17.5.22

“Na violência atroz da guerra, não há vencedores nem vencidos, apenas lágrimas”: este ano, na Procissão das Velas, rezou-se pela Ucrânia

Rúben Tiago Pereira e António Pedro Ferreira, in Expresso

No 13 de maio que marca o regresso das multidões depois da pandemia, há bandeiras de todos os países, mas destacam-se as dos ucranianos que chegaram cedo para reservarem lugares onde pudessem hastear bandeiras amarelas e azuis que todos vissem

O tema apoderou-se da cerimónia na Capelinha das Aparições e mais tarde no altar: “O pranto de Deus ante uma guerra que destrói a Ucrânia”. Monsenhor Edgar Peña Parra, substituto para os assuntos gerais da Secretaria de Estado do Vaticano que presidiu à Peregrinação, pediu que se intercedesse pelos que sofrem os horrores da guerra: “Saem destruídos também os vencedores e os que observam, não só os vencidos”.

Depois de dois anos de pandemia em que o 13 de maio se celebrou sem peregrinos, caíram finalmente as máscaras para quase todos e voltaram as velas acesas aos milhares à noite. E quem as segurava atou-lhes nós de fitas azuis e amarelas. “Não é por nenhuma razão em específico, é só para mostrar que estamos cá para eles”, diz um casal português que preferiu não ser identificado. Veja a fotogaleria.