12.7.10

Portugueses entre os europeus que avaliam de forma mais negativa impacto da imigração

Nuno Guedes, in TSF

Os portugueses estão entre os europeus que avaliam de forma mais negativa o impacto da imigração nas economias nacionais. Quase 40 por cento fazem uma balanço negativo. O número é revelado hoje pelo relatório anual da OCDE sobre imigração.
O relatório diz ainda que, pela primeira vez em cinco anos, diminuíram as migrações nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Ao todo, os países da OCDE receberam em 2008, 4 milhões e 400 mil imigrantes. Um número 6 por cento mais pequeno do que no ano anterior, uma tendência que o relatório garante que se manteve no último ano resultado da crise económica mundial.

Portugal foi o segundo país onde se contou um maior crescimento no número de novos estrangeiros a trabalhar no país: mais 54 por cento, ou seja, 66 mil do que no ano anterior.

A OCDE explica, no entanto, que este aumento está sobretudo relacionado com o programa especial para regularizar brasileiros.

Portugal é ainda o sexto país europeu onde as pessoas têm uma opinião mais negativa sobre o impacto dos imigrantes na economia. Quase 40% fazem um balanço negativo, enquanto que outros tantos fazem um balanço positivo.

Do lado do impacto na vida cultural do país, a maioria dos portugueses diz que os estrangeiros representam uma influência positiva.

O relatório da OCDE coloca ainda Portugal entre os países desenvolvidos onde o crescimento do mercado de trabalho mais depende dos estrangeiros.

Portugal é no entanto o segundo país da lista com mais imigrantes em trabalhos precários.