Carla Aguiar, in Diário de Notícias
Melhorar a coordenação das políticas de emprego e de protecção social à escala europeia é o objectivo da reunião informal de ministros do Emprego e Assuntos Sociais, que hoje se inicia em Guimarães e se prolonga até sábado. Cá fora, os ministros contarão com protestos dos trabalhadores organizados pela CGTP, com palavras de ordem contra a "flexigurança", esse conceito que promete, por um lado, mais liberdade às empresas para dispôr da mão-de-obra e, por outro, protecção social para as suas vítimas.
O emprego é um tema sensível para Portugal, numa altura em que já ultrapassou a taxa média de desemprego da União Europeia a 27.
Em Maio último, a taxa de desemprego portuguesa era a sexta maior da União Europeia, situando-se em 7,9%, contra a média de 7%. Ou seja, ao fim de dez anos sobre o lançamento da Estratégia Europeia do Emprego, Portugal não só não melhorou os seus índices de desemprego, como os agravou.
Do caderno de encargos da presidência portuguesa, no capítulo "Emprego e Assuntos Sociais", constam ainda o debate sobre a flexigurança, em Setembro, a conferência sobre o futuro do Fundo Social Europeu, em Outubro, o Fórum Mundial da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre trabalho e globalização, a conferência sobre conciliação entre a vida pessoal e profissional, em Julho, e o primeiro Fórum dos Serviços Sociais de interesse geral, em Setembro