in Sol
Este ano, há 900 portugueses envolvidos em ações missionárias: 276 preparam-se para partir em missão e 624 voluntários vão participar em projectos no país, segundo dados da Fundação Fé e Cooperação que dinamiza a Rede de Voluntariado Missionário publicados no site Ecclesia.
A grande maioria dos que vão em missão são estudantes, entre os 18 e os 30 anos. Mas de acordo com Catarina António, da Fundação Fé e Cooperação, há também quem aproveite as férias para realizar acções de voluntariado e até quem deixe o emprego para partir em missão.
Os países de destino são maioritariamente de língua e expressão portuguesa, como Moçambique, Cabo Verde, Angola, São Tomé e Príncipe, Brasil e Guiné-Bissau. Além destes, este ano, a Fundação registou a partida de voluntários para a Bolívia e Perú.
Os missionários portugueses vão integrados em grupos específicos que têm contacto com a realidade e são inseridos em projetos que já estão em curso.
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28.7.15
25.5.15
Morreu a 'senhora solidariedade' aquela que mais promoveu o voluntariado em Portugal
in Visão on-line
Elza Chambel foi uma das mais ativas voluntárias portuguesas. A Presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado morreu aos 78 anos
A figura frágil camuflava a energia inesgotável de uma mulher que afirmava não ter a palavra "reforma" no seu dicionário pessoal. Elza Chambel foi uma das principais impulsionadoras do voluntariado em Portugal.
Presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado desde a sua fundação, em 2006, foi também a Coordenadora Nacional do Ano Europeu do Voluntariado, em 2011. No ano seguinte, o Presidente da República, Cavaco Silva, nomeou-a Comendadora. Informalmente, tinha outro título, o de "senhora solidariedade".
"Voluntariado é trabalhar para e com o outros", dizia.
Nascida no Rio de Janeiro, passou a infância e a juventude em Trás-os-Montes, o que lhe moldaria o carácter aguerrido. Acabou por se fixar em Santarém para onde foi trabalhar como notária.
Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1960, afirmava-se como "feminista entre aspas" e envolveu-se na luta pela afirmação das mulheres na função pública.
"Na altura, havia um regulamento que dizia que as mulheres não podiam ir além de chefe de secção. Eu aceitaria isso se não me sentisse capaz de exercer o cargo, mas nunca por ser mulher", costumava contar. Elza Chambel acabou por conseguir fazer do estatuto do pessoal da Caixa de Previdência de Santarém um exemplo a nível nacional.
Foi a primeira chefe de divisão em Portugal e chegou a lugares de topo na estrutura da Segurança Social, como diretora distrital de Santarém e da Região de Lisboa e Vale do Tejo.
Em paralelo, sempre se dedicou à promoção do voluntariado. Procurava agitar consciências e dar visibilidade à causa. Ainda no passado dizia numa entrevista que "o voluntariado não pode substituir postos de trabalho".
Considerava-se uma otimista e quem com ela convivia também partilhava da mesma opinião.
Elza Chambel deixa uma filha, duas netas, de 14 e 18 anos, e mais de meio milhão de voluntários em Portugal.
Perdeu hoje a batalha contra o cancro. Tinha 78 anos.
Elza Chambel foi uma das mais ativas voluntárias portuguesas. A Presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado morreu aos 78 anos
A figura frágil camuflava a energia inesgotável de uma mulher que afirmava não ter a palavra "reforma" no seu dicionário pessoal. Elza Chambel foi uma das principais impulsionadoras do voluntariado em Portugal.
Presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado desde a sua fundação, em 2006, foi também a Coordenadora Nacional do Ano Europeu do Voluntariado, em 2011. No ano seguinte, o Presidente da República, Cavaco Silva, nomeou-a Comendadora. Informalmente, tinha outro título, o de "senhora solidariedade".
"Voluntariado é trabalhar para e com o outros", dizia.
Nascida no Rio de Janeiro, passou a infância e a juventude em Trás-os-Montes, o que lhe moldaria o carácter aguerrido. Acabou por se fixar em Santarém para onde foi trabalhar como notária.
Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, em 1960, afirmava-se como "feminista entre aspas" e envolveu-se na luta pela afirmação das mulheres na função pública.
"Na altura, havia um regulamento que dizia que as mulheres não podiam ir além de chefe de secção. Eu aceitaria isso se não me sentisse capaz de exercer o cargo, mas nunca por ser mulher", costumava contar. Elza Chambel acabou por conseguir fazer do estatuto do pessoal da Caixa de Previdência de Santarém um exemplo a nível nacional.
