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16.12.20

Solidariedade: Paróco do Porto promove programa de alojamento para sem-abrigo

in Ecclesia

Padre Agostinho Jardim Moreira destaca impacto da pandemia

Porto, 15 dez 2020 (Ecclesia) – O pároco de São Nicolau e de Nossa Senhora da Vitória, no Porto, está a ajudar pessoas sem-abrigo colocando-as em pensões da cidade, com o apoio de donativos individuais.

O padre Agostinho Jardim Moreira relata à Agência ECCLESIA que, com a pandemia, muitos ficaram sem emprego e sem alojamento, sendo frequente ver pessoas “a dormir nos portais e nos bancos do Jardim da Cordoaria, no Porto”.

Após dialogar com um empresário da cidade, este disponibilizou-se “a suportar o encargo com seis pessoas sem-abrigo, para lhes dar dormida num quarto digno e um quarto de banho”, frisou o pároco de São Nicolau e de Nossa Senhora da Vitória, situadas no centro histórico da cidade.

Posteriormente, o padre Agostinho Jardim Moreira lançou o apelo solidário numa reunião onde é assistente religioso e um participante disponibilizou-se “a assumir o cuidado de mais uma pessoa sem-abrigo”.

Atualmente, são sete as pessoas ajudadas por esta iniciativa.

O sacerdote assume que, sempre que presenciava o drama dos sem-abrigo, se questionada sobre a pregação de “um amor incondicional ao próximo, particularmente aos mais pobres” e o “permanecer incapaz de mudar a situação deles”.

O padre Agostinho Jardim Moreira revela alguns testemunhos de pessoas auxiliadas com um quarto: “O senhor salvou-me a vida” e “Matam-nos quando nos atiram para o lixo”.

O compromisso dos patrocinadores “é ilimitado no tempo” e as pessoas ajudadas vão ser acompanhadas por “uma equipe multidisciplinar para os acompanhar no seu percurso de inclusão social”, sublinhou o entrevistados.

A maior parte destas pessoas “nem cartão de cidadão tinham, e por isso nem o rendimento social de inserção podiam ter”, acrescentou o pároco de São Nicolau e de Nossa Senhora da Vitória.

“Temos a esperança de que um outro futuro de dignidade e de liberdade fraterna se hão de proporcionar a estas pessoas”, conclui.

D. Manuel Linda, bispo do Porto, recorreu à sua conta na rede social Twitter para desafiar pessoas e instituições a associar-se a esta iniciativa de alojamento para sem-abrigo.

LFS/OC

27.3.19

“Não estamos a estancar a pobreza nas suas origens”

Francisco José Cardoso, in Dnotícias

Presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, o padre Jardim Moreira, salientou que temos de acabar com a pobreza geracional

A Madeira tinha, no final de 2017, a segunda mais alta taxa de risco de pobreza do país, só ultrapassada pelos Açores, figurando as duas regiões autónomas com percentagens muito distantes da média nacional, 17,3%, mais precisamente 27,4% e 31,2% respectivamente. A esses dados há que referir que um estudo aponta que são precisas cinco gerações para tirar uma fatia da pobreza.

É porque mais do que ajudar os pobres a sobreviver no dia a dia, a Rede Europeia Anti-Pobreza pretende retirar as pessoas desses ciclo vicioso e leva o seu presidente a afirmar que “não estamos a estancar a pobreza nas suas origens”.

O padre Jardim Moreira acredita que no dia que restituirmos a dignidade da pessoa humana, tal como vem escrito no primeiro artigo da Constituição da República Portuguesa, conseguiremos alcançar esse objectivo.

Afirmações na apresentação do núcleo regional da Madeira da Rede Europeia Anti-Pobreza, que decorre no auditório da Reitoria da Universidade da Madeira e junta na mesma sala e almejando os mesmos objectivos a grande maioria das entidades e associações que trabalham nesta área social.

