19.7.07

Cáritas sensibiliza governo para a luta da pobreza e integração

Lucília Oliveira, in Fátima Missionária

A Cáritas continuará a empenhar-se por ser mediação, no sentido de fazer ouvir a voz dos mais marginalizados


Eugénio Fonseca defende que o governo português deve “criar condições para que se recupere o tempo perdido no alcance destas metas”. Os “Objectivos do Milénio”, que almejam a redução da pobreza e a integração dos que se encontram em situação de exclusão foram traçados em Lisboa.

Ao primeiro-ministro, a propósito da Presidência Portuguesa da União Europeia, o responsável assinala que, as preocupações nestas matérias não se têm reflectido nas actuações políticas, na disponibilização de meios e num aberto e consistente debate político. Refere ainda Eugénio Fonseca que há “uma carência de energia política, que se reflecte tanto na falta de debate e de pressão públicos, como nas forças de grupos de interesses nos níveis estatal e europeu”.

Outra ameaça para a estratégia da inclusão vem “do aumento do racismo, e da xenofobia”, que vitimizam “os que pedem asilo, os imigrantes, especialmente os indocumentados, os ciganos e outras minorias étnicas, que não devidamente acolhidos e integrados geram pobreza e acentuam os problemas de exclusão social”. Por isso defende que “as estratégias anti-pobreza necessitam, por isso, de consolidar os direitos de igualdade das minorias, determinar e afrontar o impacto do racismo e da descriminação nas condições de vida das minorias”.