in Jornal Económico
Limiar da pobreza em Portugal está subestimado, segundo estudo elaborado por várias universidades e a Rede Europeia Anti-pobreza.
O limiar da pobreza em Portugal está subestimado, segundo o estudo "Rendimento Adequado em Portugal - Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?", elaborado entre várias universidades portuguesas e a Rede Europeia Anti-Pobreza, apresentado esta terça-feira.
O estudo estima que um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar 783 euros por mês para ter um nível de vida digno, enquanto um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1800 euros, explica a Lusa.
No cenário estudado, os valores de rendimento estimados são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza assim como aos 439 euros de 2017. Continuar a ler
Segundo as conclusões do estudo, um indivíduo com 65 anos ou mais a residir sozinho deveria ganhar 634 euros, enquanto um casal em que ambos têm 65 anos ou mais deveria receber 1.007 euros por mês.
"Estes resultados sugerem que o uso deste limiar de pobreza subestima a medição da incidência da pobreza em Portugal, se considerarmos, como referência para este cálculo, o valor do rendimento necessário para obter um nível de vida digno", diz o estudo, citado pela agência noticiosa.
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5.7.17
Um estudo revela quanto é necessário para viver com dignidade.
in iOnline
Um estudo realizado por uma parceria entre várias universidades e a Rede Europeia Anti-Pobreza, intitulado “Rendimento adequado em Portugal”, chegou à conclusão que um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar mensalmente 783 euros para ter um nível de vida digno.
Já para um casal com um filho menor, o rendimento para um nível de vida digno é 1.800 euros.
O mesmo estudo revela que, para um indivíduo de 65 anos, o rendimento mínimo é de 634 euros.
Um estudo realizado por uma parceria entre várias universidades e a Rede Europeia Anti-Pobreza, intitulado “Rendimento adequado em Portugal”, chegou à conclusão que um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar mensalmente 783 euros para ter um nível de vida digno.
Já para um casal com um filho menor, o rendimento para um nível de vida digno é 1.800 euros.
O mesmo estudo revela que, para um indivíduo de 65 anos, o rendimento mínimo é de 634 euros.
Estudo: Quanto se deve ganhar para viver com dignidade em Portugal?
in Dinheiro Vivo
Um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo hoje apresentado.
As conclusões são do estudo "Rendimento Adequado em Portugal (raP) - Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?", que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.
Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.
O estudo teve, primeiramente, em consideração o mês de dezembro de 2014 como mês de referência dos orçamentos construídos, para depois os atualizar a preços de abril de 2017.
Olhando para os valores atualizados de 2017, o estudo revela que um indivíduo com 65 anos ou mais a residir só deveria ganhar 634 euros, enquanto um casal em que ambos têm 65 anos ou mais deveria auferir 1.007 euros mensais.
Já um indivíduo em idade ativa, ou seja dos 18 aos 64 anos, a residir só precisa de pelo menos 783 euros para viver com dignidade, enquanto se for um casal em que ambos estão em idade ativa, o valor deveria subir para os 1.299 euros.
Uma família monoparental com um filho menor de idade precisa de 1.374 euros mensais, já um casal de indivíduos em idade ativa com um filho menor de idade (12 anos) deveria poder receber por mês 1.796 euros.
Se o caso for o de um casal em idade ativa com dois filhos menores de idade (02 e 12 anos), então valor mensal aumenta para os 2.271 euros, baixando para os 1.816 euros no caso de um casal em idade ativa com um filho maior de idade (26 anos).
"Estes resultados sugerem que o uso deste limiar de pobreza subestima a medição da incidência da pobreza em Portugal, se considerarmos, como referência para este cálculo, o valor do rendimento necessário para obter um nível de vida digno", lê-se nas conclusões do estudo.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do trabalho de investigação admitiu que o conjunto de investigadores já esperava que os valores do raP fossem superiores ao que é o limiar de pobreza do Eurostat, o valor usado para "tudo o que são medidas de avaliação políticas ou atualização políticas".
"Há uma clara subestimação dos valores da pobreza e há uma subestimação também dos valores dos mínimos sociais que estão fixados, do salário mínimo, dos mínimos sociais da proteção social", apontou José Pereirinha.