Foi a primeira chefe de divisão em Portugal e chegou a lugares de topo na estrutura da Segurança Social, como diretora distrital de Santarém e da Região de Lisboa e Vale do Tejo.
Em paralelo, sempre se dedicou à promoção do voluntariado. Procurava agitar consciências e dar visibilidade à causa. Ainda no passado dizia numa entrevista que "o voluntariado não pode substituir postos de trabalho".
Considerava-se uma otimista e quem com ela convivia também partilhava da mesma opinião.
Elza Chambel deixa uma filha, duas netas, de 14 e 18 anos, e mais de meio milhão de voluntários em Portugal.
Perdeu hoje a batalha contra o cancro. Tinha 78 anos.
22.12.14
Uma ceia de Natal diferente na Vila de Rabo de Peixe
in iOnline
Mais de duas centenas de trabalhadores da indústria conserveira da Vila de Rabo de Peixe, nos Açores, a maioria mulheres, vão disfrutar na sexta-feira de uma ceia de Natal diferente oferecida pela nova fábrica da COFACO, que decidiu ainda entregar cabazes alimentares às suas famílias.
Na vila de Rabo de Peixe existem alguns focos de pobreza acentuados, principalmente entre famílias numerosas, pelo que as acções de responsabilidade social por parte das empresas são consideradas de extrema relevância.
A fábrica da COFACO, como destacada unidade conserveira assume assinalável relevância social, regional e local. É a maior conserveira da Região Autónoma dos Açores e foi alvo de importantes obras de beneficiação no valor de 12,5 milhões de euros, dos quais oito milhões comparticipados por fundos comunitários.
Esta unidade fabril foi completamente renovada, tendo sido melhoradas as condições de trabalho no que respeita à higiene e a outros aspectos ambientais habitualmente ligados à indústria conserveira.
A empresa é uma das mais importantes fontes de subsistência dos habitantes da freguesia.
As obras de remodelação e modernização das instalações da fábrica de conservas (interiores e exteriores) implicaram a substituição de todos os equipamentos, bem como o alargamento do parque de equipamentos em mais 1 000m2, incluindo a pavimentação da zona frontal à ETARI (estação de tratamento de águas residuais industriais).
Nesse âmbito foi refeita toda a rede de esgotos e de águas pluviais (interior e exterior) e ligação da mesma às respectivas redes gerais existentes.
Em termos ambientais, com a construção da ETARI e ligação do respectivo emissário ao mar, todos os resíduos que anteriormente eram lançados ao mar sem tratamento são agora expelidos em condições limpas e despoluídas, o que representa uma inovação na indústria local.
A empresa dispõe de dois pólos industriais, nas ilhas do Pico (Madalena do Pico) e S. Miguel (Rabo de Peixe) e dada a sua importância constitui-se como autêntico cluster do mar.
Detentora das marcas de conservas de atum Bom Petisco e Tenório, de sardinhas Líder e da Pitéu, mais generalista, a ligação da empresa à pesca e à indústria cria uma lógica de cluster neste sector.
A Freguesia de Rabo de Peixe apresenta alguns problemas sociais preocupantes, nomeadamente uma elevada taxa de mortalidade infantil, deficientes condições de habitabilidade, níveis de pobreza e de exclusão social elevados. A taxa de analfabetismo na Freguesia é elevada e a taxa de empregabilidade é baixa com desemprego elevado.
Contudo, a Vila de Rabo de Peixe está a atravessar uma nova fase de dinamismo que contrasta com a imagem de pobreza tradicional e a iniciar um novo período de crescimento com a criação de um ambiente sustentável que permitirá maior conforto e oportunidades para os seus quase dez mil habitantes.
A actividade comercial da vila é florescente e rivaliza com a de outras localidades da ilha e da região, sobretudo no sector primário produtivo, como é o caso das pescas e da agricultura, onde se produz em grande escala, nomeadamente na hortofrutícola e pescas, destacando-se ainda a construção naval e a actividade do seu novo porto comercial.
Mais de duas centenas de trabalhadores da indústria conserveira da Vila de Rabo de Peixe, nos Açores, a maioria mulheres, vão disfrutar na sexta-feira de uma ceia de Natal diferente oferecida pela nova fábrica da COFACO, que decidiu ainda entregar cabazes alimentares às suas famílias.
