por Paulo Neves, in RR
Padre Lino Maia agradeçe o apoio do Presidente às IPSSO Presidente da República encontrou-se com as instituições de solidariedade social e transmitiu a sua confiança aos responsáveis para lidar com um ano de 2012 que se prevê difícil.
O padre Lino Maia, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), afirma que o encontro de hoje com Cavaco Silva foi útil, porque o Presidente deu uma palavra de alento e sugeriu que todas as instituições trabalhem em rede. Uma sugestão bem recebida pelo CNIS e pelas várias outras instituições de solidariedade social que estiveram presentes.
“Estas instituições de solidariedade são a verdadeira almofada social deste país. ‘O que seria deste país’, afirmou [Cavaco Silva] claramente, ‘se estas instituições arrefecessem ou congelassem’. Elas estão de facto muito activas, o país está a viver dificuldades muito grandes. Houve uma palavra muito importante do senhor Presidente, que foi a de transmitir a sua confiança e a de lançar um desafio às instituições”, conta o padre Lino Maia.
“Uma grande conclusão deste encontro”, na opinião do responsável da CNIS, “é que é importante que todos nós estejamos de mãos dadas". "E estamos, há grandes colaborações entre nós. O senhor Presidente disse aquilo que é conhecido por todos, que o ano 2012 perspectiva-se como o ano provavelmente mais difícil, pelo menos da história da democracia”, diz.
O padre Lino Maia foi o porta-voz da reunião desta tarde no Palácio de Belém, nas qual as instituições fizeram o ponto da situação às necessidades decorrentes da actual crise e concluem que as receitas diminuíram, mas as despesas aumentaram.
“Há a diminuição das comparticipações dos utentes, há congelação nas transferências do Governo para as instituições. A população está a diminuir na sua generosidade e, por outro lado, os pedidos estão a aumentar. Estão a aumentar os pedidos extraordinários, casos de endividamento na água, luz, rendas de casa”, descreve o padre Lino Maia.
“Muitas famílias que estiveram anos e anos a pagar o crédito à banca e agora têm de abandonar a casa e ingressar nos números dos sem-abrigo. Pagaram anos e anos e ficam sem casa”, lamentou ainda o padre Lino Maia, à saída do Palácio de Belém.


