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5.6.23

Autoeuropa vai produzir modelo híbrido a partir de 2025

Victor Ferreira (texto) e Daniel Rocha (fotos), in Público


Fábrica da Volkswagen em Palmela garante novo veículo, que chegará ao mercado em 2026, segundo diz o director-geral, Thomas Hegel Gunther.

A administração da Volkswagen Autoeuropa comunicou neste fim-de-semana aos 5000 trabalhadores que o grupo sediado em Wolfsburgo decidiu atribuir à fábrica em Palmela a produção de um novo modelo híbrido, que chegará ao mercado em 2026. A produção começará em 2025, diz o director-geral Thomas Hegel Gunther em entrevista ao PÚBLICO.

Não é claro se será uma versão híbrida (motor de combustão mais bateria eléctrica) do único modelo que aquela unidade está actualmente a produzir, o T-Roc, ou se será outro (a marca registou o nome comercial ID.Roc, o que gerou logo a especulação de um sucessor totalmente eléctrico, algo que a marca não confirma).


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15.5.23

Crédito ao consumo subiu 21% em Março para 745 milhões

Rosa Soares, in Público


Todos os destinos, do pessoal ao automóvel e aos cartões de crédito, registaram subidas expressivas.


O crédito ao consumo voltou a aumentar em Março, depois de uma queda de 7% em Fevereiro. No total, foram concedidos 745,2 milhões de euros em novos créditos, um aumento de 129,4 milhões de face a Fevereiro, ou mais 21% segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP). Face a Março de 2022, o aumento fica-se por 4,2%.


Em termos percentuais, o crescimento ficou acima dos dois dígitos nos três segmentos de crédito, mas em montante destaca-se o crédito pessoal, que ascendeu a 358 milhões de euros. Neste domínio, que tem vindo a crescer nos últimos meses, o aumento foi 20,2% em cadeia.

Segue-se, em montante, o crédito automóvel, que totalizou 264 milhões de euros, mais 23,6%, a maior variação mensal.

O crédito revolving, nomeadamente o concedido através de cartões de créditos e outros descobertos bancários aumentou 17,2%, para 123 milhões de euros.

No início de Maio, o Banco de Portugal já tinha divulgado que o total de crédito concedido aos particulares ascendeu a 2521 milhões de euros, mais 595 milhões do que em Fevereiro. O aumento foi transversal às finalidades, com a habitação a ascender a 1795 milhões de euros, e ao consumo e outros fins 726 milhões de euros.

A taxa de juro do novo crédito à habitação subiu de 3,52% em Fevereiro para 3,86% em Março. Nos empréstimos ao consumo, a taxa desceu ligeiramente para 8,43% (8,48% em Fevereiro), enquanto no destino para outros fins subiu ligeiramente para 5,05% (4,97% no mês anterior).


4.5.23

Dependendo de onde vives, tirar a carta pode custar-te entre 480 e 1050 euros

Inês Pinto Pereira, in Público


Faro e Beja são os distritos que apresentam os valores mais elevados. Regiões autónomas são onde se encontram os preços mais baratos.


Estás a pensar tirar a carta de condução? Então fica a saber que, dependendo de onde vives, pode custar-te entre 480 e 1050 euros. É mais caro tirar a carta de ligeiros em Faro e Beja — os preços mais baixos são mesmo na Madeira e nos Açores. Isto significa que, se passares à primeira nos exames, a diferença entre o preço mínimo e o máximo pago pode ser de 569 euros.

O P3 contactou 58 escolas de condução em Portugal para perceber quais são os valores praticados e o que está ou não incluído no preço. Por uma questão de representatividade, tentámos falar com três estabelecimentos de cada distrito, mas nem sempre foi possível: em Beja conseguimos falar apenas com uma escola de condução, o mesmo aconteceu em Portalegre. E em Santarém, Viseu, Guarda e Faro, falámos com duas escolas cada. Já no Porto e em Lisboa, abordámos seis escolas, por serem distritos onde há maior oferta e procura.