Presente no evento, em representação do Governo Regional da Madeira, está a secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rita Andrade, que afiança o empenho do Governo na procura por este objectivo de retirar da pobreza os milhares de madeirenses que vivem da caridade da sociedade civil.

Rede Europeia diz que mentalidade portuguesa "alimenta" mais a pobreza do que a resolve

in DN

A sociedade portuguesa está mais vocacionada para "alimentar" a pobreza do que para a "combater na origem", disse hoje o presidente da delegação nacional da Rede Europeia Anti-Pobreza, sublinhando as "causas políticas" do fenómeno, que afeta 17,3% da população.

"Vimos de uma mentalidade que mais alimenta, sustenta e provoca ou mantém a pobreza do que a resolve nas causas", disse Agostinho Moreira, no Funchal, durante a apresentação do plano de atividades do núcleo da Madeira da Rede Europeia Anti-Pobreza (EAPN).

O plano decorre de uma parceria com a Secretaria Regional da Inclusão e dos Assuntos Sociais e prevê diversas ações, sobretudo na área da formação, bem como a realização de um congresso na região autónoma em junho.
"A nossa política europeia é de ir atacar a pobreza nas suas causas, nas suas origens, e as suas origens são económicas, são políticas, são sociais", afirmou Agostinho Moreira, realçando que a EAPN ainda está a elaborar o diagnóstico do fenómeno na Madeira, pelo que não dispõe para já de dados concretos.

No entanto, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados em novembro de 2018, indicam que a Madeira e os Açores são as regiões do país que registaram os valores mais elevados de risco de pobreza, nomeadamente 27,4% para a Madeira e 31,5% para os Açores.

O inquérito refere-se a 2017 e contém pela primeira vez estimativas regionais, revelando que os residentes na Área Metropolitana de Lisboa foram os menos afetados pelo risco de pobreza (12,3%), tendo em conta a linha de pobreza nacional.

Neste domínio, os valores mais elevados de risco foram registados nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, sendo que em termos gerais o fenómeno afeta 17,3% da população portuguesa.

"A pobreza é o resultado de políticas estruturais que geram injustiça", disse Agostinho Moreira, esclarecendo que "se a pobreza tem causas estruturais, políticas e económicas, quer dizer que na Madeira [e no país] só atingindo essas causas é possível atingir as que geram a pobreza".

O presidente da EAPN-Portugal sublinhou a importância da parceria estabelecida com o executivo regional, considerando que permite "pôr a pobreza em cima da mesa" na região e, deste modo, construir uma "plataforma com todas as instituições que intervêm na constituição da sociedade civil".

A Rede Europeia Anti-Pobreza-Portugal é uma instituição particular de solidariedade social e está integrada na maior rede europeia de combate à pobreza e exclusão social, envolvendo 31 países. Dispõe de 19 núcleos ao nível nacional, sendo o mais recente o da Região Autónoma da Madeira, aberto no dia 3 de dezembro de 2018.

20.4.17

A pobreza estabilizou e já não está a alastrar em Portugal

Rui Sá, João Fernando Ramos, in RTP

No Jornal 2 o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza fala no entanto em sinais de que o problema deixou de se agravar no último ano. "O Ciclo foi alterado e já não se nota uma pressão como se sentia na questão da pobreza".
Esta quarta-feira o debate quinzenal dos deputados com o primeiro-ministro tinha como tema as políticas sociais: a discussão acabou por derivar para os "Ratos e Leões" que sucederam ao caso dos "Copos e Mulheres".

Na Assembleia da República discutiram-se problemas da banca, a sustentabilidade da segurança social, os subsídios de renda para os mais idosos e pobres, como CDS a criticar o facto de o governo ter optado por estender o a clausula de transitoriedade da lei do arrendamento em vez de pagar o subsídio decidido a cinco anos pelo anterior governo..

António Costa afirma que as políticas sociais do atual governo serão outras e avançou com a solução: fomentar o arrendamento de baixo custo em vez de financiar o aumento das rendas aos inquilinos que não podem pagar.