O responsável admitiu que a investigação não fez cálculos para descobrir o número real de pobres em Portugal porque se entendeu ser mais importante "comparar os limiares de pobreza com este valor de rendimento adequado", mostrando que os valores atuais são baixos.
Por outro lado, o investigador salientou que o estudo traz outra importante conclusão: a de que "as crianças têm um custo superior àquilo que se convenciona habitualmente" nas escalas de equivalência, ou seja, o peso que as crianças têm no cálculo das prestações sociais que dependem da composição familiar.
"Quando o RSI [Rendimento Social de Inserção] é determinado em função do número de adultos equivalentes no agregado, faz-se isso usando a escala da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] ", exemplificou José Pereirinha.
Apontou que a investigação revelou que as escalas de equivalência demonstradas neste estudo são diferentes das da OCDE porque "têm um custo implícito que é superior àquele que as escalas da OCDE estão a admitir".
Um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo hoje apresentado.
As conclusões são do estudo "Rendimento Adequado em Portugal (raP) - Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?", que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.
Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.
O estudo teve, primeiramente, em consideração o mês de dezembro de 2014 como mês de referência dos orçamentos construídos, para depois os atualizar a preços de abril de 2017.
Olhando para os valores atualizados de 2017, o estudo revela que um indivíduo com 65 anos ou mais a residir só deveria ganhar 634 euros, enquanto um casal em que ambos têm 65 anos ou mais deveria auferir 1.007 euros mensais.
Já um indivíduo em idade ativa, ou seja dos 18 aos 64 anos, a residir só precisa de pelo menos 783 euros para viver com dignidade, enquanto se for um casal em que ambos estão em idade ativa, o valor deveria subir para os 1.299 euros.
Uma família monoparental com um filho menor de idade precisa de 1.374 euros mensais, já um casal de indivíduos em idade ativa com um filho menor de idade (12 anos) deveria poder receber por mês 1.796 euros.
Se o caso for o de um casal em idade ativa com dois filhos menores de idade (02 e 12 anos), então valor mensal aumenta para os 2.271 euros, baixando para os 1.816 euros no caso de um casal em idade ativa com um filho maior de idade (26 anos).
"Estes resultados sugerem que o uso deste limiar de pobreza subestima a medição da incidência da pobreza em Portugal, se considerarmos, como referência para este cálculo, o valor do rendimento necessário para obter um nível de vida digno", lê-se nas conclusões do estudo.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do trabalho de investigação admitiu que o conjunto de investigadores já esperava que os valores do raP fossem superiores ao que é o limiar de pobreza do Eurostat, o valor usado para "tudo o que são medidas de avaliação políticas ou atualização políticas".
"Há uma clara subestimação dos valores da pobreza e há uma subestimação também dos valores dos mínimos sociais que estão fixados, do salário mínimo, dos mínimos sociais da proteção social", apontou José Pereirinha.
O responsável admitiu que a investigação não fez cálculos para descobrir o número real de pobres em Portugal porque se entendeu ser mais importante "comparar os limiares de pobreza com este valor de rendimento adequado", mostrando que os valores atuais são baixos.
Por outro lado, o investigador salientou que o estudo traz outra importante conclusão: a de que "as crianças têm um custo superior àquilo que se convenciona habitualmente" nas escalas de equivalência, ou seja, o peso que as crianças têm no cálculo das prestações sociais que dependem da composição familiar.
"Quando o RSI [Rendimento Social de Inserção] é determinado em função do número de adultos equivalentes no agregado, faz-se isso usando a escala da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] ", exemplificou José Pereirinha.
Apontou que a investigação revelou que as escalas de equivalência demonstradas neste estudo são diferentes das da OCDE porque "têm um custo implícito que é superior àquele que as escalas da OCDE estão a admitir".
Estudo sobre rendimento adequado revela limiar da pobreza subestimado
Correio da Manhã
Um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo hoje apresentado.
As conclusões são do estudo "Rendimento Adequado em Portugal (raP) -- Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?", que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.
Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.
Um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo hoje apresentado.
As conclusões são do estudo "Rendimento Adequado em Portugal (raP) -- Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?", que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.
Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.
Condições para uma vida digna mal definidas
in Destaque
Estudo conclui'que as crianças têm um custo superior ao até agora estimado Limiar da pobreza definido por baixo Para ter uma vida digna, um adulto em idade ativa devia receber mais EUR344 (78%) do que os EUR439 que servem de base para os apoios sociais. Lacuna é generalizada.