Os dados que recolhemos já incluem o material didáctico e o atestado médico. As simulações tiveram em conta também o preço dos exames (partindo do princípio que passas à primeira) e a modalidade de pagamento em prestações.


De acordo com os dados disponíveis no Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), só em Portugal continental existem 1143 escolas de condução.
Onde é mais caro tirar a carta? E mais barato?

É em Beja e Faro que a carta de condução é mais cara com preços a rondar, em média, os 950 e os 1050 euros, respectivamente. Seguem-se os distritos de Évora, Portalegre e Viana do Castelo com os valores a chegar aos 900 euros. Já em Braga e Vila Real os preços variam entre os 800 e 850 euros, sendo que em algumas escolas da região bracarense poderás conseguir tirar a carta por menos. Na Guarda, espera gastar à volta de 800 euros.

No Porto, podes encontrar preços entre 695 e 790 euros. Já em Lisboa podem variar entre 625 e 750 euros. O distrito de Aveiro acompanha a tendência destes dois (entre 650 e 785 euros).


Se vives em Santarém ou em Setúbal, está atento, porque é onde os valores mais variam: encontrámos preços entre 599 e 840 euros, Nestes distritos, a variação é a mais elevada a nível nacional e ronda os 240 euros.

Nesta lista, os estabelecimentos dos arquipélagos aparecem no fundo da tabela por serem os mais baratos. Na Madeira, os preços variam entre 481 e 690 euros e nos Açores entre 665 e 690 euros. A fechar o pódio dos mais baratos, aparece Coimbra com preços abaixo dos 700 euros.

Na casa dos 700 euros estão os distritos de Bragança (entre 750 e 780), Castelo Branco (entre 700 e 720) e Leiria (695 e 725). Já as escolas de condução de Viseu apresentam valores que variam entre 650 e 730.

O presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP) ressalva que os preços "não variam de distrito para distrito, variam sobretudo de escola para escola". Em entrevista ao P3, Carlos Barbosa diz ainda que as diferenças nos preços praticados estão relacionadas com a "preparação que essas escolas fazem para levar cada aluno a fazer o exame de condução", porque uma boa preparação implica um maior custo. E como o barato sai caro, quando não há uma boa preparação, os alunos “acabam por pagar o dobro do preço” do que teriam gasto se tivessem ido para uma escola onde os preços praticados são ligeiramente mais elevados, acrescenta.

E o que pesa para os jovens na hora de decidir tirar a carta? O preço, sim, apesar de na maioria das vezes serem os pais ou outros familiares a pagar. Mas também a proximidade a casa, de acordo com os jovens ouvidos pelo P3. Matilde Gomes, 20 anos, estudante universitária, tem carta há um ano. Tirou-a em Valongo e pagou 640 euros, mas na altura de tomar a decisão o que mais contou foi a proximidade: “O preço acabou por não ser algo que influenciou muito porque tenho uma escola de condução mesmo perto de casa. Estar a escolher outras ia implicar mais deslocações e gastos em transportes, quando podia simplesmente ir a pé”.

André Silva, 21 anos, ainda está à procura de escolas, mas também diz que o que mais pesa é a proximidade. Não esconde que está a adiar o passo de tirar a carta: o jovem, que trabalha num supermercado no Carregado, cita entre os motivos o facto de não ter muito tempo livre e sentir alguma ansiedade em relação à condução.
O que deves saber?

Deixamos algumas dicas se estiveres à procura de uma escola de condução: pergunta sempre se os exames estão incluídos no valor, uma vez que em algumas escolas o pagamento da taxa de inscrição nos exames tem de ser feito em separado. Quatro das 58 escolas revelaram adoptar este modelo, com o exame de código a custar 98 euros e o de condução 118 euros.

