9.8.11

Crise ameaça 40 mil empregos no sector alimentar

in Diário de Notícias

As empresas do sector agro-alimentar estão entre as primeiras a sofrer com a actual conjuntura económica. Só este ano, o consumo dos portugueses deve cair 1,5% na sequencia da diminuição do rendimento das famílias.

Uma conjuntura difícil, a que se junta agora uma pressão adicional: o risco de agravamento dos encargos fiscais com a subida do IVA de alguns produtos das taxas mais baixas (6% e 13%) para 23%.

O alerta é dado pelo presidente da Federação de Industrias Portuguesas, Jorge Henriques, para quem os maiores riscos desse agravamento é a potencial perda de 40 mil empregos no sector e a deslocalização de empresas para outros mercados. Segundo o "Diário Económico", este eventual agravamento do imposto poderá ser uma das formas de o Estado cumprir uma das medidas do memorando assinado com a 'troika', que prevê um aumento de 140 milhões de euros em receitas de IVA.

O presidente da FIPA não duvida que o eventual aumento de 17 pontos percentuais de uma vasta gama de produtos para a taxa máxima de IVA "seria o colapso do sector. Irá representar o aumento significativo do desemprego directo e indirecto com graves consequências para a economia nacional". Ainda de acordo com Jorge Henriques, se esta intervenção se concretizar, o sector prevê que se percam cerca de 40 mil postos de trabalho - entre oito mil directos e 32 mil indirectos.