JOÃO MOMZ jnianiz 0 déstak.pt para definir o Indexande de Apoios Sociais, que por sua vez serve de referência para todas as prestações sociais pagas pelo Estado, é tido em conta o chamado limiar da pobreza. Uma "linha de água" para a subsistência que foi colocada nos EUR422 mensais em 2014 e nos EUR439 já este ano.
Para confirmar se estes valores são garantia de uma vicia com dignidade, várias universidades portuguesas juntaram-se .à Rede Europeia Anti-Pobreza. O estudo Rendimento Adequadro em Portugal (raP), ontem apresentado, mostra que não. ()limiar da pobreza está subestimado em Portugal, e por largas centenas de ouros.
O caso mais gritante é o de uni adulto em idade ativa que viva sozinho. Os tais EUR439 deveriam ser suficientes, mas o raP define que uma pessoa entre os 18 e os 64 anos precisa de (783. É uma diferença de 844 euros, ou seja, 78% a menos do que o necessário. Contas feitas pelo Das-t*, é a maior percentagem nas necessidades identificadas pela investigação.
Um casal sem filhos ainda em idade para trabalhar deveria viver com EUR129 9, o que dá EUR649,5 por pessoa.
Neste caso, os 210,5 euros por cada um dos cônjuges implicam urna perda de 48%. O défice é ainda maior noutro agregado familiar com duas pessoas, neste caso as famílias monoparentais. Seriam necessários EUR1374 para um adulto e um filho menor, o que implica que deveriam receber mais 248 euros cada um para conseguirem ter uma vida digna Em Mação a outras famílias com filhos, um casal com um dependente menor precisaria de EUR1796 (o Estado está a atribuir-lhe corno necessidade menos 159,6 euros por cada um dos três membros do agregado), valor que sobe ligeiramente para £1816 se o filho já tiver mais de 18 anos (estão 166,3 euros em falta por pessoa). Com dois filhos, o bolo deveria subir para EUR2271 (sã.o menos EUR515; EUR128,75/pessoa).
Estudo conclui'que as crianças têm um custo superior ao até agora estimado Limiar da pobreza definido por baixo Para ter uma vida digna, um adulto em idade ativa devia receber mais EUR344 (78%) do que os EUR439 que servem de base para os apoios sociais. Lacuna é generalizada.
JOÃO MOMZ jnianiz 0 déstak.pt para definir o Indexande de Apoios Sociais, que por sua vez serve de referência para todas as prestações sociais pagas pelo Estado, é tido em conta o chamado limiar da pobreza. Uma "linha de água" para a subsistência que foi colocada nos EUR422 mensais em 2014 e nos EUR439 já este ano.
Para confirmar se estes valores são garantia de uma vicia com dignidade, várias universidades portuguesas juntaram-se .à Rede Europeia Anti-Pobreza. O estudo Rendimento Adequadro em Portugal (raP), ontem apresentado, mostra que não. ()limiar da pobreza está subestimado em Portugal, e por largas centenas de ouros.
O caso mais gritante é o de uni adulto em idade ativa que viva sozinho. Os tais EUR439 deveriam ser suficientes, mas o raP define que uma pessoa entre os 18 e os 64 anos precisa de (783. É uma diferença de 844 euros, ou seja, 78% a menos do que o necessário. Contas feitas pelo Das-t*, é a maior percentagem nas necessidades identificadas pela investigação.
Um casal sem filhos ainda em idade para trabalhar deveria viver com EUR129 9, o que dá EUR649,5 por pessoa.
Neste caso, os 210,5 euros por cada um dos cônjuges implicam urna perda de 48%. O défice é ainda maior noutro agregado familiar com duas pessoas, neste caso as famílias monoparentais. Seriam necessários EUR1374 para um adulto e um filho menor, o que implica que deveriam receber mais 248 euros cada um para conseguirem ter uma vida digna Em Mação a outras famílias com filhos, um casal com um dependente menor precisaria de EUR1796 (o Estado está a atribuir-lhe corno necessidade menos 159,6 euros por cada um dos três membros do agregado), valor que sobe ligeiramente para £1816 se o filho já tiver mais de 18 anos (estão 166,3 euros em falta por pessoa). Com dois filhos, o bolo deveria subir para EUR2271 (sã.o menos EUR515; EUR128,75/pessoa).
