemprego e noutras medidas de proteção social".
"Estas pessoas quando chegam à Cáritas, quando já caiu esse véu da vergonha, já estão com problemas tão graves que a instituição já não tem capacidade para resolver", reconheceu.
Eugénio Fonseca acredita, no entanto, que esta realidade poderá está a mudar, porque muitas pessoas começam a perceber que não estão sozinhas e que não são as únicas a ser afetadas pela crise económica que se vive em todo o país.
"A sensação que tenho é que as pessoas, porque se tem dado tanta evidência a esses problemas, já entenderam que não estão sozinhas e sentem-se mais encorajadas a colocar os seus problemas", concluiu o presidente da Cáritas.
3.8.12
"Pobreza é o maior problema do Porto"
in Jornal de Notícias
Chegou ao Parlamento em 2006, depois de uma carreira médica no hospital Joaquim Urbano. João Semedo, deputado do Bloco de Esquerda. é o segundo de uma série de cinco entrevistas a deputados eleitos pelos círculos do Norte do País. Diz que a região que representa é marcada pela pobreza e pelo desemprego, apesar da reconhecida capacidade exportador.
Chegou ao Parlamento em 2006, depois de uma carreira médica no hospital Joaquim Urbano. João Semedo, deputado do Bloco de Esquerda. é o segundo de uma série de cinco entrevistas a deputados eleitos pelos círculos do Norte do País. Diz que a região que representa é marcada pela pobreza e pelo desemprego, apesar da reconhecida capacidade exportador.
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