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24.7.20

Covid-19: escolas ponderam recurso a cantinas take-away para evitar contágios

Miguel Dantas, in Público on-line

Opção consta da orientação do Ministério da Educação para as escolas. Directores ponderam adoptar esta sugestão que, para as empresas ouvidas pelo PÚBLICO, é exequível do ponto de vista logístico.

As escolas públicas equacionam adoptar um modelo de cantina que poderá passar por um regime de take-away. Nas últimas semanas, directores e empresas discutem os pormenores de higiene e segurança que deverão ser adoptados no próximo ano lectivo. Esta ideia partiu do Ministério da Educação, que, numa directiva enviada às escolas, sugeriu que as escolas ponderassem o “recurso a refeição na modalidade de take-away”. Os refeitórios são um dos espaços que merecem maior escrutínio em 2020-21, dada a tradicional proximidade entre alunos. Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, diz ao PÚBLICO que as opções para o horário das refeições não são muitas.

“Prevejo que, tendo centenas de alunos a almoçar nas escolas, as refeições terão de ser servidas em regime de take-away. Não me parece muito possível [continuar com as refeições normalmente], num espaço tão pequeno, tendo em conta o elevado número de alunos. Vamos ter de privilegiar o take-away. [A opção do horário desencontrado] vai ser muito difícil, mesmo sendo metade dos alunos. A cantina teria de abrir às 10h e fechar às 17h. Para cada turno, é preciso meia hora. Teríamos um período de almoço muito alargado”, explica Filinto Lima.

Mas onde serão consumidos estes almoços? “Nos espaços das escolas, os polivalentes, recintos amplos. Bem mais espaçosos do que a própria cantina, que é sempre um espaço muito limitado. Mas vai depender de cada escola, da orientação. Poderá acontecer que, no caso do pré-escolar, as refeições possam ser tomadas nas próprias salas”, adianta.


Filinto Lima faz um apelo aos pais, dizendo que a melhor opção para os alunos será tomar as refeições em casa, sempre que isso for possível. “Os alunos subsidiados têm de comer na escola, obviamente. Têm dificuldades”, clarifica.

No ensino privado, o director executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo, Rodrigo Queiroz e Melo, diz que os colégios estão a estudar alternativas para manter os alunos em segurança nos refeitórios.

“Os colégios estão a desencontrar a hora de almoço. O aluno entra no refeitório e sai quando acaba de almoçar. Agora vai haver maior gestão [do tempo] para o aluno chegar, comer e sair. O refeitório não vai ser um local de convívio onde o aluno possa ficar. Em alguns colégios estão a adaptar-se novos espaços: onde antes era uma sala de multiusos passa a ser onde alguns turnos fazem a sua refeição. Em alguns refeitórios mais pequenos, as refeições vão ser servidas – no caso de alunos mais novos – na própria sala. Provavelmente os menus vão mudar um bocadinho, mantendo sempre o valor nutricional necessário, mas há alimentos tipicamente mais demorados de comer ou que obrigam a mais talheres.”

Take-away é exequível, dizem empresas

Por parte das empresas ouvidas pelo PÚBLICO, o regime take-away nas cantinas não deverá levantar grandes problemas logísticos. Com mais de 800 refeitórios sob o seu controlo no próximo ano lectivo, a Uniself é a gigante do sector: dos contratos celebrados pelo Ministério da Educação em 2017 por um período de três anos, a Uniself recebeu 108,4 milhões de euros.

O director comercial da empresa, João Lobo, afirma num esclarecimento enviado por e-mail ao PÚBLICO que a mudança é possível, alertando apenas para o custo acrescido das embalagens utilizadas para embalar a comida. “Os descartáveis — saqueta com kit de talheres, taça com tampa para prato e taça para sopa com tampa — devem ser biodegradáveis”, explica.

E quanto aos menus? João Lobo diz que terão de ser feitas “pequenas adaptações”, mas garantiu que continuarão a ser seguidos os padrões nutricionais decretados pelo ministério.

Já o gestor de qualidade e ambiente da ICA, empresa que irá gerir cerca de 300 cantinas em 2020-21, diz que ainda é muito cedo para avaliar concretamente os impactos e alterações que as novas directrizes terão. Carlos Damas adianta que o número de pessoal contratado será decidido em função do número de refeições e carga horária que terá de ser cumprida, relembrando que os requisitos de higiene e segurança alimentar cumpridos pela empresa são, desde sempre, muito apertados.

