9.7.09

Redes de Nova Geração geram 20 mil empregos a médio prazo

in Diário de Notícias

A instalação e funcionamento das redes de comunicação de nova geração (RNG) permitirá criar 15 mil a 20 mil empregos qualificados em Portugal dentro de três a cinco anos, segundo dados preliminares de um estudo sobre a temática, hoje divulgados.

O trabalho, promovido por iniciativa da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), estima que, nesse período, os rendimentos associados às RNG atinjam cerca três milhões de euros, um valor correspondente a 1,8 por cento do produto interno bruto (PIB) nacional.

Na apresentação dos dados preliminares do estudo, cuja divulgação integral está prevista para Setembro, o coordenador Xavier Martin referiu que as chamadas redes de comunicações de terceira geração terão impactos em todos os sectores da economia portuguesa, permitindo reduzir custos e o aparecimento de novos produtos.

Saúde, segurança social, transportes, justiça, educação e turismo são algumas das áreas em que o estudo prevê maiores impactos das RNG, disse, considerando que a crise económica que se vive actualmente representa uma "grande oportunidade para ganhar coragem e investir na mudança".

Segundo Xavier Martin, para Portugal as redes de nova geração podem trazer vantagens competitivas por criarem condições de atracção do investimento externo e de oferta de serviços de inovação.

"Quando as margens mais atractivas desaparecem da indústria é preciso criar novos negócios", considerou o coordenador, destacando outros dos benefícios dos investimentos nas redes de nova geração inventariados no estudo.

Entre estes benefícios, Martin apontou o aumento da participação social, uma maior integração social e o contributo para a redução dos efeitos dos gases poluentes.

Para a obtenção dos valores estimados no estudo promovido pela APDC, Xavier Martin sublinhou a importância da garantia pelo Estado de um "enquadramento institucional adequado" e de agir rapidamente, porque "se se esperar tempo de mais chega-se atrasado".


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Lusa