No debate quinzenal o primeiro-ministro deixou ainda garantias de que o executivo vai fazer a atualização extraordinária das pensões em agosto. António Costa voltou a insistir no principio da sustentabilidade da segurança social afirmando que as carreiras contributivas muito longas vão ter direito a reforma antecipada sem penalizações mas que isso pode não acontecer já este ano.

Todos os partidos à esquerda do PS deixaram críticas a António Costa. João Soares, do PS saí em defesa do primeiro-ministro no dia em que o governo completa 500 dias em funções. O deputado socialista garante vive-se hoje melhor em Portugal do que à um ano e meio.

No Jornal 2 o responsável em Portugal da Rede Europeia Anti-Pobreza concorda. "Há neste momento um desafogo social que não se sentia". Jardim Moreira lembra que o emprego deu uma ajuda importante, e que para muitas das famílias da classe média, onde estes problemas se faziam sentir com especial acutilância, a imigração foi solução.

"Quem falava línguas e tinha competências técnicas partiu e resolveu a sua questão. O problema são os membros das classes mais baixas, que não têm a instrução necessária para uma imigração de sucesso. Esses ficaram e necessitam de ajuda do Estado e da Sociedade Civil".

Este responsável fala numa num problema hoje mais controlado, mas que ainda afeta uma em cada quatro crianças portuguesas.

O Presidente da República tem apelado para que se encontre uma verdadeira estratégia nacional de combate à pobreza. Jardim Moreira lembra que já começa a produzir os primeiros resultados o grupo de trabalho que junta associações da sociedade civil e os partidos políticos na Assembleia da República.

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17.3.12

"É preciso distinguir luta contra a fome de luta contra a pobreza"

in RR

Combater a fome não é combater a pobreza Proposta da Comissão Europeia pretende separar a ajuda alimentar do total do financiamento para a luta contra a pobreza.

A Rede Europeia Anti-Pobreza lança um apelo para a urgência de se alterarem as regras de aplicação do fundo social europeu. O padre Jardim Moreira, presidente da secção portuguesa, diz que é preciso que os 20% do fundo sejam utilizados apenas na inclusão social.

“Os 20% que a comunidade europeia propõe que sejam dedicados aos pobres que tenha efectivamente uma aplicação na luta contra a pobreza e não de uma alimentação do assistencialismo”, diz Jardim Moreira.

A rede europeia pede aos governantes de todos Estados-membros da União Europeia para que apoiem a proposta da Comissão Europeia.

Uma proposta que pretende separar a ajuda alimentar do total do financiamento para a luta contra a pobreza. Só assim pode haver esperança, refere o padre Jardim Moreira.

A proposta da Comissão Europeia está em análise. Em causa estão 20% do fundo social europeu com orçamento de 84 mil milhões de dólares.

22.2.12

Velhice é vista em Portugal como uma «fatalidade»

in TSF

Comentando o fato de quase metade dos idosos não conseguir manter a casa quente, o presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza disse que a velhice é vista em Portugal como uma «fatalidade».

Jardim Moreira, presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, diz que os portugueses olham para a velhice como uma fatalidade

Ouvido esta quarta-feira pela TSF, Jardim Moreira não ficou surpreendido com os resultados da pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o impacto das desigualdades sociais e económicas nos fatores de risco para a saúde.

O estudo revela que 44 por cento das famílias portuguesas com pelo menos um idoso em casa não têm capacidade financeira para mantê-la adequadamente aquecida.

«As pessoas deviam ter uma sensibilidade maior para a população mais velha», pois o dinheiro que os idosos têm muitas vezes «não lhes dá para ter uma casa adequada e aquecida», porque é caro e porque alguns idosos até têm dificuldade em manipular os equipamentos de aquecimento, disse Jardim Moreira.

Na visão do presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, a «sociedade em geral acha que é uma fatalidade ser velho». «É essa a forma que se vai sentindo em Portugal de uma sociedade que não tem sensibilidade para amar», rematou.