Isabel Leiria, in Expresso
Dados do INE relativos ao 1º trimestre mostram nova descida. Portugal passar a figurar entre os países da União Europeia com melhor desempenho neste indicador
Se há umas décadas Portugal apresentava das mais altas taxas de abandono escolar na União Europeia, a evolução dos últimos anos colocou agora o país entre os que têm melhores desempenhos. Segundo os dados publicados esta quarta-feira pelo INE, o abandono escolar caiu no 1.º trimestre para os 5,1% (4,5% no continente), atingindo um novo mínimo histórico.
Em 2016, o valor era de 14%, desceu em 2021 para os 5,9% e os dados deste início de ano indicam que poderá continuar a cair. O Ministério da Educação sublinha a “tendência descendente observada em Portugal, por contraponto a um cenário de quase estagnação na Europa”, levando a que Portugal se coloque agora entre os melhores desempenhos, com valores “claramente abaixo dos registados, por exemplo, na Espanha, na Alemanha, na Noruega, na Itália e na França, na Dinamarca ou na Bélgica”.
O indicador do abandono escolar mede a percentagem de jovens (18-24 anos) que não concluiu o ensino secundário e não está a estudar.
Para o Ministério da Educação, a diminuição deste indicador resulta de um conjunto de medidas desenvolvidas nos últimos anos, como a autonomia e flexibilidade curricular, a redução do número máximo de alunos por turma, o Plano Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, entre outras.
“O país está de parabéns sempre que a taxa de abandono escolar precoce diminui. Não só porque é um reflexo do bom trabalho das nossas escolas e dos seus profissionais, mas também porque é o fruto de uma sociedade que não se conforma com a ideia de que apenas alguns têm direito à educação, assumindo que o combate às desigualdades é uma missão coletiva”, sublinha o ministro da Educação, João Costa, em nota enviada à comunicação social.