Mostrar mensagens com a etiqueta Refeições. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Refeições. Mostrar todas as mensagens

2.3.21

Escolas já alimentam 40% dos alunos que serviam antes do confinamento

in Expresso

As escolas serviram, na semana passada, 45 mil refeições por dia, o que representa o dobro das refeições servidas durante a primeira semana de confinamento. Também o número de alunos em regime presencial tem aumentado

Na semana passada, as escolas públicas serviram refeições a 40% dos alunos que eram atendidos antes do confinamento. Segundo o "Público", foram servidas, em média, 45 mil refeições por dia, um número que tem aumentado desde que foram encerradas as escolas.

Os dados do Ministério da Educação indicam que o número de refeições duplicou face à primeira semana de aulas à distância, em que foram servidas, em média, 21 mil refeições diariamente. Já antes da suspensão das aulas, durante as três primeiras semanas de janeiro em que as escolas funcionaram normalmente, as cantinas serviram uma média de 115 mil refeições por dia.

O número de refeições servidas ao longo dos últimos dias ganha ainda mais peso quando o comparamos com abril do ano passado, altura em que as escolas estavam também fechadas e em que foram servidas 10 mil refeições por dia. No ano passado, apenas os alunos mais carenciados, do escalão A da Ação Social Escolar, tinham acesso às refeições escolares.

Além das refeições, também o número de alunos em regime presencial tem vindo a aumentar. Na semana passada, segundo os dados da tutela, foram à escola 18 mil crianças e jovens e, na primeira semana de ensino à distância, estavam nos estabelecimentos de ensino 12.500 alunos. Além dos filhos dos profissionais do serviços essenciais, estão a ser encaminhados estudantes com problemas de acesso à internet, por exemplo.

Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, explicou que as escolas recebem também alunos que "não têm o ambiente familiar adequado e aqueles que não estão a responder às tarefas que os professores lhes enviam".

20.1.21

"Quando a escola fecha há crianças que não comem"

in TSF

Secretário de Estado adjunto e da Educação justificou "cautela" do Governo em manter escolas abertas. Decisão será tomada após ouvir especialistas.

O secretário de Estado adjunto e da Educação justificou esta terça-feira a "cautela" do Governo em manter as escolas abertas recordando que quando a escola fecha "há crianças que não comem" e situações de abuso que não são identificadas.

Convidado para a conversa online que a candidata presidencial Ana Gomes promove diariamente nas suas redes sociais, hoje sobre Educação e Cultura, João Costa disse que, apesar de os números relativos à pandemia de Covid-19 serem alarmantes, é preciso "algum sangue frio, nervos de aço" na forma como se analisam os dados.

Após declarar publicamente o seu apoio à candidata apoiada pelo PAN e o Livre, porque "nestas eleições está em debate (...) a salvaguarda maior da (...) democracia", o secretário de Estado falou sobre o impacto que a pandemia teve até hoje nos sistemas educativos, que segundo "algumas análises" foi "ainda maior do que a 2.ª Guerra Mundial".

O governante explicou por isso que é preciso olhar para o eventual encerramento das escolas com cautela.

Costa admite fechar escolas "se estirpe inglesa se tornar dominante"


"Sobretudo não olhar para o que é uma escola fechada a partir de um lugar privilegiado", disse João Costa, sublinhando que alguns alunos não têm as condições para estudar em casa: "Não é só não terem computador, ou Internet, é não terem um espaço sozinhos em casa, terem um contexto barulhento, violento por vezes, não terem quem os acompanhe, quem os tire da cama para ligarem o computador, não terem a quem recorrer para pôr dúvidas".

Para o governante, é preciso ver a escola "não apenas como espaço de aprendizagem, mas como espaço de proteção social", onde "situações de abuso são muitas vezes identificadas pela atitude do aluno, um olhar triste".

"À distância, por 'Zooms' e 'Teams' isto não se vê, não se deteta", alertou.

Exemplificou ainda que, segundo a avaliação do próprio Ministério da Educação, "há um grande desaparecimento de alunos das comunidades ciganas após o confinamento".

"E como são populações nómadas é muito difícil encontrá-los", disse, lembrando que há um trabalho de prevenção do casamento precoce junto destas comunidades.

Citando a Sociedade Portuguesa de Pediatria, João Costa lembrou que algumas crianças tiveram "profundas regressões em termos de desenvolvimento" no confinamento da primavera.

