29.8.11

Novas regras para o passe social conhecidas hoje

in RR

O Governo prepara-se para aununciar ainda hoje as novas regras para o passe social, que vão afectar cerca de um milhão de portugueses. Quem tem rendimentos mais baixos vai pagar menos para andar de transportes públicos.

O “Correio da Manhã” avançou este fim-de-semana que o passe social nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto só pode ser adquirido mediante a apresentação da declaração de rendimentos e por pessoas com salários até pouco mais de 500 euros.

A compra do novo título não pode ser processada nas máquinas automáticas.

O Governo prometeu para Setembro o passe social para os mais carenciados, depois de as tarifas terem aumentado em média 15%. No Parlamento, o ministro da Economia admitiu introduzir critérios de diferenciação no acesso a este título.

Utentes manifestam-se contra aumentos
A Plataforma das Comissões de Utentes da Carris está reunida esta manhã, no Cais do Sodré, Lisboa, em protesto contra o aumento dos transportes públicos e nem os novos preços do passe social para as famílias carenciadas os demoveu.

"Isso é por um penso numa ferida que está aberta. Como é que vão fazer? De cada vez que forem comprar o passe têm de levar o IRS?", questionou Carlos Moura, daquela plataforma, em declarações à Lusa.

Para o sindicalista, esta medida não se insere nas políticas que deveriam estar por detrás de uma rede de transportes públicos. "Pelo contrário. Isto é criar uma medida que prejudica os cidadãos e depois procura-se, com pequenos pensos, remediar determinadas situações para se minorar problemas sociais gravíssimos", referiu.

"Estamos cientes que o Governo não parará por aqui. Já disseram claramente que vão aumentar de novo os preços dos transportes públicos em Janeiro", sublinhou.

Utentes dos comboios preparam petição
Os utentes dos comboios das linhas de Sintra, Cascais, Azambuja e da Fertagus (faz a ligação entre Lisboa e Almada), pretendem levar até à Assembleia da República o protesto contra o aumento do preço dos transportes públicos.

A partir de hoje avançam com uma petição para recolher pelo menos cinco mil assinaturas, como explicou à Renascença Rui Ramos, da comissão, que fala num "aumento brutal e anti-social".