in Notícias Magazine
Estes números tornam por de mais evidentes as desigualdades e a injustiça que persistem (e crescem) no planeta.
Um relatório recente da Oxfam, organização não governamental internacional que luta contra a pobreza, citada pela Business Insider, revela que os 1 por cento mais ricos do mundo acumulam mais riqueza do que todo o resto da população mundial.
Atente nos números: uma elite que representa 1 por cento da população tem mais recursos do que os 99 por cento da restante população mundial junta.
E mais: se as fortunas destes nove homens fossem somadas, a riqueza daí resultante suplantaria a da soma dos proventos dos 4 mil milhões de pessoas mais pobres.
Segundo a mesma Business Insider, atualmente existem 1500 multimilionários no mundo, 560 deles nos Estados Unidos. A China, a Alemanha e a Índia têm cem ou mais, cada uma. Os restantes estão espalhados um pouco por todo o mundo, incluindo os países mais pobres, onde o fosso das desigualdades é assustadoramente maior.
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17.4.14
Cavaco apela a correções de "situações de pobreza e injustiça"
in RTP
A um mês do fim do Programa de Assistência Económica e Financeira, Cavaco Silva deixa um avisa ao Governo. O Presidente da República diz que "nesta nova fase do país" os indicadores de crescimento económico e o clima de confiança devem servir para corrigir as "situações intoleráveis de pobreza e de injustiça" criadas nos últimos anos.
A um mês do fim do Programa de Assistência Económica e Financeira, Cavaco Silva deixa um avisa ao Governo. O Presidente da República diz que "nesta nova fase do país" os indicadores de crescimento económico e o clima de confiança devem servir para corrigir as "situações intoleráveis de pobreza e de injustiça" criadas nos últimos anos.
25.2.14
Pobreza é sempre manifestação de injustiças e também de incúria - presidente da CNIS
in Porto Canal
O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) afirmou hoje que o país não tem sabido aproveitar a crise, considerando que a pobreza é uma manifestação de injustiça e também de incúria.
"A pobreza é sempre injusta e é sempre manifestação de injustiças, e, também, de alguma incúria", disse o padre Lino Maia, à margem do conselho geral da CNIS que decorre em Fátima.
Referindo que, neste aspeto, as instituições de solidariedade também são atingidas, o sacerdote apontou: "Havendo muito mais gente mais pobre, com mais dificuldade, e como nós estamos essencialmente com esses -- não exclusivamente -- sofremos".
"Portugal, nesta crise, viu a distância entre os poucos que ganham muito e os muitos que ganham pouco ou nada agravar-se, portanto a crise também não foi uma oportunidade para inverter a situação", declarou o presidente da CNIS.
Segundo o responsável, o país tem "uma classe média em fase de extinção" e um "aumento muito significativo de gente que não tem meios de sobrevivência e que está condenada a vegetar".
A propósito de o país não ter sabido aproveitar a crise "para um melhor futuro", Lino Maia insistiu na questão do interior, reiterando a necessidade de políticas territoriais para desenvolver o interior.
"É preciso criar serviços no nosso interior, é preciso alguma agilidade, porque se se acaba com um serviço público num sítio, é preciso que ao lado ele seja garantido", defendeu, questionando: "Porque é que se corta com tudo nos mesmos sítios?".
O responsável acrescentou: "É possível, é necessário, é urgente, imperioso, mas, entretanto, o nosso interior está decorrido e não vota, porque não há votantes e, por isso, é sempre abandonado".
"Isto obrigaria todos os partidos, não apenas
os do arco da governação (...), e fizéssemos uma espécie de contrato por dez anos, para que se ativasse a economia no interior, reativássemos as terras abandonadas, os equipamentos abandonados", apontou.
Sobre as dificuldades financeiras das instituições de solidariedade, o presidente da CNIS classificou-as como "enormes".
"Tenho algum receio em que haja um momento em que a rotura seja um facto", afirmou, notando que tal não tem acontecido porque há "uma grande resiliência, um grande esforço, uma grande generosidade, um grande patriotismo ou portuguesismo" dos dirigentes das instituições de solidariedade que sentem que "esta crise não vai ser eterna e há que cerrar fileiras agora na expectativa de um amanhã melhor".
O sacerdote disse, contudo, não acreditar que "2014 seja melhor que 2013, duvido que 2015 seja melhor que 2014", revelando-se convicto de que "a austeridade vai continuar, um certo reajustamento vai continuar".
Sobre o montante de 30 milhões de euros para o financiamento inicial do Fundo de Reestruturação do Setor Solidário (FRSS), mecanismo aprovado pelo Governo em dezembro, o responsável informou que o valor ainda não chegou às instituições.
"É um fundo de reestruturação porque há de facto muitas instituições que estão com dívidas", informou, adiantando que se prendem "com obras que tiveram que fazer".
SR//GC.
Lusa/Fim
O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) afirmou hoje que o país não tem sabido aproveitar a crise, considerando que a pobreza é uma manifestação de injustiça e também de incúria.
"A pobreza é sempre injusta e é sempre manifestação de injustiças, e, também, de alguma incúria", disse o padre Lino Maia, à margem do conselho geral da CNIS que decorre em Fátima.
Referindo que, neste aspeto, as instituições de solidariedade também são atingidas, o sacerdote apontou: "Havendo muito mais gente mais pobre, com mais dificuldade, e como nós estamos essencialmente com esses -- não exclusivamente -- sofremos".
"Portugal, nesta crise, viu a distância entre os poucos que ganham muito e os muitos que ganham pouco ou nada agravar-se, portanto a crise também não foi uma oportunidade para inverter a situação", declarou o presidente da CNIS.