26.1.18

Pais já estão a avaliar comida das cantinas escolares

Carla Sofia Luz, in Jornal de Notícias

Direito consagrado está a ser exercido pelas associações de pais. Há responsáveis das escolas a exigir aviso prévio, o que pode adulterar análises.

Os pais já estão a almoçar nas cantinas das escolas para avaliar a qualidade dos almoços das crianças. Em várias regiões do país, o direito, consagrado em dezembro com a publicação do plano integrado de controlo da qualidade e quantidade das refeições escolares pelo Governo, está a ser exercido. No entanto, alguns responsáveis das escolas estão a exigir a marcação de uma data para a visita, o que retira o efeito-surpresa e pode adulterar a análise.

23.12.15

Câmara de Sesimbra assegura refeições durante as férias escolares

In "Sic Notícias"

As cantinas escolares voltam a abrir durante o período de férias para ajudarem as famílias mais carenciadas.O funcionamento dos refeitórios é assegurado pelas autarquias, como é o caso de Sesimbra que vai ter refeições escolares até 4 de janeiro, como explica a repórter da SIC Isabel Osório, que entrevistou a vice-presidente da autarquia, Felícia Costa.

21.12.15

antinas também matam a fome às famílias dos alunos

Paulo Lourenço com Hermana Cruz, in Jornal de Notícias

A abertura das cantinas escolares em tempo de férias já não se limita a servir os alunos de cada estabelecimento de ensino. Em alguns dos maiores municípios do país, este apoio - suportado integralmente pelas autarquias - é alargado a familiares diretos, nomeadamente irmãos mais velhos e pais.

Ainda assim, numa ronda efetuada pelas principais câmaras, o JN constatou que a procura de refeições durante as pausas letivas se tem mantido estável relativamente aos anos anteriores.

O fenómeno chegou com a crise e acentuou-se nos últimos anos, quando os responsáveis pelas escolas sob a alçada das autarquias se aperceberam de que havia cada vez mais casos de crianças com fome, devido às dificuldades económicas das famílias. A necessidade de evitar que estas ficassem sem comer durante as férias fez com que as câmaras começassem a manter os refeitórios escolares em funcionamento durante esses períodos.

4.8.15

Cantinas escolares nas férias. “Enquanto houver uma criança a precisar…"

in RR

Ainda há muitas crianças sem acesso a duas refeições de qualidade e sem actividades orientadas durante as férias, diz o vice-presidente da Associação de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas.

O número de crianças que recorrem às cantinas escolares durante o mês de Agosto continua elevado. O alerta é da Associação de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas.

Durante o Verão, muitas escolas mantêm as portas abertas para oferecer reforço alimentar às crianças mais carenciadas.

“Quando temos miúdos que, em casa podem não ter as refeições completas, referenciamos isso à autarquia, que depois resolve o assunto com os respectivos encarregados de educação”, explica à Renascença o vice-presidente da associação, Filinto Lima.

Sem avançar números concretos, Filinto Lima fala de num elevado número de alunos com necessidades alimentares. “É um valor que eu acho que envergonha o país. Mas enquanto houver uma criança a precisar de um apoio destes só para almoçar, devemos estar preocupados e em conjunto inverter esta tendência”.

O vice-presidente da Associação de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas apela por isso aos municípios que invistam mais neste tipo de projectos.

“Neste momento, um pouco por todo o país, há alunos que estão em casa ou à guarda de ninguém porque os seus pais estão a trabalhar e a Câmara Municipal da sua região não tem este tipo de projecto. Se tivéssemos mais Câmaras com este tipo de projecto, teríamos mais crianças a ter actividades de qualidade e a alimentarem-se de acordo com as regras”, defende.

28.7.14

Cantinas escolares voltam a abrir no verão para apoiar alunos carenciados e atividades

in Jornal de Notícias

As férias de verão deixaram de ser um período em que as cantinas escolares fecham as portas, tendo muitas câmaras a preocupação de as manter abertas para possibilitar às crianças mais carenciadas pelo menos uma refeição por dia.

De acordo com dados recolhidos pela agência Lusa junto das autarquias, um pouco por todo o país há cantinas abertas durante a interrupção letiva, ainda que, em muitos casos, o objetivo não seja apenas dar uma resposta social, mas também fornecer refeições às crianças que participam em atividades de férias.

A Câmara de Lisboa, por exemplo, à exceção de agosto, mantém em funcionamento 89 refeitórios escolares, onde estão a decorrer as atividades das Componentes de Apoio à Família (CAF), com mais de cinco mil crianças.