Limiar da pobreza em Portugal está subestimado
in Público on-line
Estudo mostra qual o rendimento mínimo necessário para que se possa viver em Portugal com dignidade. Valores são superiores aos calculados como limiar da pobreza.
Um indivíduo em idade activa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo hoje apresentado.
As conclusões são do estudo “Rendimento Adequado em Portugal (raP) – Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?”, que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.
Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.
O estudo teve, primeiramente, em consideração o mês de Dezembro de 2014 como mês de referência dos orçamentos construídos, para depois os actualizar a preços de Abril de 2017.
Olhando para os valores actualizados de 2017, o estudo revela que um individuo com 65 anos ou mais a residir só deveria ganhar 634 euros, enquanto um casal em que ambos têm 65 anos ou mais deveria auferir 1.007 euros mensais.
Já um individuo em idade activa, ou seja dos 18 aos 64 anos, a residir só precisa de pelo menos 783 euros para viver com dignidade, enquanto se for um casal em que ambos estão em idade activa, o valor deveria subir para os 1.299 euros.
Uma família monoparental com um filho menor de idade precisa de 1.374 euros mensais, já um casal de indivíduos em idade activa com um filho menor de idade (12 anos) deveria poder receber por mês 1.796 euros.
Se o caso for o de um casal em idade activa com dois filhos menores de idade (02 e 12 anos), então valor mensal aumenta para os 2.271 euros, baixando para os 1.816 euros no caso de um casal em idade activa com um filho maior de idade (26 anos).
“Estes resultados sugerem que o uso deste limiar de pobreza subestima a medição da incidência da pobreza em Portugal, se considerarmos, como referência para este cálculo, o valor do rendimento necessário para obter um nível de vida digno”, lê-se nas conclusões do estudo.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do trabalho de investigação admitiu que o conjunto de investigadores já esperava que os valores do raP fossem superiores ao que é o limiar de pobreza do Eurostat, o valor usado para “tudo o que são medidas de avaliação políticas ou actualização políticas”.
“Há uma clara subestimação dos valores da pobreza e há uma subestimação também dos valores, dos mínimos sociais que estão fixados, do salário mínimo, dos mínimos sociais da protecção social”, apontou José Pereirinha.
O responsável admitiu que a investigação não fez cálculos para descobrir o número real de pobres em Portugal porque se entendeu ser mais importante “comparar os limiares de pobreza com este valor de rendimento adequado”, mostrando que os valores actuais são baixos.
Por outro lado, o investigador salientou que o estudo traz outra importante conclusão: a de que “as crianças têm um custo superior àquilo que se convenciona habitualmente” nas escalas de equivalência, ou seja, o peso que as crianças têm no cálculo das prestações sociais que dependem da composição familiar.
“Quando o RSI [Rendimento Social de Inserção] é determinado em função do número de adultos equivalentes no agregado, faz-se isso usando a escala da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] ”, exemplificou José Pereirinha.
Apontou que a investigação revelou que as escalas de equivalência demonstradas neste estudo são diferentes das da OCDE porque “têm um custo implícito que é superior àquele que as escalas da OCDE estão a admitir”.
Estudo mostra qual o rendimento mínimo necessário para que se possa viver em Portugal com dignidade. Valores são superiores aos calculados como limiar da pobreza.
Um indivíduo em idade activa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo hoje apresentado.
As conclusões são do estudo “Rendimento Adequado em Portugal (raP) – Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?”, que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.
Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.
O estudo teve, primeiramente, em consideração o mês de Dezembro de 2014 como mês de referência dos orçamentos construídos, para depois os actualizar a preços de Abril de 2017.
Olhando para os valores actualizados de 2017, o estudo revela que um individuo com 65 anos ou mais a residir só deveria ganhar 634 euros, enquanto um casal em que ambos têm 65 anos ou mais deveria auferir 1.007 euros mensais.
Já um individuo em idade activa, ou seja dos 18 aos 64 anos, a residir só precisa de pelo menos 783 euros para viver com dignidade, enquanto se for um casal em que ambos estão em idade activa, o valor deveria subir para os 1.299 euros.
