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21.7.21

PRR: Governo assina hoje protocolo com sector social para investimento de 465 milhões

in Económico

O Governo vai hoje assinar um protocolo com o setor social no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com um investimento de 465 milhões de euros para as respostas sociais à infância, pessoas com deficiência e envelhecimento.

O protocolo entre o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e os parceiros do setor social e solidário é hoje celebrado numa cerimónia na Quinta Alegre, em Lisboa, onde também estará presente o primeiro-ministro, António Costa.

Com um investimento de 465 milhões de euros, o objetivo até 2026 é adaptar, requalificar e inovar as respostas sociais em três principais áreas, explicou em declarações à agência Lusa a ministra Ana Mendes Godinho.

“Nesta parceria com o setor social, assumimos a concretização articulada e uma parceria de colaboração para uma implementação eficiente do PRR, concretamente nas dimensões das respostas sociais à infância, às pessoas com deficiência e ao envelhecimento”, indicou a responsável pela pasta do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Através da atenção nestas áreas, a intenção é implementar medidas tendo em vista a promoção da natalidade, do envelhecimento saudável e da autonomia das pessoas com deficiência ou incapacidades.

“Temos previsto, por um lado, a requalificação e o alargamento da rede de equipamentos e de respostas sociais, concretamente de respostas para a infância”, exemplificou a ministra, referindo também a requalificação da rede de cuidados continuados e paliativos e a aposta em resposta inovadoras para o envelhecimento.

A este nível, Ana Mendes Godinho fala numa “nova geração de apoio domiciliário 4.0”: “Um apoio domiciliário integrado, com várias valências e também aqui com investimento na área digital, colocando o campo digital ao serviço deste tipo de resposta, nomeadamente para garantir acompanhamento à distância das pessoas, permitindo que estejam sempre ligadas”.

Por outro lado, o novo protocolo prevê ainda a promoção de uma intervenção integrada em comunidades desfavorecidas, no âmbito do combate à pobreza.

O trabalho para alguns dos objetivos serão agora formalmente assumidos passará também pelo novo programa Radar Social que, de acordo com a ministra, consiste na constituição de equipas de profissionais presentes em todos os concelhos do país “para a identificação e sinalização de pessoas em situação mais vulnerável e de acompanhamento e integração na rede social”.

“Existem várias dimensões de investimento e é neste sentido, aliás, que esta parceria com o setor social é determinante para conseguirmos implementar com uma dimensão de exigência tão grande que temos pela frente”, sublinhou, acrescentando que estas medidas também garantem “que o nosso país é um país para todos”.

O protocolo entre o Governo e o setor social e solidário será implementado até 2026, pelo mesmo período do PRR, entregue à Comissão Europeia em abril.

Ao longo desse período, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social espera contar com o apoio dos parceiros sociais na implementação e monitorização das medidas, e na promoção “de uma participação ativa dos agentes do território para aplicar da melhor forma possível e da forma mais eficiente e transparente possível estes instrumentos”, conclui.

4.11.20

Protocolos com instituições permitirão dar casa a 580 sem-abrigo até final do ano

in Visão

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social avançou que até ao final do ano serão celebrados protocolos com instituições que permitirão encontrar casa para 580 sem-abrigo

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, avançou hoje que até ao final do ano serão celebrados protocolos com instituições que permitirão encontrar casa para 580 pessoas em situação de sem-abrigo.

“Com estes protocolos [assinados hoje] abrangemos 135 pessoas. Até ao final do ano serão celebrados mais 25 para chegarmos a 580 pessoas este ano. No próximo ano alargaremos estas respostas para mais 600 pessoas. O objetivo é encontrarmos uma resposta para estas pessoas terem habitação”, disse a governante no Porto após ter assinado protocolos com entidades locais, nomeadamente com a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) e a Associação Benéfica, e depois de ter estado presente no dia de hoje em cerimónias semelhantes em Lisboa e em Leria.

De acordo com a ministra, além das casas que serão atribuídas através do programa ‘Housing First’ ou de apartamentos partilhados, os protocolos visam atribuir equipas técnicas para acompanhar as várias situações especificas no terreno.

Ao lado do provedor da SCMP, António Tavares, do vereador da Habitação e Coesão Social da câmara do Porto, Fernando Paulo, e do gestor executivo da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-abrigo (ENIPSSA), Henrique Joaquim, a ministra destacou que “os protocolos estão a ser celebrados com associações que garantem uma verdadeira integração e apoio”.

Ana Mendes Godinho disse que “em Leiria, um dos protocolos assinados hoje integra uma empresa e garante não só habitação, mas também a integração do ponto de vista profissional”.

“Temos procurado acelerar e criar mecanismos extraordinários de apoio às várias dimensões do impacto da pandemia [da covid-19]. Neste momento temos 2,2 milhões de pessoas em Portugal que receberam apoio extraordinário por parte da Segurança Social no âmbito das medidas extraordinárias que têm como preocupação apoiar a manutenção de emprego e proteger rendimentos”, referiu a governante.

Convidada a fazer um ponto de situação sobre outras medidas ou programas para o apoio a pessoas em situação de maior vulnerabilidade devido à pandemia do novo coronavírus, Ana Mendes Godinho apontou que a tutela está a preparar um programa dedicado ao Mercado Social de Emprego para 2021.

“Para termos mais mecanismos de apoio a situações que necessitam de respostas adicionais face às situações vulneráveis. Sabemos que a evolução da pandemia tem consequências do ponto de vista da evolução do desemprego. Por exemplo, no Programa Alimentar duplicamos o número de pessoas beneficiadas — de 60 mil para 120 mil — sempre em colaboração com o setor social. Também reforçamos da Linha [Nacional de Emergência Social] 144 para que as pessoas tenham respostas rápidas”, resumiu.