As escolas permitem que o pagamento seja feito a pronto pagamento ou a prestações, mas esta última modalidade implica, em alguns casos, preços mais elevados. Vinte escolas de condução disseram que os valores se mantêm independentemente do modo de pagamento, enquanto as restantes 38 disseram que o preço aumenta com a modalidade de prestações. Na grande maioria dos casos, quanto maior o número de prestações, mais elevado é o valor a pagar.

O atestado médico é indispensável para quem pretende tirar a carta de condução e, por isso, algumas escolas tentam facilitar este processo. Vinte e cinco dos 58 estabelecimentos disseram que encaminham os alunos para um consultório, embora represente um custo adicional em relação ao preço inicial que varia entre os 15 e 40 euros. Quatro referiram que o atestado está incluído no valor inicial e 29 afirmaram que a aquisição do atestado médico é uma obrigação do aluno e que este tem de o obter pelos seus próprios meios.

Se reprovares, repetir o exame de código pode variar entre 50 e 200 euros e o de condução entre 196 e 415 euros. Estes valores já incluem a frequência de cinco horas do módulo da teoria e as oito horas da prática obrigatórias, previstas na lei.

Cinco escolas revelaram ainda fazer os exames apenas em centros privados, uma vez que tendem a ser mais rápidos na marcação das provas em relação aos centros públicos. Vinte e duas revelaram fazer apenas em centros públicos por uma questão de comodidade e localização e 31 disseram que deixam essa decisão ao critério do aluno. No entanto, na maioria das escolas a realização dos exames em centros privados representa custos acrescidos.

Em 2022, 110.559 pessoas tiraram a carta de condução de veículos ligeiros. Apesar de os jovens sub-20 terem sido o grupo com maior representatividade, registaram a maior quebra com uma redução de 4000 cartas emitidas face a 2018. O sector da mobilidade tem evoluído e as novas soluções podem estar na base destes valores, como a preferência pelas viaturas descaracterizadas (Uber e Bolt, por exemplo), os incentivos aos passes de transportes públicos e a adopção de meios de transporte mais sustentáveis, como as bicicletas. Com João Santos Silva

2.8.13

Vendas de carros crescem 4,2% mas mercado continua longe dos níveis anteriores à recessão

Pedro Crisóstomo, in Público on-line

Comercializados quase 66 mil ligeiros de passageiros até Julho. Subida não chega para compensar quebras dos últimos anos.

Depois do tombo, a recuperação passo a passo. As vendas de automóveis aumentaram em Julho pelo segundo mês consecutivo e acumulam, ao fim dos sete primeiros meses do ano, um crescimento de 4,2%, para cerca de 75.800 unidades, de acordo com os dados publicados nesta quinta-feira pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Mas se o número de veículos novos que saiu dos stands portugueses até Julho engrossou em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento é insuficiente para permitir uma recuperação sustentada das vendas.

Quando se olha para o aumento homólogo de 4,2%, aliás, deve considerar-se o facto de o mercado ter atingido em 2012 “um volume anormalmente baixo”, porque este foi “mesmo o pior ano de vendas” em 27 anos, desde a liberação do mercado.

De Janeiro a Julho, foram comercializados 75.814 veículos, enquanto no mesmo período do ano passado se contabilizavam 72.758 unidades (entre ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros e veículos pesados).

O mercado continua, porém, distante dos níveis de 2011, quando as vendas, embora já em queda acentuada, chegavam às 128 mil até Julho. E ainda mais longe está do nível de vendas do período imediatamente anterior à actual recessão, que encolheram com a quebra no consumo de bens duradouros, o aumento do desemprego e a queda da confiança dos consumidores.

Em 2010, o volume de carros comercializados nos sete primeiros meses era mais de duas vezes superior ao actual.

Em Julho, as vendas de ligeiros de passageiros (10.844 veículos) dispararam 17,2%, comparando com um mês de 2012 em que as vendas tinham recuado 35,1%, facto que explica esta variação.

Já no período de Janeiro a Julho, o número de ligeiros de passageiros vendidos soma 65.794 unidades, superior em 5,1% face aos primeiros sete meses de 2012.