A medida não visa dar resposta exclusivamente a alunos carenciados, mas a todos os que queiram usufruir deste serviço. Contudo, a autarquia continua a assumir os encargos com as refeições dos alunos com carências socioeconómicas.

Em Odivelas, a autarquia tem abertos 19 refeitórios escolares para servir crianças em Atividades de Tempos Livres (ATL) e em Atividades de Animação e Apoio à Família, enquanto em Loures são quatro as escolas que vão manter abertas as cantinas no verão.

No concelho de Mafra, os refeitórios estão abertos para todas as crianças e jovens, incluindo os carenciados.

Todas os inscritos nos programas de ocupação de tempos livres poderão usufruir do serviço. As famílias podem ter uma comparticipação total ou parcial sobre o valor de inscrição, desde que comprovada a carência socioeconómica.

Em Torres Vedras, a Câmara, as juntas de freguesia e algumas associações organizam atividades de ocupação do tempo de férias das crianças e jovens. Nalgumas existe uma redução do preço para alunos carenciados, como, por exemplo, no programa "Tempo de Férias", que tem tido uma adesão de mais de 200 crianças e jovens por semana. Desta forma, têm acesso a uma refeição equilibrada e a atividades lúdico-pedagógicas.

Também em Alenquer, no âmbito dos programas de Férias Divertidas, é disponibilizado às famílias mais carenciadas um pacote de atividades com refeições incluídas a preços relativamente baixos e que, a partir da próxima interrupção, passarão a ser gratuitas para famílias em situação de dificuldade económica.

No distrito de Setúbal, no período de férias funcionam, no concelho do Barreiro, quatro refeitórios, nas escolas de Telha Nova, Cidade, n.º 6 e Lavradio n.º 1, que garantem um total de 40 refeições.

No Montijo estão a funcionar 12 refeitórios das escolas básicas e mais um de uma escola integrada. A Câmara está preparada para fornecer 4.500 refeições em julho. Já em Palmela estão abertos três refeitórios durante este mês, onde almoçam 28 crianças referenciadas pelos agrupamentos.

No caso de Sesimbra, as 22 escolas do concelho vão manter os refeitórios abertos durante o mês de julho, disponibilizando refeições a cerca de 250 alunos. Em agosto, os refeitórios fecham as portas para descanso do pessoal, mas a autarquia fará a entrega de 300 cabazes com alimentos e outros bens a cerca de 150 famílias mais carenciadas.

No distrito de Santarém, o município de Almeirim vai assegurar almoço aos alunos mais carenciados até 29 de agosto. As refeições serão servidas nos refeitórios das escolas dos Charcos, de Cortiçóis e de Fazendas de Almeirim.

Mais a Norte, no distrito do Porto também há câmaras que optaram por apenas encerrar durante o mês de agosto.

No concelho do Porto as cantinas escolares fecham as portas a 31 de julho e reabrem a 01 de setembro. Para obter os almoços no âmbito do apoio social, as famílias só têm de inscrever os seus filhos, mas apenas um universo relativamente reduzido recorre a este auxílio.

Em Matosinhos, estão a funcionar até 31 de julho e depois a partir de 01 de setembro e até ao início das aulas 20 refeitórios, com 230 alunos inscritos (mais do que no ano passado, em que foram 150). Os alunos carenciados almoçam gratuitamente ou pagam o que corresponde ao escalão dos rendimentos.

Este mês estão abertas em Valongo 21 cantinas no âmbito da componente de apoio à família, beneficiando 400 alunos, e no de Santo Tirso 26 cantinas, que servem 1.200 alunos.

À semelhança de anos anteriores, a Câmara de Gaia continua a apoiar alunos com refeições durante as férias. Este ano terá um total de 77 cantinas a funcionar ao longo do mês de julho.

No interior do distrito, apenas Amarante tem um serviço de refeições diárias para 93 crianças carenciadas.

No Minho, só no concelho de Braga vai funcionar uma cantina escolar, na escola de Maximimos, de forma a suprir carências alimentares, abrangendo cerca de 50 crianças.

No distrito de Vila Real, a Câmara de Vila Pouca de Aguiar mantém as cantinas dos dois centros escolares abertas. A iniciativa visa apoiar as famílias com mais dificuldades e, ao mesmo tempo, desenvolver campos de férias e ocupações temporárias para cerca de 600 crianças e jovens.

No Centro, em Coimbra, as crianças carenciadas terão uma refeição garantida - o almoço - durante este mês e ainda em agosto. As refeições gratuitas destinam-se às crianças do primeiro ciclo sinalizadas por comissões sociais.

