in Canal de Notícias dos Açores
O secretário regional dos Assuntos Sociais disse ontem, em Ponta Delgada, que a Rede Regional de Centros de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil, a criar nos Açores, vai colocar novos desafios aos que trabalham na área dos jovens em risco, principalmente no contexto sócio-familiar e comunitário.
Na abertura do seminário "Inclusão Juvenil: Novas Estratégias e Intervenção Cooperada para Jovens em Risco", Domingos Cunha sublinhou que a nova rede, objecto de um protocolo celebrado sexta-feira, entre o Instituto de Acção Social e diversas entidades, dispõe de um financiamento público anual de 1,2 milhões de euros, abrangendo 615 jovens em risco e 240 famílias.
Para além destes números, acrescentou que se encontram, ainda, sinalizados na Região Autónoma, cerca de 1.200 jovens para futuras intervenções.
Presidindo à abertura do encontro, o governante revelou que, face ao número de jovens dos 15 aos 18 anos em situação de risco nos Açores, o executivo regional vai reforçar a prioridade na promoção do bem-estar das famílias e na protecção, o mais precocemente possível, das crianças e dos jovens.
Esclareceu que a acção do Governo Regional assenta num eixo preventivo das situações de exclusão, assumindo a necessidade de agir eficazmente na procura de respostas alternativas que favoreçam a reintegração social dos jovens em risco.
Na opinião daquele membro do executivo açoriano, os Centros de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil, já existentes nas ilhas, têm sido fundamentais na definição de novas políticas sociais activas dirigidas aos jovens em risco e às suas famílias, bem como na implementação de novas metodologias de intervenção.
Considerou, também, que os Centros de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil têm subjacente a edificação de uma estratégia que permita a construção de itinerários alternativos de qualificação académica e profissional e de integração no mercado normal de trabalho para jovens com histórias de abandono escolar precoce e défices de aprendizagem vocacional e de transição para a vida activa.
Domingos Cunha advogou que a quantidade de jovens em risco nos Açores exige que toda a sociedade reflicta sobre este problema, principalmente as famílias que terão de recuperar urgentemente a sua função prioritária de socialização e de educação.
Para o secretário regional dos Assuntos Sociais é necessário que as famílias hajam activamente na prevenção da exclusão social das crianças e dos jovens, possibilitando que o seu desenvolvimento seja mais feliz e harmonioso possível.