Segundo o responsável, o país tem "uma classe média em fase de extinção" e um "aumento muito significativo de gente que não tem meios de sobrevivência e que está condenada a vegetar".
A propósito de o país não ter sabido aproveitar a crise "para um melhor futuro", Lino Maia insistiu na questão do interior, reiterando a necessidade de políticas territoriais para desenvolver o interior.
"É preciso criar serviços no nosso interior, é preciso alguma agilidade, porque se se acaba com um serviço público num sítio, é preciso que ao lado ele seja garantido", defendeu, questionando: "Porque é que se corta com tudo nos mesmos sítios?".
O responsável acrescentou: "É possível, é necessário, é urgente, imperioso, mas, entretanto, o nosso interior está decorrido e não vota, porque não há votantes e, por isso, é sempre abandonado".
"Isto obrigaria todos os partidos, não apenas
os do arco da governação (...), e fizéssemos uma espécie de contrato por dez anos, para que se ativasse a economia no interior, reativássemos as terras abandonadas, os equipamentos abandonados", apontou.
Sobre as dificuldades financeiras das instituições de solidariedade, o presidente da CNIS classificou-as como "enormes".
"Tenho algum receio em que haja um momento em que a rotura seja um facto", afirmou, notando que tal não tem acontecido porque há "uma grande resiliência, um grande esforço, uma grande generosidade, um grande patriotismo ou portuguesismo" dos dirigentes das instituições de solidariedade que sentem que "esta crise não vai ser eterna e há que cerrar fileiras agora na expectativa de um amanhã melhor".
O sacerdote disse, contudo, não acreditar que "2014 seja melhor que 2013, duvido que 2015 seja melhor que 2014", revelando-se convicto de que "a austeridade vai continuar, um certo reajustamento vai continuar".
Sobre o montante de 30 milhões de euros para o financiamento inicial do Fundo de Reestruturação do Setor Solidário (FRSS), mecanismo aprovado pelo Governo em dezembro, o responsável informou que o valor ainda não chegou às instituições.
"É um fundo de reestruturação porque há de facto muitas instituições que estão com dívidas", informou, adiantando que se prendem "com obras que tiveram que fazer".
SR//GC.
Lusa/Fim
27.2.12
Injustiça instiga mais ao crime do que a bolsa vazia, dizem especialistas
in Jornal de Notícias
Especialistas consideraram, esta segunda-feira, no Porto, que o sentimento de injustiça, num contexto de austeridade, pode contribuir mais para o aumento da criminalidade urbana do que o puro estado de necessidade.
"Há uma teia em que diversos fatores, e não apenas a crise económica, podem contribuir para o aumento da criminalidade. Por exemplo, as pessoas que veem o crime de colarinho branco a não ser punido adquirem a perceção de que se os grandes fazem, então também podem roubar num supermercado", ilustrou o antropólogo Daniel Seabra.
A necessidade é "um fator que pode influenciar [o aumento da criminalidade], mas não é o único, nem determinante ou exclusivo", anuiu o segundo comandante da PSP do Porto, intendente Pedro Teles.
"Quando assistimos ao retirar de direitos às pessoas e vemos outros vangloriarem-se de que nem se importam muito sobre quanto vão receber por cargos não executivos (...), temo que a revolta possa surgir e que a legitimação dessa revolta se comece a instalar", afirmou, por seu lado, o inspetor-chefe da PJ Tavares Rijo.
O investigador, que iniciou a sua carreira em 1974, declarou-se "perplexo" por ver "gente com grandes responsabilidades na segurança deste país a anunciar que se vão fazer reuniões ao mais alto nível porque se antevê que a crise económica venha a redundar num aumento da criminalidade".
"São questões demasiado sérias para serem debatidas, em antecipação, na praça pública. Estas questões têm de ser trabalhadas, mas em privado, no silêncio", sublinhou Tavares Rijo, acrescentando que o crime "não se combate por decreto, nem com reuniões palacianas, combate-se com uma grande política social e com uma sensibilização da comunidade".
Especialistas consideraram, esta segunda-feira, no Porto, que o sentimento de injustiça, num contexto de austeridade, pode contribuir mais para o aumento da criminalidade urbana do que o puro estado de necessidade.
"Há uma teia em que diversos fatores, e não apenas a crise económica, podem contribuir para o aumento da criminalidade. Por exemplo, as pessoas que veem o crime de colarinho branco a não ser punido adquirem a perceção de que se os grandes fazem, então também podem roubar num supermercado", ilustrou o antropólogo Daniel Seabra.
A necessidade é "um fator que pode influenciar [o aumento da criminalidade], mas não é o único, nem determinante ou exclusivo", anuiu o segundo comandante da PSP do Porto, intendente Pedro Teles.
"Quando assistimos ao retirar de direitos às pessoas e vemos outros vangloriarem-se de que nem se importam muito sobre quanto vão receber por cargos não executivos (...), temo que a revolta possa surgir e que a legitimação dessa revolta se comece a instalar", afirmou, por seu lado, o inspetor-chefe da PJ Tavares Rijo.
O investigador, que iniciou a sua carreira em 1974, declarou-se "perplexo" por ver "gente com grandes responsabilidades na segurança deste país a anunciar que se vão fazer reuniões ao mais alto nível porque se antevê que a crise económica venha a redundar num aumento da criminalidade".
"São questões demasiado sérias para serem debatidas, em antecipação, na praça pública. Estas questões têm de ser trabalhadas, mas em privado, no silêncio", sublinhou Tavares Rijo, acrescentando que o crime "não se combate por decreto, nem com reuniões palacianas, combate-se com uma grande política social e com uma sensibilização da comunidade".
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