"É preciso lutar pelo fim do sexismo e transformar a emancipação feminina em realidade. Só assim a manhã de Abril poderá acordar em plena igualdade e liberdade", defendeu a deputada única do PAN, Inês Sousa Real
A deputada única do PAN defendeu hoje, no seu discurso na sessão que assinala a Revolução dos Cravos no parlamento, que é preciso tornar efetiva a emancipação das mulheres, salientando que “Abril ainda não tem rosto de mulher”.
“É preciso lutar pelo fim do sexismo e transformar a emancipação feminina em realidade. Só assim a manhã de Abril poderá acordar em plena igualdade e liberdade”, defendeu Inês Sousa Real.
Discursando na Assembleia da República, na sessão solene comemorativa dos 48 anos do 25 de Abril de 1974, a porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza considerou que “Abril ainda não tem rosto de mulher”, salientando que a “desigualdade de género que persiste”, apesar “de todos os avanços e conquistas que foram trazidos pela revolução e que romperam como uma ditadura”.
E justificou que “Abril ainda não tem rosto de mulher quando a cada dia mais de 50 mulheres são vítimas de violência doméstica”, quando Portugal tem “um sistema e uma justiça, marcados por um machismo tóxico, que desculpabiliza sistematicamente o agressor”.
“Abril ainda não tem rosto de mulher quando os crimes sexuais não têm um prazo de prescrição capaz de respeitar as emoções e o tempo da vítima ou quando a sua consequência são apenas multas ou penas suspensas”, criticou.