Estas poderão almoçar gratuitamente, em julho, nos 35 refeitórios dos jardins de infância da rede pública e, em agosto, nos 10 jardins de infância em funcionamento.

Em Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, as cantinas permanecem em funcionamento e autarquia disponibiliza também, nas escolas, atividades de tempos livres.

No caso de Viseu, a Câmara assegura refeições escolares a crianças envolvidas em atividades de ocupação do período de férias em seis escolas, estando as cantinas também abertas a situações de crianças carenciadas que surjam.

No distrito de Leiria, na Nazaré, os alunos com necessidades de apoio são seguidos através do ATL do projeto CriATividade, que dinamiza atividades lúdicas e pedagógicas e dá apoio às famílias, mas de forma integrada, não apenas ao nível de refeições.

No Bombarral, a Câmara vai manter aberta a cantina do centro escolar para as férias desportivas e para o Programa DAR (Desporto, Actividade e Refeições), destinado às crianças do primeiro escalão do subsídio escolar, as mais carenciadas. Em média, estão a ser servidas cerca de 40 refeições diárias.

No distrito de Évora vão estar em funcionamento durante as férias de verão pelo menos cinco cantinas escolares - nos concelhos de Estremoz (1), Montemor-o-Novo (1), Redondo (2) e Vendas Novas (1) - para o fornecimento de refeições aos alunos mais carenciados.

Com o mesmo intuito, também no distrito de Portalegre os municípios de Alter do Chão, Arronches, Castelo de Vide, Ponte de Sor e Elvas mantêm as cantinas a funcionar nas férias.

No Algarve, no concelho de Faro, encontram-se em funcionamento cinco refeitórios escolares, que abrangem mais de uma dezena de estabelecimentos do primeiro ciclo e pré-escolar, onde são fornecidas refeições a 55 alunos carenciados, um número que representa o dobro dos inscritos no anterior ano letivo (23).

Em Loulé, funcionam seis cantinas, mais quatro do que no ano passado, e em Olhão mantêm-se abertas as cantinas de sete estabelecimentos, que dão também apoio alimentar a alunos carenciados.

Em Vila do Bispo, funcionam na pausa escolar os refeitórios de cinco estabelecimentos, tal como em Lagos, que servirá, até ao final de julho, refeições a onze salas do pré-escolar.

Em Vila Real de Santo António, as cantinas do pré-escolar e primeiro ciclo sob gestão do município estiveram em funcionamento até 18 de julho, mas a afluência diminuiu para um quarto dos utentes habituais.

Houve câmaras que justificaram não manter as cantinas abertas durante as férias para dar resposta às crianças mais carenciadas por nunca ter sido sentida essa necessidade.

Outras mantêm-se abertas apenas para servir refeições a alunos que frequentam ATL e programas de férias escolares ou por estarem ligadas a jardins de infância.

2.1.14

“É melhor comer na escola, em casa há pouco dinheiro para comida”

Andreia Sanches, Idálio Revez, Samuel Silva e Sara Dias Oliveira, in Público on-line

Já todos acabaram de roer as maçãs que marcam o fim do almoço na cantina da Escola Básica n.º 2 de Massamá, concelho de Sintra. Também houve sopa de legumes, esparguete e carne. “Peixe, carne. Peixe, carne. Peixe, carne.” Mário, 6 anos, explica o que se come na escola como se fosse uma lengalenga e os colegas Francisco, 6 anos, David, 7, Rui, 10, e mais meia dúzia de rapazes, riem-se. Cada refeição tem legumes, continuam. É assim todos os dias. E a ementa não muda nas férias de Natal, altura em que a cantina continua a funcionar. Odeiam legumes. Blargh!


[Leia a reportagem na íntegra aqui]

24.3.12

Milhares de meninos passam férias da Páscoa na escola

Margarida Fonseca,in Jornal de Notícias

A maioria das escolas básicas vai estar aberta durante as férias da Páscoa, mantendo as cantinas a funcionar e com atividades que preencherão nove dias. A ideia, que agrada aos pais, é ajudar as famílias.

Crianças de férias

Não é de agora esta decisão da maioria das câmaras em apoiar as famílias na ocupação de crianças durante as férias escolares. Ela faz parte do plano nacional da Associação de Munícipios. Porém, há uma novidade este ano: as portas das escolas do primeiro ciclo do ensino básico estarão abertas, a partir de segunda-feira e até 5 de abril, para quem quiser, com os mais carenciados a ter pequeno-almoço, almoço e lanche gratuitos e os restantes a pagar o que estipulam os escalões de cada tabela municipal. As atividades lúdicas são para todos.