in Jornal de Notícias
Os ministros das Finanças dos sete países mais industrializados do mundo prometeram trabalhar em conjunto para apoiar o crescimento e o emprego, e para reforçar o sistema bancário mundial, segundo o comunicado final.
Quanto à situação económica, a declaração final da reunião de dois dias, em Roma, prevê que continue o seu curso descendente durante grande parte de 2009.
Os ministros do Grupo dos Sete (G7) advertem contra os efeitos negativos da aplicação de medidas proteccionistas na economia global e sublinham a necessidade de apoiar os países em desenvolvimento para evitar que os mais pobres do mundo sejam os principais afectados pela crise.
"A estabilização da economia global e dos mercados financeiros continua a ser a nossa mais alta prioridade", refere a declaração final, acrescentando que os sete países mais industrializados "tomaram colectivamente medidas excepcionais" para responder aos desafios.
O comunicado apoia as diligências britânicas e norte-americanas para reforçar o sistema bancário através da recapitalização dos bancos e considera que deve ser encontrada uma via para tratar dos activos tóxicos dos bancos, sem indicar qualquer proposta nesse sentido.
A reunião assinalou a estreia internacional do novo secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, que conferenciou com o presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, no início da sessão deste sábado.
Os países do G7 instaram a China a continuar a deixar valorizar a sua moeda, para ajudar a balancear os maciços desequilíbrios comerciais mundiais, mas em termos mais brandos do que um comunicado semelhante do G7 divulgado no passado Outono.
Os ministros da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, juntamente com os responsáveis pelos seus bancos centrais, procuram chegar a acordo sobre abordagens comuns à crise, com os Estados Unidos a pressionar no sentido de uma resposta forte que acompanhe o seu pacote de estímulo à economia.
Olhando para o futuro, os ministros prometeram estabelecer regras financeiras com princípios comuns de transparência dentro de quatro meses, a tempo da cimeira do Grupo dos Oito a realizar na Sardenha em Julho.
Espera-se que as recomendações da reunião do G7 influenciem também a reunião de Abril dos líderes do G20, que abrange os países do G7 e as economias em desenvolvimento mais importantes, como a China e a Índia.