E alertou que "há crianças que não comem quando a escola está fechada", reiterando intervenção anterior no debate da deputada na Assembleia Legislativa da Madeira e mandatária da candidatura de Ana Gomes naquela região autónoma, Elisa Seixas.

Por outro lado, recordou, citando mais uma vez Elisa Seixas, a escola é um espaço onde até é mais fácil a prevenção da contaminação com covid-19, sobretudo para os alunos mais velhos.

"São espaços muito mais controlados do que andarem pela cidade sem qualquer contenção", disse, afirmando lembrar-se bem de como era ser adolescente.

"Há aqui muitas dimensões do que é uma escola plena, que ensina, mas também desenvolve competências sociais, proteção social", considerou, reiterando: "Não podemos ser precipitados".

O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje na Assembleia da República que não hesitará em fechar estabelecimentos de ensino se verificar que a variante inglesa do novo coronavírus, mais contagiosa, se tornou dominante.

A declaração surgiu menos de 24 horas depois de o primeiro-ministro ter anunciado novas medidas de contenção da pandemia, sem no entanto alterar a decisão de manter as escolas abertas e com ensino presencial.

Sem se referir em concreto à questão do encerramento das escolas, Ana Gomes sublinhou no debate de hoje o "extraordinário papel da escola pública em fazer essa transformação" da sociedade e em "dar-lhe ferramentas que são mais do que o conhecimento livresco. É o conhecimento da vida".

"A educação para a cidadania é op que se faz em todos os azimutes na escola (...) e sem cidadãos informados, conscientes não há democracia que funcione", sublinhou a candidata.

Já hoje, numa ação de campanha em Almada, Ana Gomes afirmou que poderá ser indispensável encerrar as escolas por os hospitais estarem "no limite".

"Já tivemos informação esta manhã de dirigentes de escolas que não são nada alarmistas que, neste momento, acham que vai ser indispensável fechar as escolas, mas é uma decisão que cabe ao Governo", disse.

Portugal contabilizou hoje 218 mortes, um novo máximo de óbitos em 24 horas, relacionados com a covid-19, e 10.455 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Desde o início da pandemia, morreram 9.246 pessoas dos 566.958 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

21.5.20

O combate à Covid-19

Nuno Gonçalves, in A Voz de Trás-os-Montes

No início desta pandemia, o Município de Torre de Moncorvo percebeu a gravidade da situação e procedeu de forma a minimizar a propagação da covid-19. Desinfetamos todos os espaços públicos e equipamentos de deposição de resíduos, procedemos à colocação de proteções nos balcões de atendimento do Município e Centro de Saúde, colocamos em circulação um veículo de sensibilização pelas freguesias, ajudamos nos pedidos de receitas à população, realizamos testes covid-19 aos funcionários das IPSS, criamos duas unidades de acolhimento, adquirimos equipamento de proteção individual, criamos uma base de dados de voluntariado e cancelamos todos os eventos, e utilizamos o seu orçamento no combate à covid-19.

Para apoiar a população e os agentes económicos, suspendemos o pagamento de rendas dos espaços concessionados pelo Município, estamos a fornecer refeições a quem se encontra em isolamento profilático e aos alunos do 1º ciclo do Escalão A e B. No que diz respeito à educação, implementamos aulas online na Escola Municipal Sabor Artes, estamos a entregar a matéria escolar aos alunos do Escalão A e B do 1º ciclo e disponibilizamos nos canais online do município atividades para crianças do pré-escolar e do 1º ciclo.

Para o regresso à normalidade dos moncorvenses criamos uma forma de circulação segura para peões, no centro da vila, e distribuímos 10.000 máscaras pela população e instituições do concelho.
De futuro pretendemos privilegiar a aquisição de bens e serviços às empresas locais, reduzir a tarifa variável da água e saneamento para os não domésticos, permitir a duplicação do espaço destinado a esplanadas e possível isenção das taxas devidas, implementar a mobilidade dos serviços do Balcão Único nas freguesias, disponibilizar uma linha telefónica de apoio social, distribuir leite escolar aos alunos do 1.º ciclo do ensino básico e reforçar a atuação do Banco Solidário.

Não menos importantes são os apoios implementados pela CIMDOURO de cerca de 20 milhões de euros, que servirão para apoiar empregadores e trabalhadores das empresas da região.
Termino, referindo que para este executivo a preocupação com a população do concelho sempre esteve em primeiro lugar e sempre estará!

