David Alvito com Clara Maria Oliveira, in TSF
Em declarações à TSF, Paulo Marques recordou que o aumento dos contratos precários entre os mais novos "foi muito rápido durante os anos da crise e, desde então ela tem-se mantido bastante alta".
Não param de aumentar os contratos precários entre os mais novos em Portugal, garante um dos coordenadores do observatório para o emprego jovem, do ISCTE, Paulo Marques, falando de uma tendência que se estende "ao longo das últimas décadas".
As razões, segundo Paulo Marques, explicam-se, por exemplo, pela maior "regulação relativamente aos contratos permanentes e, havendo empresas que querem ter uma rotação grande nas suas empresas", utilizam "outras formas de contratação como uma forma de terem menos responsabilidades sobre os seus trabalhadores", explica.
Na opinião de Paulo Marques, "um empregador que investe nos seus trabalhadores" é "mais interessado em retê-los a longo prazo", mas essa componente "tem estado muito ausente do debate".
Por outro lado, "se os setores que crescem no emprego e na nossa economia são setores que vivem da sazonalidade e de uma grande rotação dos seus trabalhadores, também é difícil promover uma proporção do emprego deste género", conclui.