Uma família monoparental com um filho menor de idade precisa de 1.374 euros mensais, já um casal de indivíduos em idade activa com um filho menor de idade (12 anos) deveria poder receber por mês 1.796 euros.
Se o caso for o de um casal em idade activa com dois filhos menores de idade (02 e 12 anos), então valor mensal aumenta para os 2.271 euros, baixando para os 1.816 euros no caso de um casal em idade activa com um filho maior de idade (26 anos).
“Estes resultados sugerem que o uso deste limiar de pobreza subestima a medição da incidência da pobreza em Portugal, se considerarmos, como referência para este cálculo, o valor do rendimento necessário para obter um nível de vida digno”, lê-se nas conclusões do estudo.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do trabalho de investigação admitiu que o conjunto de investigadores já esperava que os valores do raP fossem superiores ao que é o limiar de pobreza do Eurostat, o valor usado para “tudo o que são medidas de avaliação políticas ou actualização políticas”.
“Há uma clara subestimação dos valores da pobreza e há uma subestimação também dos valores, dos mínimos sociais que estão fixados, do salário mínimo, dos mínimos sociais da protecção social”, apontou José Pereirinha.
O responsável admitiu que a investigação não fez cálculos para descobrir o número real de pobres em Portugal porque se entendeu ser mais importante “comparar os limiares de pobreza com este valor de rendimento adequado”, mostrando que os valores actuais são baixos.
Por outro lado, o investigador salientou que o estudo traz outra importante conclusão: a de que “as crianças têm um custo superior àquilo que se convenciona habitualmente” nas escalas de equivalência, ou seja, o peso que as crianças têm no cálculo das prestações sociais que dependem da composição familiar.
“Quando o RSI [Rendimento Social de Inserção] é determinado em função do número de adultos equivalentes no agregado, faz-se isso usando a escala da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] ”, exemplificou José Pereirinha.
Apontou que a investigação revelou que as escalas de equivalência demonstradas neste estudo são diferentes das da OCDE porque “têm um custo implícito que é superior àquele que as escalas da OCDE estão a admitir”.
Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?
in Diário de Notícias
Estudo científico demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está definido muito abaixo do que deveria
Um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo apresentado esta terça-feira.
As conclusões são do estudo "Rendimento Adequado em Portugal (raP) -- Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?", que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.
Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.
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O estudo teve, primeiramente, em consideração o mês de dezembro de 2014 como mês de referência dos orçamentos construídos, para depois os atualizar a preços de abril de 2017.
Olhando para os valores atualizados de 2017, o estudo revela que um indivíduo com 65 anos ou mais a residir só deveria ganhar 634 euros, enquanto um casal em que ambos têm 65 anos ou mais deveria auferir 1.007 euros mensais.
Já um indivíduo em idade ativa, ou seja dos 18 aos 64 anos, a residir só precisa de pelo menos 783 euros para viver com dignidade, enquanto se for um casal em que ambos estão em idade ativa, o valor deveria subir para os 1.299 euros.
Uma família monoparental com um filho menor de idade precisa de 1.374 euros mensais, já um casal de indivíduos em idade ativa com um filho menor de idade (12 anos) deveria poder receber por mês 1.796 euros.
Se o caso for o de um casal em idade ativa com dois filhos menores de idade (02 e 12 anos), então valor mensal aumenta para os 2.271 euros, baixando para os 1.816 euros no caso de um casal em idade ativa com um filho maior de idade (26 anos).
"Estes resultados sugerem que o uso deste limiar de pobreza subestima a medição da incidência da pobreza em Portugal, se considerarmos, como referência para este cálculo, o valor do rendimento necessário para obter um nível de vida digno", lê-se nas conclusões do estudo.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do trabalho de investigação admitiu que o conjunto de investigadores já esperava que os valores do raP fossem superiores ao que é o limiar de pobreza do Eurostat, o valor usado para "tudo o que são medidas de avaliação políticas ou atualização políticas".
"Há uma clara subestimação dos valores da pobreza e há uma subestimação também dos valores, dos mínimos sociais que estão fixados, do salário mínimo, dos mínimos sociais da proteção social", apontou José Pereirinha.
O responsável admitiu que a investigação não fez cálculos para descobrir o número real de pobres em Portugal porque se entendeu ser mais importante "comparar os limiares de pobreza com este valor de rendimento adequado", mostrando que os valores atuais são baixos.
