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Vendas em 2.ª mão. Saiba como ganhar dinheiro com os seus bens

Por Sónia Peres Pinto, in iOnline

Com a crise e a diminuição dos salários, a compra e venda de artigos em segunda mão ganhou um novo fôlego. A fórmula de sucesso para este negócio é simples: uns ponderam vender objectos que adquiriram e de que já não necessitam, outros preferem comprar bens quase a “preço de saldo”.

Comprar produtos em segunda mão é uma das formas encontradas pelos consumidores para não gastarem muito dinheiro. O negócio de luxo também está presente, não ficando alheio a esta moda. Veja aqui onde pode comprar os mais variados artigos a preços mais apetecíveis

Exemplos:

Feiras e mercados. Prepare-se para pagar uma inscrição

As feiras da ladra, de velharias e de antiguidades são bons locais para encontrar artigos em segunda mão. Na maior parte dos casos, estas feiras vendem de tudo um pouco e são ideais para encontrar peças verdadeiramente antigas e bem conservadas por verdadeiras pechinchas. Esta opção já foi assumida por alguns famosos que encaram as feiras e os mercados de rua como um meio para se “livrarem” de artigos antigos ou até roupa em bom estado. Por isso mesmo, pode recorrer a este meio não só para vender o que já não quer como também para comprar artigos em segunda mão a preços muito mais convidativos. Em Lisboa visite a Feira da Ladra, que tem lugar às terças e sábados no Campo de Santa Clara, mas para vender precisa de ter o cartão de feirante obtido na Câmara Municipal de Lisboa, com um custo de aproximadamente 15 euros, ou de uma licença mensal que ronda os 16 euros. Pode ainda optar pelo LxMarket, que se realiza todos os domingos entre as 11 e as 18h na Lx Factory , onde a inscrição custa a partir de 20 euros. Já no Porto visite a Feira da Vandoma, que se realiza nas Fontainhas todos os sábados entre as 8h e as 13h e é gratuita para vendedores eventuais.

Lojas. Maioria funciona em regime de franchising

É possível encontrar verdadeiras redes de lojas de compra e venda de artigos em segunda mão. A Cash Converters é um dos exemplos disso. Nesse espaço é possível encontrar a maior variedade de artigos que possa imaginar – desde joalharia a instrumentos musicais, passando por artigos de desporto ou bricolage, apresentando preços mais atractivos. Para quem vende, recebe no momento e em numerário. Depois de um processo de inspecção, os artigos são colocados à venda.

Outra alternativa é a Cash & Go, que também é especializada em compra e venda de artigos usados, mas funciona em regime de franchising. Tal como acontece com o exemplo anterior, pode vender ou comprar os mais variados artigos em segunda mão com garantia de funcionamento que poderá ir de um a dois anos (no caso de equipamentos novos, com garantia de origem).
Também o segmento das crianças não é esquecido. No Kid to Kid é possível vender e comprar artigos usados e encontrar artigos de marca com descontos que podem ir até aos 70%. Quem vender os artigos pode receber em dinheiro ou 20% mais em crédito para usar na loja.

Internet. Negócio com maior crescimento

O negócio da compra e venda de artigos em segunda mão está a ganhar cada vez mais terreno na internet. Pode adquirir em sites os mais variados artigos, desde carros a móveis antigos, passando por tecnologias. O OLX e o Custo Justo são dois exemplos que têm vindo a ganhar cada vez mais adeptos junto dos consumidores portugueses. O primeiro oferece, a quem quer vender, a publicação sem custos de utilização nem comissões de venda. Ao vendedor é possível monitorizar o interesse do anúncio que colocou. Mas se quiser algum destaque, terá de pagar. Já o Custo Justo permite fazer uma selecção das ofertas e das vendas consoante a região. A ideia é simples: encontrar os artigos mais perto de si. Os anúncios ficam visíveis durante 60 dias e o vendedor consegue ter mais visibilidade se pagar. Outra alternativa passa pelo eBay. Como existe em vários países, é possível encontrar artigos que não se vendem cá. Neste caso, a transacção terá de ser feita à distância. Para quem está apenas interessado no negócio automóvel, uma das opções passa por recorrer ao Standvirtual; já no caso de imóveis, pode apostar no Imovirtual.

Redes sociais. Espaço para venda e também para trocas

Além dos sites dedicados à compra e venda de produtos usados, também é possível encontrar nas redes sociais negócios idênticos, especialmente no Facebook.

Numa primeira fase estavam mais direccionados para o vestuário e acessórios mas, agora, o negócio é mais alargado. O “My Closet for Sale” é um desses exemplos, onde qualquer pessoa pode criar um álbum e começar a publicar fotos da roupa que quer vender ou trocar. Além disso, nos últimos meses, esta moda também chegou aos blogues. Mas quem preferir artigos sem ser de moda tem os “Classificados”, que só aceitam participantes portugueses, limitam os posts a três por dia, por utilizador, e não permitem a repetição.

Para quem pretende apenas trocar existem o “Trocas e Baldrocas” e o “Clube das Trocas”, onde não são permitidas trocas que envolvam dinheiro. Por isso mesmo, em qualquer dos casos, qualquer tentativa de venda ou promoção de outros locais é liminarmente eliminada. A insistência nestas tentativas (claras ou dissimuladas) resulta na expulsão do grupo. Pode trocar desde computadores a bicicletas, sofás, etc.

Bens em 2.ª mão também chegam ao mercado de luxo

Não pense que o negócio de compra e venda em segunda mão está apenas reservado às pequenas marcas. Comprar produtos de luxo – que, normalmente, apenas estariam acessíveis às bolsas mais abastadas – já é uma realidade para os consumidores com orçamentos mais apertados.

É possível adquirir, por metade do preço, artigos de luxo em segunda mão em lojas como a Quartier Latin, localizada na Foz do Porto, ou a Du Chic à Vendre, que fica no Monte Estoril. Para quem prefere a internet, pode aceder a produtos de luxo em segunda mão a preços mais reduzidos através do site “MaPomme”, a plataforma online de vendas da loja Quartier Latin. Aqui pode comprar ou vender. Se tiver uma ou outra peça de marca da qual se queira desfazer, basta ir à secção “vender” e inserir as informações que são pedidas e uma fotografia. Para colocar as peças à venda ser-lhe-á cobrada uma taxa de um euro por cada uma e o valor é cobrado no momento da colocação do artigo online. Caso consiga vender, a MaPomme cobra uma taxa de 15% sobre o valor de venda, com um mínimo de um euro. A este valor acresce o IVA à taxa em vigor.