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8.3.23

Marcelo fala na quinta-feira sobre abusos na Igreja (e Habitação)

Ângela Silva, in Expresso

Em silêncio há três dias e sem ter dito ainda uma palavra sobre a conferência de imprensa dos bispos que rejeitam afastar os suspeitos, o Presidente da República falará sobre o escaldante tema dos abusos na Igreja na próxima quinta-feira. O pacote do Governo sobre Habitação, a que Marcelo começou por chamar um ‘melão’, também vai começar a ser dissecado pelo Presidente

Na quinta-feira é que o Presidente da República vai tomar posição sobre a reação dos bispos portugueses ao relatório da comissão independente que investigou os casos de abusos na Igreja. Até lá, e embora tenha agenda pública, Marcelo Rebelo de Sousa não falará sobre o assunto, confirmou o Presidente ao Expresso.

Quanto foi apresentado o relatório da comissão independente, o Presidente fez um comunicado no próprio dia em que exortava a Igreja a “definir uma orientação para o futuro, prevenindo e impedindo a repetição de tais abusos e encobrimentos”. Agora que a Conferência Episcopal anunciou as consequências que pretende tirar do relatório, o Presidente ainda não falou.

Questionado sobre o silêncio em que se manteve desde a conferência de imprensa do presidente da Conferência Episcopal, na passada sexta-feira, que está a ser muito criticada, incluindo por católicos, por ficar aquém do esperado, o Presidente remeteu uma posição para daqui a três dias. “Falo na quinta-feira”, afirmou.

Também para quinta-feira estão previstas declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o pacote do Governo para a Habitação. Quando o primeiro-ministro o apresentou, o Presidente comparou o pacote de medidas a um melão, que só se sabe oque será depois de aberto. Agora, o Presidente já encontra matéria para comentar.

Apesar da promessa de silêncio até quinta-feira, Marcelo tem agenda pública nos próximos dias. Para terça-feira, está prevista a sua participação no encerrarmento do Seminário Women in Diplomacy and Globalization, na Universidade Católica, em Lisboa, bem como a presença no funeral do militar que morreu em Santa Margarida.

Na quarta-feira, Marcelo volta a estar com jornalistas em mais uma sessão da iniciativa Músicos em Belém, que decorre no palácio. Mas uma tomada de posição pública sobre a reação da Conferência Episcopal só no dia seguinte.

Com a Igreja portuguesa debaixo de fogo, após o bispo D. José Ornelas ter rejeitado um compromisso de afastamento imediato dos membros do clero suspeitos de abusar de menores, no que foi seguido por uma declaração do Cardeal Patriarca a rejeitar o pagamento de indemnizações, o Presidente da República deverá apontar o caminho que considera inevitável seguir.

21.7.22

Primeiro-ministro promete mais medidas de apoio para famílias e empresas em setembro

in SIC 

António Costa afirmou no discurso sobre o Estado da Nação que o Governo vai adotar um novo pacote de medidas para fazer face aos efeitos da inflação.

O primeiro-ministro anunciou, esta quarta-feira no Parlamento, que em setembro o Governo vai adotar um novo pacote de medidas para apoiar o rendimento das famílias e a atividade das empresas face aos efeitos da inflação.

Esta linha de ação do executivo foi transmitida por António Costa no seu discurso que abriu o debate sobre o Estado da Nação na Assembleia da República.

“É hoje claro que, com o prolongar da guerra, o efeito da inflação será mais duradouro do que o inicialmente previsto. Por isso, no final deste trimestre, em setembro, iremos adotar um novo pacote de medidas para apoiar o rendimento das famílias e a atividade das empresas”, declarou o líder do Executivo.

Antes do debate começar, o primeiro-ministro deslocou-se à bancada do PSD para cumprimentar o ex-presidente social-democrata, Rui Rio.

A parte inicial do discurso do primeiro-ministro foi dedicada às consequências da conjuntura internacional na economia portuguesa, salientando que “do estado de pandemia” da covid-19 se passou “ao estado de guerra” e advogando que “Portugal reagiu de imediato com a condenação da invasão Russa e no apoio à Ucrânia”.

“Todos sabemos que os efeitos da guerra não se contêm nas fronteiras da Ucrânia. Têm um efeito global e têm um efeito em Portugal - efeito que se traduz, desde logo, num brutal aumento da inflação, impulsionado pelo custo das importações, em particular da energia”, assinalou.

De acordo com o líder do Executivo, a resposta tem passado pela tentativa de contenção do aumento do preço da energia “na medida do possível”, pelo apoio à produção das empresas mais expostas ao consumo de energia e pela atribuição de auxílios às famílias mais carenciadas.

Na sua perspetiva, como resultado das medidas adotadas, houve uma “redução de 3,7% do preço da eletricidade para as famílias no mercado regulado; redução de 18 pontos percentuais da carga fiscal sobre os combustíveis, permitindo uma poupança de 16 euros num depósito de 50 litros de gasolina ou 14 euros num depósito de gasóleo; e uma redução do impacto da subida do preço do gás na produção de eletricidade no mercado spot, com uma poupança média diária neste primeiro mês de aplicação de 18%”.