Por outro lado, o investigador salientou que o estudo traz outra importante conclusão: a de que "as crianças têm um custo superior àquilo que se convenciona habitualmente" nas escalas de equivalência, ou seja, o peso que as crianças têm no cálculo das prestações sociais que dependem da composição familiar.
"Quando o RSI [Rendimento Social de Inserção] é determinado em função do número de adultos equivalentes no agregado, faz-se isso usando a escala da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] ", exemplificou José Pereirinha.
Apontou que a investigação revelou que as escalas de equivalência demonstradas neste estudo são diferentes das da OCDE porque "têm um custo implícito que é superior àquele que as escalas da OCDE estão a admitir".
Estudo científico demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está definido muito abaixo do que deveria
Um indivíduo em idade ativa a viver sozinho deveria ganhar, por mês, 783 euros para ter um nível de vida digno e um casal com um filho menor deveria auferir cerca de 1.800 euros, revela um estudo apresentado esta terça-feira.
As conclusões são do estudo "Rendimento Adequado em Portugal (raP) -- Quanto é necessário para uma pessoa viver com dignidade em Portugal?", que resulta de uma parceria entre várias universidades, entre as quais a de Lisboa e a Católica, e a Rede Europeia Anti-Pobreza, e que demonstra que o limiar da pobreza em Portugal está subestimado.
Os valores de rendimento estimados neste estudo para que cada um dos agregados familiares viva com dignidade são superiores aos 422 euros mensais definidos em 2014 como limiar da pobreza ou aos 439 euros de 2017.
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O estudo teve, primeiramente, em consideração o mês de dezembro de 2014 como mês de referência dos orçamentos construídos, para depois os atualizar a preços de abril de 2017.
Olhando para os valores atualizados de 2017, o estudo revela que um indivíduo com 65 anos ou mais a residir só deveria ganhar 634 euros, enquanto um casal em que ambos têm 65 anos ou mais deveria auferir 1.007 euros mensais.
Já um indivíduo em idade ativa, ou seja dos 18 aos 64 anos, a residir só precisa de pelo menos 783 euros para viver com dignidade, enquanto se for um casal em que ambos estão em idade ativa, o valor deveria subir para os 1.299 euros.
Uma família monoparental com um filho menor de idade precisa de 1.374 euros mensais, já um casal de indivíduos em idade ativa com um filho menor de idade (12 anos) deveria poder receber por mês 1.796 euros.
Se o caso for o de um casal em idade ativa com dois filhos menores de idade (02 e 12 anos), então valor mensal aumenta para os 2.271 euros, baixando para os 1.816 euros no caso de um casal em idade ativa com um filho maior de idade (26 anos).
"Estes resultados sugerem que o uso deste limiar de pobreza subestima a medição da incidência da pobreza em Portugal, se considerarmos, como referência para este cálculo, o valor do rendimento necessário para obter um nível de vida digno", lê-se nas conclusões do estudo.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do trabalho de investigação admitiu que o conjunto de investigadores já esperava que os valores do raP fossem superiores ao que é o limiar de pobreza do Eurostat, o valor usado para "tudo o que são medidas de avaliação políticas ou atualização políticas".
"Há uma clara subestimação dos valores da pobreza e há uma subestimação também dos valores, dos mínimos sociais que estão fixados, do salário mínimo, dos mínimos sociais da proteção social", apontou José Pereirinha.
O responsável admitiu que a investigação não fez cálculos para descobrir o número real de pobres em Portugal porque se entendeu ser mais importante "comparar os limiares de pobreza com este valor de rendimento adequado", mostrando que os valores atuais são baixos.
Por outro lado, o investigador salientou que o estudo traz outra importante conclusão: a de que "as crianças têm um custo superior àquilo que se convenciona habitualmente" nas escalas de equivalência, ou seja, o peso que as crianças têm no cálculo das prestações sociais que dependem da composição familiar.
"Quando o RSI [Rendimento Social de Inserção] é determinado em função do número de adultos equivalentes no agregado, faz-se isso usando a escala da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] ", exemplificou José Pereirinha.
Apontou que a investigação revelou que as escalas de equivalência demonstradas neste estudo são diferentes das da OCDE porque "têm um custo implícito que é superior àquele que as escalas da OCDE estão a admitir".
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