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19.12.22

Imigrantes de fora da União Europeia em maior risco de pobreza ou exclusão social

in Notícias de Coimbra

Os rendimentos e o risco de pobreza ou exclusão social da população estrangeira variam em função da nacionalidade, afetando mais residentes em Portugal originários de fora da União Europeia (UE).

A conclusão é de um estudo hoje divulgado pela Pordata, quando se assinala o Dia Mundial dos Migrantes.

“O risco de pobreza ou exclusão social na população adulta em Portugal é menor entre cidadãos portugueses (22 %) do que entre estrangeiros (35 %), sendo mais alto entre cidadãos de países fora da UE27 (37 %) do que entre cidadãos de países que integram a UE27 (27 %)”, diz o documento, referindo-se a pessoas com 18 ou mais anos.

De acordo com a mesma análise, em Portugal os rendimentos dos portugueses são mais elevados do que os dos cidadãos estrangeiros de países fora da União Europeia, composta por 27 Estados-membros (UE27), mas mais baixos quando comparados com cidadãos estrangeiros de países da UE27.

Avaliando o rendimento médio equivalente por nacionalidade, que tem em consideração o rendimento monetário obtido pelos agregados e por cada um dos seus membros após dedução dos impostos e das contribuições para a segurança social, e que corresponde à quantia que cada pessoa teria se todas as famílias vivessem com o mesmo número de adultos e de crianças, um residente estrangeiro em Portugal da União Europeia dispõe de 12.585 euros.

No polo oposto estão os residentes estrangeiros de países fora da União Europeia, que auferem 10.080 euros, enquanto o rendimento médio equivalente de um português é de 11.138 euros.

2.10.15

Um quinto dos portugueses com 65 ou mais anos corre risco de pobreza ou exclusão social

por David Santiago, in Negócios on-line

De acordo com o Eurostat, em Portugal 20,3% das pessoas com 65 ou mais anos de idade corre o risco de passar por situações de pobreza ou exclusão social. O gabinete de estatística alerta ainda para o envelhecimento da população europeia.

Os dados divulgados esta terça-feira, 29 de Setembro, pelo Eurostat mostram que, em 2013, a proporção de pessoas com 65 ou mais anos que em Portugal correm risco de pobreza ou exclusão social (20,3%) é mais elevado do que a média europeia (18,2%). Situação idêntica à verificada nas pessoas com menos de 65 anos.

Neste grupo da população, 29,2% das pessoas correm risco de pobreza ou exclusão social em Portugal, valor que compara com os 25,9% verificados no conjunto dos países-membros da União Europeia (UE). Em 20 dos Estados-membros confirma-se também esta tendência, ou seja, o risco de pobreza ou exclusão é mais elevado no grupo de pessoas com menos de 65 anos do que nas pessoas com idade superior.


Os dados hoje revelados pelo gabinete de estatísticas europeu são apenas uma parte de um conjunto de dados e indicadores que o Eurostat publica, todos os anos a 1 de Outubro, por ocasião do Dia Internacional das Pessoas Idosas.

Portugal surge mais distante da média dos países-membros da União no que concerne ao grupo de pessoas com idades compreendidas entre os 65 e os 74 anos de idade que utilizam internet. Enquanto nos Estados da UE a percentagem é de 42%, em Portugal é de apenas 23%. Mas se Portugal fica bastante aquém dos 81% registados no Luxemburgo, surge melhor classificado do que, por exemplo, a Bulgária (10%) ou a Grécia (14%).

No relatório hoje publicado, o Eurostat começa por alertar para o envelhecimento da população com que a UE está confrontada. E nota que em 2014 a percentagem da população com 65 ou mais anos de idade era de 18,5%, perspectivando-se até 2080 tenha crescido para os 30%. Já a proporção da população com 80 ou mais anos deverá mais do que duplicar dos cerca de 5% registados em 2014 para mais de 12% em 2080.

O peso crescente da terceira idade no total da população coloca um conjunto de desafios cruciais à Europa, avisa o Eurostat, designadamente no que diz respeito à atenção devida à situação económica e à inclusão social destas pessoas.

A Itália (6,4%), a Grécia (6,0%) e a Espanha (5,7%) registavam, em 2014, as proporções mais elevadas de pessoas com 80 ou mais anos. No pólo oposto encontrava-se a Irlanda e a Eslováquia (ambas com 3,0%) e o Chipre (3,1%).

A tendência de envelhecimento populacional na Europa é evidente. De acordo com o instituto de estatísticas, nos últimos 15 anos a população com 80 ou mais anos cresceu de 3,5% em 2001 para 5,1% em 2014. No entanto, as projecções deste gabinete apontam para que a população europeia envelheça ainda mais nos próximos anos, acreditando-se que uma em cada oito pessoas (12,3% da população) tenha 80 ou mais anos em 2080.

Curiosamente, a Eslováquia, que apresenta actualmente a mais baixa porporção de pessoas com 80 ou mais anos, deverá registar em 2080 o maior grupo de pessoas nesse intervalo de idade (16,3%). Em Portugal essa percentagem é de 5,5%, estimando-se que em 2080 exista uma percentagem de 15,8% da população com 80 ou mais anos, o que colocará o país com a segunda mais alta percentagem de pessoas nessa idade. Seguir-se-á a Alemanha (15,1%) e a Polónia (14,9%), prevê o Eurostat. Já a Irlanda (7,4%), a Lituânia (8,9%) e a Letónia (9,5%) deverão registar as menores percentagens de pessoas com 80 ou mais anos.

Nota ainda para o facto de a esperança de vida para as pessoas com 65 anos ser mais elevada nas mulheres do que nos homens. No conjunto da UE, em 2013 a esperança de vida das mulheres com 65 anos era de 21,3 anos e nos homens de 17,9 anos. Portugal, com 21,6 e 17,8 de esperança de vida para mulheres e homens, respectivamente, apresenta níveis muito próximos da média europeia.