Na vila de Rabo de Peixe existem alguns focos de pobreza acentuados, principalmente entre famílias numerosas, pelo que as acções de responsabilidade social por parte das empresas são consideradas de extrema relevância.
A fábrica da COFACO, como destacada unidade conserveira assume assinalável relevância social, regional e local. É a maior conserveira da Região Autónoma dos Açores e foi alvo de importantes obras de beneficiação no valor de 12,5 milhões de euros, dos quais oito milhões comparticipados por fundos comunitários.
Esta unidade fabril foi completamente renovada, tendo sido melhoradas as condições de trabalho no que respeita à higiene e a outros aspectos ambientais habitualmente ligados à indústria conserveira.
A empresa é uma das mais importantes fontes de subsistência dos habitantes da freguesia.
As obras de remodelação e modernização das instalações da fábrica de conservas (interiores e exteriores) implicaram a substituição de todos os equipamentos, bem como o alargamento do parque de equipamentos em mais 1 000m2, incluindo a pavimentação da zona frontal à ETARI (estação de tratamento de águas residuais industriais).
Nesse âmbito foi refeita toda a rede de esgotos e de águas pluviais (interior e exterior) e ligação da mesma às respectivas redes gerais existentes.
Em termos ambientais, com a construção da ETARI e ligação do respectivo emissário ao mar, todos os resíduos que anteriormente eram lançados ao mar sem tratamento são agora expelidos em condições limpas e despoluídas, o que representa uma inovação na indústria local.
A empresa dispõe de dois pólos industriais, nas ilhas do Pico (Madalena do Pico) e S. Miguel (Rabo de Peixe) e dada a sua importância constitui-se como autêntico cluster do mar.
Detentora das marcas de conservas de atum Bom Petisco e Tenório, de sardinhas Líder e da Pitéu, mais generalista, a ligação da empresa à pesca e à indústria cria uma lógica de cluster neste sector.
A Freguesia de Rabo de Peixe apresenta alguns problemas sociais preocupantes, nomeadamente uma elevada taxa de mortalidade infantil, deficientes condições de habitabilidade, níveis de pobreza e de exclusão social elevados. A taxa de analfabetismo na Freguesia é elevada e a taxa de empregabilidade é baixa com desemprego elevado.
Contudo, a Vila de Rabo de Peixe está a atravessar uma nova fase de dinamismo que contrasta com a imagem de pobreza tradicional e a iniciar um novo período de crescimento com a criação de um ambiente sustentável que permitirá maior conforto e oportunidades para os seus quase dez mil habitantes.
A actividade comercial da vila é florescente e rivaliza com a de outras localidades da ilha e da região, sobretudo no sector primário produtivo, como é o caso das pescas e da agricultura, onde se produz em grande escala, nomeadamente na hortofrutícola e pescas, destacando-se ainda a construção naval e a actividade do seu novo porto comercial.
14.6.13
Tiago organiza jantares em casa para ser voluntário no Quénia
in Público on-line
O projecto chama-se “Tipicidades Urbanas” e tem como objectivo a obtenção de fundos para viajar até ao Quénia e sensibilizar jovens para a problemática da sida
Um jovem de 25 anos, estudante de Ciências Farmacêuticas, organiza jantares em casa para angariar dinheiro para uma missão de voluntariado no Quénia que pretende sensibilizar os mais novos para a problemática da sida.
Tiago Dias, natural de Chaves, mas a viver em Lisboa, transformou o apartamento num “restaurante”, a favor de uma causa, onde o preço é estabelecido pelos “clientes”, num valor nunca inferior a cinco euros.
Apelidado de “chef farmacêutico” pelos amigos, o jovem confessou à Lusa que a ideia teve três ingredientes: formação em farmácia, vontade em ajudar os outros e gosto pela culinária.
Todas as semanas, e mediante marcações, Tiago Dias serve refeições a amigos, amigos dos amigos e desconhecidos, tratadas por “Tipicidades Urbanas”, para viajar até ao Quénia e ajudar os jovens.
Durante seis semanas, de 18 de Julho a 2 de Setembro, Tiago Dias terá como missão informar, sensibilizar e educar os jovens para o perigo de ter relações sexuais sem proteção e as suas consequências e alertá-los para a importância de tomar a medicação em caso de contágio pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).
Na bagagem, o jovem leva ainda a tarefa de ensinar a comunidade sobre os cuidados básicos de saúde e higiene. A carência de recursos, falta de meios de informação e de infraestruturas hospitalares, traduzindo-se numa grande percentagem de pessoas infectadas por VIH, foram factores determinantes na sua escolha pelo Quénia.