O aumento neste segmento difere muito entre as principais marcas comercializadas no mercado português. As mais vendidas – a Renault (7089 unidades) e a Volkswagen (6594 veículos) – tiveram uma subida de 2% nos sete primeiros meses do ano. As vendas de ligeiros de passageiros da Peugeot também aumentaram (5,9%), passando para as 5827 unidades. Mais expressivas, com subidas na casa dos dois dígitos, estão já a BMW, a Opel e a Mercedes, com vendas acima das 4000 unidades.

Já no mercado de comerciais ligeiros, com um peso reduzido no total das vendas, o mercado regista uma ligeira quebra de 0,4%, tendo recuado para as 8907 unidades. Nos veículos pesados, houve igualmente um recuo (mais forte, de 5,7%, para as 1113 veículos, mas também pouco expressivo para o conjunto do mercado).

21.1.13

Portugueses são os europeus que usam menos o carro

in Diário de Notícias

Os portugueses são, entre os europeus, aqueles que, ao longo do tempo, utilizam menos o carro, refere um estudo conduzido pela Cetelem sobre o automóvel na Europa.

O Observador Cetelem 2013, divulgado hoje, refere que, face ao aumento dos custos com o automóvel, o consumidor racionaliza o seu uso ao longo do tempo, com os portugueses a liderarem este item, enquanto que para os alemães "a viatura é sagrada".

Aliás, o estudo indica que "quem diz menor utilização da viatura, diz menos quilómetros percorridos anualmente", ou seja, "passados dez anos, a quilometragem média anual não deixa de diminuir na Europa" e principalmente em Portugal.

O documento sublinha que os portugueses estão também entre os primeiros no adiamento da troca, na compra de veículos mais pequenos, nas compras de veículos de ocasião, como "estratégias para contornar o aumento do custo do automóvel".

O Observatório da Cetelem indica que "73% dos europeus adiam a sua compra para um momento futuro, contentando-se em manter a sua viatura atual, ou preferindo não se comprometer com esta despesa, sinal de que a condicionante económica é forte".

O estudo adianta também que Portugal está entre os países que menos importância dá à compra de veículo através da Internet e atribuem muita importância ao vendedor no ato de escolha do carro.

Para além disso estão disponíveis para recolher a viatura num entreposto, mesmo que estes estejam a centenas de quilómetros de distância, só para conseguirem o melhor preço.

Os portugueses, refere o estudo, são os que menos procuram reparar ou fazer a manutenção da viatura no concessionário que a vendeu, preferindo, por exemplo, comprar as peças e pagar só a mão-de-obra.

O estudo europeu identifica também cinco alavancas para retirar ou atenuar a crise da indústria automóvel, uma recessão que se vem acentuando desde 2007.

A degradação do contexto económico acrescido da saturação dos parques, adianta o estudo, faz com que as perspetivas de retoma "sejam, de momento, muito fracas", pelo que o documento identifica cinco alavancas para relançar o crescimento das vendas na Europa, a partir do inquérito efetuado em oito países.

Entre as medidas evidenciadas pelo Observador Automóvel da Cetelem para impulsionar o mercado automóvel europeu, destaca-se a necessidade de baixar preços devido às "limitações financeiras" dos consumidores e, ao mesmo tempo, as marcas devem dar a noção de prazer de condução em todas as gamas, e não só nas altas.

O estudo chega também à conclusão que a Internet é um canal com potencial para a venda de automóveis, mas que ainda está pouco explorado.

As análises económicas e de marketing, bem como as previsões, foram efetuadas pela Cetelem em colaboração com a empresa de estudos e consultoria BIPE, sendo que os inquéritos de campo ao consumidor foram conduzidos pela TNS Sofres, durante o período Maio-Junho 2012, na Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido e Turquia.

No total, foram inquiridos 4.830 indivíduos (amostras representativas das respetivas populações nacionais).