6.2.18

Câmara de Évora oferece teto e refeições quentes aos sem-abrigo devido ao frio

in SicNotícias

A Câmara Municipal de Évora ativou hoje o plano de contingência para apoio e proteção de emergência aos sem-abrigo do concelho, devido ao tempo frio, disponibilizando um centro de acolhimento e refeições quentes.
"As equipas de apoio já estão no terreno a falar com as pessoas identificadas no plano e outras que não estão identificadas", afirmou à agência Lusa o vice-presidente da autarquia, João Rodrigues. As equipas de rua, compostas por técnicos de várias entidades, vão sensibilizar os sem-abrigo para proteção contra o frio, dar indicações da abertura do centro de acolhimento de emergência e verificar necessidades de alimentação, vestuário, agasalhos ou cuidados de saúde.

O autarca indicou que o Monte Alentejano, espaço municipal localizado próximo do centro histórico da cidade, "vai estar aberto hoje e amanhã à noite", entre as 18:00 e as 08:00, para oferecer um teto e refeições quentes a quem necessitar. "Depois, vamos ver se será necessário mais algum espaço e durante mais alguns dias", assinalou, realçando que "tudo vai depender da informação" prestada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A decisão do município alentejano foi tomada hoje numa reunião do Centro de Coordenação do Plano de Contingência para Pessoas Sem Abrigo, na sequência da emissão do aviso amarelo do IPMA. Em comunicado, a autarquia explica que foi "decidida a ativação do plano no nível 2 -- nível amarelo", uma vez que "se prevê para os próximos dois dias, no mínimo, temperaturas iguais ou inferiores a 1.º Celsius".
De acordo com as previsões do IPMA, as temperaturas mínimas no Alentejo deverão variar entre 0 a cinco graus celsius. "Uma vasta região anticiclónica localizada na região dos Açores e uma depressão sobre a Península Ibérica vão continuar a dar origem ao transporte de uma massa de ar muito frio sobre o território do continente ao longo desta semana", justifica o IPMA, num comunicado colocado na sua página na Internet.
Com Lusa

21.12.15

antinas também matam a fome às famílias dos alunos

Paulo Lourenço com Hermana Cruz, in Jornal de Notícias

A abertura das cantinas escolares em tempo de férias já não se limita a servir os alunos de cada estabelecimento de ensino. Em alguns dos maiores municípios do país, este apoio - suportado integralmente pelas autarquias - é alargado a familiares diretos, nomeadamente irmãos mais velhos e pais.

Ainda assim, numa ronda efetuada pelas principais câmaras, o JN constatou que a procura de refeições durante as pausas letivas se tem mantido estável relativamente aos anos anteriores.

O fenómeno chegou com a crise e acentuou-se nos últimos anos, quando os responsáveis pelas escolas sob a alçada das autarquias se aperceberam de que havia cada vez mais casos de crianças com fome, devido às dificuldades económicas das famílias. A necessidade de evitar que estas ficassem sem comer durante as férias fez com que as câmaras começassem a manter os refeitórios escolares em funcionamento durante esses períodos.

4.8.15

Cantinas escolares nas férias. “Enquanto houver uma criança a precisar…"

in RR

Ainda há muitas crianças sem acesso a duas refeições de qualidade e sem actividades orientadas durante as férias, diz o vice-presidente da Associação de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas.

O número de crianças que recorrem às cantinas escolares durante o mês de Agosto continua elevado. O alerta é da Associação de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas.

Durante o Verão, muitas escolas mantêm as portas abertas para oferecer reforço alimentar às crianças mais carenciadas.

“Quando temos miúdos que, em casa podem não ter as refeições completas, referenciamos isso à autarquia, que depois resolve o assunto com os respectivos encarregados de educação”, explica à Renascença o vice-presidente da associação, Filinto Lima.

Sem avançar números concretos, Filinto Lima fala de num elevado número de alunos com necessidades alimentares. “É um valor que eu acho que envergonha o país. Mas enquanto houver uma criança a precisar de um apoio destes só para almoçar, devemos estar preocupados e em conjunto inverter esta tendência”.

O vice-presidente da Associação de Directores de Agrupamentos de Escolas Públicas apela por isso aos municípios que invistam mais neste tipo de projectos.

“Neste momento, um pouco por todo o país, há alunos que estão em casa ou à guarda de ninguém porque os seus pais estão a trabalhar e a Câmara Municipal da sua região não tem este tipo de projecto. Se tivéssemos mais Câmaras com este tipo de projecto, teríamos mais crianças a ter actividades de qualidade e a alimentarem-se de acordo com as regras”, defende.

