in Jornal de Notícias
Em Dezembro de 2006, o distrito contava menos 33% de desempregados que Castelo Branco, de acordo com um estudo do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social (ODES), da Universidade da Beira Interior (UBI), divulgado ontem. No entanto, no triénio 2004-2006 os investigadores concluem que a taxa de desemprego aumentou ligeiramente na Guarda, variando de 6105 desempregados em Janeiro de 2004 para 6121 em Dezembro pretérito, mês em que estavam registados no distrito vizinho 8158 desempregados, menos 1032 que em Janeiro de 2004.
Os autores, José Pires Manso e Daniela Leitão, referem que o distrito conheceu o seu "período mais conturbado" no início de 2006, com o fecho da fábrica de calçado Rohde, em Pinhel, que deixou sem trabalho 372 funcionários. Manteigas (9,04%) e Seia (8,57) eram, em Dezembro transacto, outros concelhos que mais contribuíram para o aumento do desemprego, "devido ao encerramento de fábricas têxteis, designadamente da Sotave, em Manteigas", referem os docentes da UBI.
Contudo, tomando por referência o último mês do ano passado, o nível de desemprego mais elevado encontra-se na Guarda (1616 inscritos), Seia (1.575) e Gouveia (710). Desta análise conclui-se ainda que, entre Janeiro de 2004 e Dezembro de 2006, dos 25 concelhos em estudo, apenas oito registaram um aumento do desemprego. Cinco desses são do distrito da Guarda Pinhel, com uma taxa de variação positiva igual a 162,7%, Mêda (76,47%), Almeida (30,25%), Fornos de Algodres (0,86%) e Seia (0,7%). Inversamente, o Sabugal é o concelho onde o número de desempregados mais desceu, menos 25,94%. Os autores confirmaram ainda a sazonalidade do desemprego, "que tende a diminuir entre Maio e Agosto, no distrito da Guarda, concluindo-se que poderá estar relacionada com as actividades da hotelaria e do turismo.


