por Ana Paula Lima, in Dinheiro Vivo
O trabalho nas empresas de construção está a escassear. As empresas garantem que só têm assegurado trabalho para menos de oito meses. Como consequência o sector prevê um aumento do fecho de empresas e do desemprego.
No terceiro trimestre do ano, segundo a análise de conjuntura da FEPICOP- Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas, o pessimismo entre os empresários do sector agravou-se e a carteira de encomendas caiu 21,5% face ao mesmo trimestre de 2010, o que corresponde a "apenas 7,8 meses de produção assegurada", refere a FEPICOP.
A tendência de redução das carteiras de encomendas regista-se há vários meses e "reforçou-se" no terceiro trimestre, o que está a levar a um aumento do fecho de empresas.
Citando dados da Coface, a análise da FEPICOP salienta que nos três primeiros trimestres do ano o número de processos de insolvência foi de 832, mais 36,8%, face ao mesmo período de 2010.
O desemprego continua a crescer havendo, no mês de Agosto, mais de 69 mil desempregado inscritos nos centros de emprego oriundos do sector da construção. No primeiro semestre deste ano havia 451,2 mil pessoas a trabalhar no sector da construção, número que no mesmo semestre do ano passado rondava os 478,4 mil.