12.11.13

Marmitas anticrise obrigam escolas a instalar micro-ondas

Paulo Lourenço, in Jornal de Notícias

A crise está a originar um novo fenómeno nos refeitórios escolares: há cada vez mais alunos e professores a levar almoço de casa, o que obrigou já alguns estabelecimentos a instalar micro-ondas.

Se, por um lado, há mais alunos a consumir refeições escolares, aproveitando o preço reduzido das mesmas (1.40 euros), como a única oportunidade para comerem uma refeição de peixe ou carne, por outro, há cada vez mais quem opte por levar comida feita de casa.

"Nas escolas já se fala na 'brigada do Tupperware"', sintetiza, ao JN, Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Diretores Escolares (ANDE). O responsável confirmou ao JN que este é um fenómeno em crescendo, apesar de, para os docentes, cada refeição ficar sensivelmente a quatro euros. "Ainda assim, ao final do mês totaliza 80 euros, o que leva muitos a pouparem essa verba", referiu.

5.11.12

Albergues do Porto estão lotados e são mais procurados por quem quer matar a fome

in Público on-line

Os dois albergues nocturnos do Porto que ajudam os sem-abrigo a ter cama, kit de higiene e alimentação estão lotados e a distribuição de refeições mensais aumentou 15% em relação ao início do ano. Em entrevista à Lusa, Miguel Neves, director técnico do Albergue D. Margarida Sousa Dias, e psicólogo de formação, explicou que desde Maio de 2012 que a Associação dos Albergues Nocturnos do Porto (AANP) está a distribuir mais "duas mil" refeições por mês em relação ao início do ano, o equivalente a mais "65 refeições diárias".

"Nos últimos três anos registámos um maior número de pedidos de apoio, quer a nível de alojamento quer a nível de alimentação", observou Miguel Neves, acrescentando que o aumento de refeições foi desencadeado através de um plano de emergência alimentar, inserido na iniciativa do Instituto de Segurança Social. Os pedidos de ajuda chegam por via "institucional", mas também de pessoas particulares directamente.

Na cidade do Porto existem entre "500 e 1000" sem-abrigo, um número que se "tem agravado com a actual crise que estamos a atravessar", referiu o director técnico da AANP. Os dois albergues nocturnos do Porto, instituições particulares de solidariedade social (IPSS) sem fins lucrativos, um localizado em Campanhã e o outro na Rua Mártires da Liberdade, têm capacidade para dar alojamento a 82 sem-abrigo e estão "sempre lotados", disse Miguel Neves.

Homens de cerca de 40 anos, com habilitações literárias entre o 1.º e o 2.º ciclo, com problemas associados ao alcoolismo e à toxicodependência é o perfil da maioria dos cidadãos sem-abrigo que chegam ao Albergue Nocturno do Porto D. Margarida Sousa Dias, que está localizado na Rua Mártires da Liberdade e que tem capacidade para alojar 49 homens e 11 mulheres.

A crise financeira e o consequente aumento do desemprego, com impacto visível na área metropolitana e na região norte, têm afectado a região e traçam agora um perfil de sem-abrigo "mais heterogéneo", com o aparecimento de novos pobres que também pedem ajuda, explicou Miguel Neves.

O presidente da Cáritas assinalava ontem também que a Área Metropolitana do Porto é a região do país com mais casos de pobreza devido ao elevado número de desempregados, "É a região onde a pobreza é mais dramática e onde há um grande número de desempregados e beneficiários do rendimento social de inserção (RSI)", afirmou Eugénio Fonseca, salientando que os níveis de pobreza também são preocupantes na região de Lisboa, na península de Setúbal e no Algarve.

O Norte de Portugal registava em Setembro deste ano 290.737 desempregados inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), sendo a região com mais desemprego de Portugal (42,5%). Dados do IEFP do "Desemprego Registado por Regiões" indicam que nesta região a taxa aumentou 20,4% em relação ao período homólogo de 2011.

A região de Lisboa e Vale do Tejo registou em Setembro deste ano "205.578 desempregados inscritos", o que equivale a 30,1% do total de desempregados a nível nacional. No centro do país, o IEFP registou "95.321 desempregados inscritos", o equivalente a 13,9% a nível nacional, enquanto no Alentejo se registaram 31.530 desempregados inscritos (4,6%), e no Algarve 27.661 (4,0%), lê-se na informação mensal do mercado de emprego. O desemprego em Portugal situou-se nos 15,7% em Setembro, um recuo de 0,1 pontos percentuais em relação a Agosto.