Patrícia Posse, in Diário de Notícias
"Queremos igualdade, exigimos oportunidades" foi o lema da II Marcha LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) do Porto, que ontem juntou cerca de 300 pessoas, a grande maioria com idades compreendidas entre os 25 e os 35 anos.
A Praça da República foi o ponto de encontro entre os manifestantes, que agitaram bandeiras e balões com as cores do arco-íris (reconhecidas como símbolo do movimento gay) e foram gritando "eu amo quem quiser seja homem ou mulher" pelas ruas até à Avenida dos Aliados. Este ano o percurso foi diferente para "passar por locais emblemáticos da cidade", disse Paula Antunes, da organização.
Com a Marcha pretende-se reivindicar os direitos LGBT, quebrar preconceitos e estereótipos, dar visibilidade ao movimento LGBT e consciencializar as pessoas, especialmente no Norte, onde a Marcha é mais recente.
Na Rua de Sá da Bandeira e na Praça D. João I, os transeuntes paravam para ver passar a marcha e alguns mostraram o seu desconforto. "O teu silêncio é a força da discriminação", "Casamento civil para gays e lésbicas: mesmos deveres, mesmos direitos" eram algumas das frases que se podiam ler nas faixas dos manifestantes. Alguns dos participantes taparam o rosto com máscaras "para simbolizar os que usam máscaras todos os dias", explicou Paula Antunes.
Em frente ao edifício da câmara, ouvia-se "Assim se vê a força LGBT" e "contra a ditadura da heterocultura" antes da leitura do manifesto, que destacou o facto da orientação sexual ser " a única das categorias enquadradas no Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos que em Portugal ainda gera discriminação na própria lei".