Por Mariana Pinto, in Jornal Público
A Comissão Europeia deveria fixar um rendimento mínimo em todos os países da União Europeia (UE), como forma de combate à pobreza e exclusão social, defende a eurodeputada da CDU Ilda Figueiredo.
Com a aplicação das medidas de austeridade anunciadas, "corre-se o risco de atingir os valores mais elevados de pobreza e inclusão social das últimas dezenas de anos", teme a eurodeputada, lembrando que os últimos dados, de 2008, já apontavam para a existência de cerca de 85 milhões de pessoas em risco de pobreza na UE. Para contrariar esta tendência, defende que a Comissão Europeia deve assegurar um rendimento fixo, que corresponda, "no mínimo, a 60 por cento do rendimento mediano do respectivo país", o que significaria, no caso português, 420 euros.
"Os investimentos em regimes de rendimento mínimo constituem um elemento fulcral para a prevenção e a redução da pobreza e, por isso, mesmo em tempos de crise, não devem ser encarados como um custo, mas sim como um elemento essencial no combate à crise", acrescentou, numa breve apresentação do relatório que vai expor na sessão plenária do Parlamento Europeu na terça-feira, dia 19 de Outubro.


