in TSF
Ganhamos menos. Trabalhamos mais tempo. E temos maior risco despedimento. Retrato é feito pela organização internacional no último relatório que avalia a qualidade de vida nos países desenvolvidos.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou o relatório anual sobre qualidade de vida nos países desenvolvidos. Portugal surge pior em vários indicadores.
Num texto que tem por título "Como está a vida em Portugal em 2015?", a primeira variável destacada pelos especialistas internacionais é o rendimento médio das famílias que desceu "8,9% entre 2009 e 2014 e está muito abaixo da média da OCDE". Além disso, o risco médio de ficar desempregado é elevado e o desemprego de longa duração está muito acima dos valores dos países com quem nos costumamos comparar (8,3% contra 2,6%).
Nos portugueses que trabalham, desde 2009 aumentou bastante a proporção dos que passam regularmente demasiadas horas no emprego (5,2% em 2009 para 9,6% em 2013).
Portugal, segundo a OCDE, tem enfrentado "sérios desafios às condições materiais que influenciam a qualidade de vida dos seus cidadãos" e não será por acaso que somos o segundo país desenvolvido onde os cidadãos revelam, em inquéritos, uma mais baixa satisfação com a vida.
Crianças também foram afetadas pela crise
No relatório deste ano, a OCDE dá especial atenção às crianças, e as portuguesas também são afetadas pelas "dificuldades económicas que o país enfrenta".
Perto de 15% das crianças nacionais vivem numa casa em que pelo menos um dos pais é desempregado de longa duração. Portugal surge, aliás, ao lado dos países desenvolvidos onde o bem estar das crianças é mais afetado por questões de rendimentos ou desemprego.
Outra área onde os portugueses ficam mal na fotografia da OCDE é no voluntariado, com poucos a participar em atividades cívicas.
Portugal sofre também de alguma desigualdade entre regiões, mas a OCDE sublinha que esta é menor do que em Espanha ou Itália.
Apesar da crise que afetou Portugal nos últimos anos, os especialistas internacionais sublinham que o país melhorou em algumas áreas. Nomeadamente, há mais famílias a viverem em casas com saneamento básico e mais adultos com o ensino secundário ou superior. A qualidade do ar também está acima da média da OCDE.
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15.10.15
23.5.13
Situação no país está económica e politicamente bloqueada
por Lusa, texto publicado por Paula Mourato, in Diário de Notícias
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio, conselheiro de Estado, afirmou hoje que em Portugal a "situação está económica, financeira e politicamente bloqueada" e que o consenso "agora está esgotado".
Em entrevista à Antena 1, conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, Jorge Sampaio sublinhou que há poucas saídas para esta situação de bloqueio, porque não seria fácil para o Presidente da República, Cavaco Silva, dissolver o parlamento.
"É muito difícil de fazer, porque só é claro se houver uma alternativa. Ela existe, mas tem de encorpar", defendeu.
No entender do antigo chefe de Estado, o consenso político "agora está esgotado".
"E está esgotado a partir da moção de censura do PS" e, do lado dos partidos de esquerda, também não vislumbra "qualquer condição para que seja possível [um entendimento] ao nível do Governo", apenas ao nível autárquico, declarou.
Na opinião do antigo chefe de Estado, "é preciso intimidade, confiança", o que "é um resultado, um compromisso, uma negociação que demora tempo, não é para se fazer às claras".
Sobre o Conselho de Estado, na passada segunda-feira e que durou cerca de sete horas,, Jorge Sampaio admitiu que a realização de eleições antecipadas esteve em cima da mesa na discussão e acrescentou que, no seu entender, uma consulta aos eleitores não é "algo que se tenha de evitar a todo o custo".
"A democracia tem soluções e o Presidente da República ouviu-nos durante sete horas e já percebeu qual é a opinião de cada um de nós", adiantou Jorge Sampaio.
O antigo Presidente da República Jorge Sampaio, conselheiro de Estado, afirmou hoje que em Portugal a "situação está económica, financeira e politicamente bloqueada" e que o consenso "agora está esgotado".
Em entrevista à Antena 1, conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso, Jorge Sampaio sublinhou que há poucas saídas para esta situação de bloqueio, porque não seria fácil para o Presidente da República, Cavaco Silva, dissolver o parlamento.
"É muito difícil de fazer, porque só é claro se houver uma alternativa. Ela existe, mas tem de encorpar", defendeu.
No entender do antigo chefe de Estado, o consenso político "agora está esgotado".
"E está esgotado a partir da moção de censura do PS" e, do lado dos partidos de esquerda, também não vislumbra "qualquer condição para que seja possível [um entendimento] ao nível do Governo", apenas ao nível autárquico, declarou.
Na opinião do antigo chefe de Estado, "é preciso intimidade, confiança", o que "é um resultado, um compromisso, uma negociação que demora tempo, não é para se fazer às claras".
Sobre o Conselho de Estado, na passada segunda-feira e que durou cerca de sete horas,, Jorge Sampaio admitiu que a realização de eleições antecipadas esteve em cima da mesa na discussão e acrescentou que, no seu entender, uma consulta aos eleitores não é "algo que se tenha de evitar a todo o custo".
"A democracia tem soluções e o Presidente da República ouviu-nos durante sete horas e já percebeu qual é a opinião de cada um de nós", adiantou Jorge Sampaio.
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