Sebastian Temlett, in Euronews
As desigualdades estão a crescer na União Europeia (UE). A Covid-19 agravou - de forma diferente - os problemas já existentes e criou mais tensões no mercado laboral de vários países.A Cáritas Europa diz que são cada vez mais as pessoas que precisam de comida, de roupas e que procuram um teto.
"Os nossos sistemas de apoio social não estão muito bem e as pessoas que estão a perder os empregos ou até mesmo as pessoas com trabalho, mas que têm baixos rendimentos, que se encontram em situações em que a proteção não é adequada, não conseguem dar resposta às necessidades básicas por causa da falta de proteção social", sublinhou, em entrevista à Euronews, Maria Nyman, secretária-geral da Cáritas.
Os salários mínimos variam bastante entre os países europeus.
Na Bulgária, por exemplo, o salário mínimo é de 332 euros, enquanto no Luxemburgo atinge os 2202 euros.
Por outro lado, um em cada quatro jovens não consegue encontrar emprego.
Muitos jovens, oriundos de meios desfavorecidos, são alvo de discriminação.
"Se queremos que a sociedade volte a crescer melhor, precisamos garantir que as pessoas não ficam para trás. Por isso, queremos ver sistemas de proteção social mais fortes", ressalvou Maria Nyman.
De acordo com o Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, uma em cada cinco pessoas está em risco de pobreza no bloco comunitário.