Ementa divulgada no Facebook
Para garantir a sua presença no país, Tiago Dias precisa de 1.000 euros — tendo, até agora, angariado cerca de 600 euros.
A ementa é divulgada na página do Facebook e a marcação de “mesa” é feita através da rede social, pelo telefone ou por e-mail. As pessoas, disse, terão música ambiente, pratos típicos portugueses e uma mesa com um número variado de personalidades e profissões.
O gosto pela cozinha, revelou, surgiu nos primeiros anos de faculdade. “Cansei-me de comer bifes com arroz branco. Então, decidi começar a cozinhar, experimentar novos sabores e tornei-me o chefe oficial da casa que partilhava com os amigos”, disse.
“Esta experiência tem sido um enorme sucesso e extremamente gratificante a nível pessoal. Superou todas as minhas expectativas porque se gera uma troca de experiências e conversa extraordinárias”, revelou.
O regresso do Quénia não é para breve, mas Tiago Dias já tem planos: “Quero criar um restaurante como uma associação de solidariedade para ajudar os que mais necessitam, mas tentando sempre recolher fundos de uma forma que seja realmente útil a quem contribui”.
Depois de missões pelo Vietname, Indonésia e Tailândia, a família de Tiago Dias, apesar de preocupada, apoia estas missões. “Estou muito ansioso”, rematou.
O projecto chama-se “Tipicidades Urbanas” e tem como objectivo a obtenção de fundos para viajar até ao Quénia e sensibilizar jovens para a problemática da sida
Um jovem de 25 anos, estudante de Ciências Farmacêuticas, organiza jantares em casa para angariar dinheiro para uma missão de voluntariado no Quénia que pretende sensibilizar os mais novos para a problemática da sida.
Tiago Dias, natural de Chaves, mas a viver em Lisboa, transformou o apartamento num “restaurante”, a favor de uma causa, onde o preço é estabelecido pelos “clientes”, num valor nunca inferior a cinco euros.
Apelidado de “chef farmacêutico” pelos amigos, o jovem confessou à Lusa que a ideia teve três ingredientes: formação em farmácia, vontade em ajudar os outros e gosto pela culinária.
Todas as semanas, e mediante marcações, Tiago Dias serve refeições a amigos, amigos dos amigos e desconhecidos, tratadas por “Tipicidades Urbanas”, para viajar até ao Quénia e ajudar os jovens.
Durante seis semanas, de 18 de Julho a 2 de Setembro, Tiago Dias terá como missão informar, sensibilizar e educar os jovens para o perigo de ter relações sexuais sem proteção e as suas consequências e alertá-los para a importância de tomar a medicação em caso de contágio pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).
Na bagagem, o jovem leva ainda a tarefa de ensinar a comunidade sobre os cuidados básicos de saúde e higiene. A carência de recursos, falta de meios de informação e de infraestruturas hospitalares, traduzindo-se numa grande percentagem de pessoas infectadas por VIH, foram factores determinantes na sua escolha pelo Quénia.
Ementa divulgada no Facebook
Para garantir a sua presença no país, Tiago Dias precisa de 1.000 euros — tendo, até agora, angariado cerca de 600 euros.
A ementa é divulgada na página do Facebook e a marcação de “mesa” é feita através da rede social, pelo telefone ou por e-mail. As pessoas, disse, terão música ambiente, pratos típicos portugueses e uma mesa com um número variado de personalidades e profissões.
O gosto pela cozinha, revelou, surgiu nos primeiros anos de faculdade. “Cansei-me de comer bifes com arroz branco. Então, decidi começar a cozinhar, experimentar novos sabores e tornei-me o chefe oficial da casa que partilhava com os amigos”, disse.
“Esta experiência tem sido um enorme sucesso e extremamente gratificante a nível pessoal. Superou todas as minhas expectativas porque se gera uma troca de experiências e conversa extraordinárias”, revelou.
O regresso do Quénia não é para breve, mas Tiago Dias já tem planos: “Quero criar um restaurante como uma associação de solidariedade para ajudar os que mais necessitam, mas tentando sempre recolher fundos de uma forma que seja realmente útil a quem contribui”.
Depois de missões pelo Vietname, Indonésia e Tailândia, a família de Tiago Dias, apesar de preocupada, apoia estas missões. “Estou muito ansioso”, rematou.
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